Economia
Novo PPA prevê R$ 13,3 trilhões para políticas públicas em quatro anos
Economia
Enviado nesta quarta-feira (30) ao Congresso após seis meses de elaboração, o Plano Plurianual (PPA) 2024–2027 prevê gastos de R$ 13,3 trilhões nos próximos quatro anos para atender a 464 objetivos específicos distribuídos em 88 programas. A proposta foi elaborada com participação ativa da sociedade, por meio de plenárias em todos os estados e o Distrito Federal que reuniram 309 movimentos sociais e 34 mil participantes entre março e julho.

Do total de recursos, a maior parte, R$ 8,885 trilhões, sairá do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, de onde vêm o dinheiro dos tributos e das receitas com a dívida pública. Um total de R$ 566,2 bilhões virá do investimento das estatais, e R$ 3,883 trilhões de recursos não orçamentários, como operações de crédito, subsídios e incentivos tributários.
Lei que define prioridades para as políticas públicas e estipula o cumprimento de objetivos de quatro em quatro anos, o PPA, em tese, orienta tanto a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) quanto do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) durante o período de abrangência. Historicamente, o PPA tem tido caráter fictício, mas a secretária nacional de Planejamento, Leany Lemos, promete que desta vez será diferente porque o governo pretende monitorar a execução das políticas públicas.
“Criamos um quadro de indicadores que traduzem mudanças importantes e relevantes, que podem ser monitoradas. Queremos criar um observatório de acompanhamento, que reúna representantes da sociedade civil, do setor produtivo e da universidade. Esses indicadores foram construídos em conjunto com os ministérios de cada área e têm metas do que é possível cumprir”, explica Lemos.
O plano definiu seis prioridades: combate à fome e redução das desigualdades; educação básica; atenção primária e especializada em saúde; neoindustrialização, trabalho, emprego e renda; Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); e combate ao desmatamento e enfrentamento da emergência climática. Também haverá cinco agendas transversais, que envolverão mais de um ministério em torno de um mesmo objetivo: criança e adolescente; mulheres; igualdade racial; povos indígenas; e meio ambiente.
Indicadores e metas
Ao todo, a proposta prevê 69 indicadores das mais diversas áreas. Cada indicador terá um intervalo de meta, com o limite inferior chamado de cenário-base, com alguma melhoria, e o limite superior, chamado de cenário desejável, mais otimista. Do total de indicadores, 62 estão distribuídos em três eixos: desenvolvimento social e garantia de direitos; desenvolvimento econômico e sustentabilidade; e defesa da democracia e reconstrução do Estado e da soberania.
Chamados indicadores-chave, os sete restantes englobam objetivos prioritários a serem alcançados no fim de 2027. Os seis primeiros parâmetros a serem medidos são os seguintes: taxa de extrema pobreza (redução de 20,3% a 54,7%), razão entre as rendas dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres (redução de 0,83% a 12,2%), Produto Interno Bruto per capita (aumento de 4,3% a 15,6%), média anual da taxa de desemprego (queda de 28,3% com bom desempenho econômico a alta de 16% em caso de recessão), emissão de gases de efeito estufa no Brasil (queda de 16,3% a 22,1%) e desmatamento anual no bioma Amazônia (queda de 75% a 80%).
O sétimo indicador-chave é rendimento domiciliar per capita nas grandes regiões, com aumento em todas elas. O PPA prevê fixar uma meta de alta entre 4,3% e 29,7% na Região Norte; de 12,8% a 34,4% no Nordeste; entre 1,7% e 17,2% no Sudeste; de 3,4% a 16,8% no Sul; e expansão entre 3,6% e 19,3% no Centro-Oeste.
Em relação aos demais 62 indicadores, alguns serão usados pela primeira vez no PPA, ressalta a secretária nacional de Planejamento. Entre os exemplos, ela cita a alfabetização na idade certa, indicador municipal que passará a ser calculado em âmbito nacional. O PPA também medirá a evolução da igualdade racial, por meio do monitoramento de taxa de homicídios de negros, da razão entre o rendimento médio do trabalho de brancos e de negros e da razão entre a frequência de brancos e de negros, de 18 a 24 anos, no ensino superior.
Fiscalização da sociedade
Historicamente, o PPA tem servido como peça de ficção. Embora estabeleça prioridades e metas, o descumprimento não gera nenhuma punição. Segundo Leany Lemos, o governo pretende criar um observatório de monitoramento e de avaliação do PPA, com a participação de representantes de organizações sociais, do setor produtivo e das universidades. Além disso, o Ministério do Planejamento pretende promover seminários a cada quatro meses com especialistas.
