Economia
OCDE estima crescimento de 1,8% do PIB brasileiro em 2024
Economia
Após superar as previsões e crescer fortemente no início de 2023, a economia brasileira deverá crescer 1,8% no próximo ano, estimou nesta segunda-feira (18) a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A estimativa é um pouco inferior à da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, que prevê expansão de 2,2% em 2024.
Segundo a OCDE, organização formada por países que se comprometem com metas econômicas, sociais, ambientais e de desenvolvimento, depois de uma forte expansão no começo de 2023, a atividade econômica brasileira está “convergindo para o crescimento potencial”, com uma demanda doméstica e global enfraquecida.
“O consumo privado e os investimentos crescerão em 2024 em ritmo mais moderado do que no passado, por causa de condições de crédito mais restritivas e da desaceleração da economia global”, destacou a instituição no relatório bianual Estudos Econômicos da OCDE: Brasil. Para este ano, a OCDE projeta crescimento de 2,8%, abaixo dos 3% estimados pelo Ministério da Fazenda.
Segundo a organização, a desaceleração da economia chinesa, o principal comprador de produtos brasileiros, poderá diminuir o crescimento das exportações do Brasil. Apesar da desaceleração, o relatório projeta alta de 4% nas vendas do Brasil para o exterior em 2024.
Outros fatores compensam a queda da demanda doméstica e global. Segundo a OCDE, a queda da inflação abre espaço para novas reduções de juros, que resultarão em aumento de investimentos. “O crescimento mais lento do crédito e os aumentos menores de salários reduzirão a renda das famílias e contribuirão para diminuir a inflação”, ressaltou o relatório.
Regras fiscais
Chefe da Divisão de Estudos de Países da OCDE, Jens Arnold compareceu à divulgação do documento, no Ministério da Fazenda. Ele elogiou a aprovação do novo arcabouço fiscal, mas disse que o Brasil terá um grande desafio para cumprir as metas fiscais da nova regra, como o déficit primário zero em 2024.
“Isso [a aprovação do arcabouço] evidentemente implica que o trabalho seguinte será implantar esse marco, de forma que as metas fiscais possam ser cumpridas”. Apesar da dificuldade, Arnold diz que o novo marco fiscal traz mais certeza aos agentes econômicos e aumenta a previsibilidade das contas públicas.
Dívida pública
A OCDE também apresentou projeções para a dívida pública do país. Segundo a organização, o endividamento voltou a subir e poderá alcançar 90% do PIB em 2047. Para 2024, a instituição prevê que a dívida bruta do governo geral, indicador divulgado pelo Banco Central e usado para comparações internacionais, encerrará o ano próxima de 80% do PIB. Em outubro, o indicador estava em 74,7%.
Essas estimativas compõem o cenário-base da OCDE e considera que o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária elevarão em 0,5 ponto percentual por ano o crescimento potencial do PIB, medida abstrata que considera o quanto a economia pode crescer em pleno emprego. Nessa situação, o superávit primário – economia do governo para pagar os juros da dívida pública – corresponderia a 1% do PIB a partir de 2026.
Sem o novo marco fiscal e a reforma tributária, ressaltou a OCDE, a dívida pública brasileira chegaria a 100% do PIB em 2037.
Declarações
Durante a entrevista coletiva de apresentação do relatório, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse que um dos principais fatores para determinar o crescimento da economia brasileira em 2024 será “a consistência” da queda dos juros. Na semana passada, o Banco Central informou, logo após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que continuará a reduzir a Taxa Selic no início do próximo ano, mas não detalhou quando pretende parar de cortar os juros.
Em relação à divergência entre as projeções da OCDE e da SPE, o secretário disse que as duas estimativas preveem trajetórias parecidas para o PIB no próximo ano. “Ambos têm a mesma visão de que a economia brasileira tende a crescer de forma mais equilibrada”, respondeu.