O Orçamento de 2024, a ser enviado ao Congresso nesta quinta-feira (31), terá as ações prioritárias marcadas, mas elas não estarão blindadas contra contingenciamentos (bloqueios temporários). Para monitorar o cumprimento dos objetivos propostos, num cenário em que o governo precisa arrecadar mais para zerar o déficit primário em 2024 e registrar superávit em 2025 e 2026, a secretária diz que a fiscalização da sociedade é fundamental.
“Queremos promover um efeito de transparência na entrega de políticas públicas porque a informação monitorada gera pressão. Se determinada meta não for atingida, os conselhos nacionais vão apontar, a comunidade vai bater. Em determinados casos, uma política pode não ir para a frente porque houve judicialização ou uma recessão econômica, aí caberá aos ministérios de cada área se justificar”, explica.
Um dos exemplos da participação social, diz Lemos, ocorreu durante a definição de prioridades, quando o enfrentamento à mudança climática recebeu 20.534 votos na Plataforma Brasil Participativo, criada para receber contribuições pela internet e foi incluído na lista de prioridades. De 11 de maio a 16 de julho, a página recebeu 8.254 propostas (agrupadas conforme a semelhança) de 1.419.729 participantes.
Segundo a secretária, o PPA é importante porque o governo recupera a capacidade de se planejar e de monitorar políticas públicas. “A incapacidade de planejar explica muitos gargalos e dificuldades para o desenvolvimento”, diz.
Fonte: EBC Economia
Economia
Mulher é contemplada no sorteio do Nota Cuiabana MT e leva prêmio de R$ 50 mil
Sorteio premiou contribuintes de vários bairros; próxima edição será em 17 de dezembro e terá prêmio especial de R$ 100 mil
Uma moradora do bairro Goiabeiras foi a grande vencedora do sorteio da Nota Cuiabana, realizado na tarde desta quarta-feira (12), e levará para casa o prêmio de R$ 50 mil. O sorteio aconteceu às 16h, na sala de treinamentos da Secretaria Adjunta Especial de Tecnologia da Informação (SAETI), localizada no 3º andar do Palácio Alencastro.
A nota fiscal premiada está vinculada a uma prestação de serviço em oficina mecânica.
O segundo prêmio, de R$ 25 mil, saiu para um morador do bairro Consil, com uma nota relacionada a um serviço de estacionamento rotativo. Já o terceiro prêmio, de R$ 10 mil, foi conquistado por uma moradora do bairro Canjica, com uma nota fiscal de plano de saúde.
O quarto maior prêmio, de R$ 5 mil, ficou com uma moradora do Centro, que apresentou nota referente a uma consulta médica particular. Além dos prêmios principais, outros 40 contribuintes foram sorteados com R$ 1 mil cada.
A lista completa dos vencedores pode ser conferida no site da Prefeitura de Cuiabá ou do programa Nota Cuiabana.
O próximo sorteio está marcado para o dia 17 de dezembro, e, de forma especial, o prêmio principal será de R$ 100 mil.
O secretário municipal de Economia, Marcelo Bussiki, destacou a importância da iniciativa, que estimula o cidadão a exigir a nota fiscal e contribui para a arrecadação do município.
“Quando se reivindica a nota fiscal, coíbe-se a evasão fiscal, a sonegação de impostos e estimula-se a melhoria da arrecadação tributária”, afirmou o secretário.
Como participar da Nota Cuiabana
Para concorrer, o contribuinte deve exigir a nota fiscal em qualquer serviço prestado por empresas registradas na Prefeitura de Cuiabá, que recolhem o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
Em seguida, basta cadastrar as notas fiscais no site da Prefeitura (www.cuiaba.mt.gov.br) ou diretamente no portal do programa (www.notacuiabana.com.br).
Quem ainda não participa pode se cadastrar gratuitamente e começar a exigir notas fiscais em serviços como salões de beleza, academias, oficinas mecânicas, estacionamentos e consultórios médicos.
Cada nota registrada gera um cupom eletrônico que dá direito a participar dos sorteios mensais, incentivando a cidadania fiscal e premiando contribuintes que colaboram com o desenvolvimento de Cuiabá.
*Sob supervisão de Daniel Costa
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