A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, afirmou que o relatório da OCDE não coincide 100% com as avaliações da equipe econômica. Ela disse que o governo brasileiro ainda está avaliando o memorando inicial para a adesão do Brasil à organização, enviado à OCDE em outubro do ano passado pelo governo anterior.
De acordo com a diplomata, o grupo de trabalho do Ministério das Relações Exteriores analisa o relacionamento entre o Brasil e a OCDE, sem que a adesão seja o objetivo central e com avaliações não apenas políticas, mas técnicas.
“Desde o início do ano, o governo está realizando avaliações. O memorando de acessão [termo diplomático para pedir adesão a uma instituição internacional] é bastante amplo, são mais de mil páginas. Para além disso, envolve decisões e alinhamentos políticos. O grupo de trabalho vai apoiar o esforço de avaliação do governo, que vai além das áreas técnicas”, explicou a secretária.
Fonte: EBC Economia

Economia
Mais de 80% das cidades de MT geram empregos formais nos cinco primeiros meses de 2025
Estado abriu 32 mil novas vagas; Cuiabá lidera com 4,8 mil postos de trabalho criados

De janeiro a maio de 2025, 116 dos 142 municípios de Mato Grosso registraram saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada, o equivalente a 82% das cidades do Estado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Cuiabá lidera a lista com 4.804 novos postos de trabalho, seguida por Barra do Garças (2.346), Sinop (2.298), Rondonópolis (2.172), Sorriso (1.686), Lucas do Rio Verde (1.525), Primavera do Leste (1.488), Várzea Grande (1.461), Jaciara (853) e Mirassol D’Oeste (769).
Na capital, os setores que mais contrataram foram o de serviços, comércio e construção civil. De acordo com o Secovi-MT, o mercado imobiliário de Cuiabá cresceu 14,3% no primeiro trimestre de 2025, com faturamento de R$ 1,39 bilhão.
“Temos obras públicas importantes fomentando a geração de empregos, como o BRT, o Hospital Central, o Complexo Viário do Leblon e a reforma de escolas. Os dados do Caged mostram que Mato Grosso está no caminho certo, fomentando não só a construção civil, mas todos os setores da economia”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
Em Barra do Garças, o destaque foi o setor educacional. A abertura de um novo curso de medicina em uma universidade local ampliou a demanda por professores e técnicos, contribuindo para o bom desempenho no mercado de trabalho.
No total, Mato Grosso gerou 32.275 empregos formais no período, sendo:
-
Serviços: +13.993
-
Construção Civil: +8.118
-
Indústria: +3.881
-
Comércio: +3.158
-
Agropecuária: +3.131
A maior parte das vagas foi ocupada por jovens entre 18 e 24 anos com ensino médio completo. Do total, 19.273 empregos foram para homens e 13.048 para mulheres. Também foram registradas 763 contratações de estrangeiros e 703 de menores aprendizes.
-
Saúde7 dias atrás
SES capacita servidores para análise de indicadores de saúde em Cuiabá
-
Cultura7 dias atrás
Bahia celebra 202 anos da Independência com festa, tradição e reconhecimento histórico
-
Educação6 dias atrás
Rede estadual de MT alcança 101 escolas no modelo cívico-militar
-
Educação6 dias atrás
Seduc reúne cerca de 300 estudantes em Congresso Regional dos Grêmios em Várzea Grande
-
Polícia7 dias atrás
Mulher é presa ao tentar levar drogas para presídio a mando de facção em Várzea Grande
-
Política5 dias atrás
Secretário de Obras impulsiona desenvolvimento de Nossa Senhora do Livramento com trabalho e resultados concretos
-
Política5 dias atrás
Secretário de comunicação Luiz Gonzaga expõe bastidores da Câmara e abandona cargo ao vivo
-
Polícia6 dias atrás
Homem visivelmente embriagado conduzindo moto atropela mãe e filha deixando-as gravemente feridas em VG