Economia
Lula avalia vetar taxação federal de compras internacionais até US$ 50
O presidente Lula, entretanto, defendeu que haja um equilíbrio de tratamento na cobrança de impostos da população, argumentando que pessoas em viagem ao exterior também tem isenção de cobranças.
Economia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quinta-feira (23), que pode vetar a taxação federal de remessas de até US$ 50, vindas do exterior. A cobrança do imposto de importação desses produtos foi incluída no projeto que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) que estava para ser votada nessa quarta-feira (22) pela Câmara dos Deputados. A votação, entretanto, foi adiada.
“A tendência é vetar, mas a tendência também pode ser negociar”, disse o presidente, na manhã de hoje, em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto. Segundo Lula, ele está disponível para discutir o tema com o presidente da Câmara, Arthur Lira.
“Cada um tem uma visão a respeito do assunto. Quem é que compra essas coisas? São mulheres a maioria, jovens, e tem muita bugigangas. Eu nem sei se essas bugigangas competem com as coisas brasileiras, nem sei”, acrescentou.
Atualmente, por meio do programa Remessa Conforme, as compras do exterior abaixo de US$ 50 são isentas de impostos federais e taxadas somente pelo Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com alíquota de 17%, arrecadado pelos estados. O imposto de importação federal, de 60%, incide somente para remessas provenientes do exterior acima de US$ 50.
A lista das empresas que já aderiram ao Remessa Conforme, que inclui Amazon, Shein e Shoppe, pode ser conferida na página da Receita Federal na internet.
Ao incluir a taxação no projeto do Programa Mover, o relator do texto, deputado Átila Lira, manifestou “preocupação” com a indústria nacional e desequilíbrio na concorrência com os produtos fabricados no Brasil. A isenção também é questionada por entidades ligadas ao varejo.
O presidente Lula, entretanto, defendeu que haja um equilíbrio de tratamento na cobrança de impostos da população, argumentando que pessoas em viagem ao exterior também tem isenção de cobranças. “Você tem as pessoas que viajam que tem isenção de US$ 500 no Free Shop, que tem mais isenção de US$ 1 mil dólares, e que não paga [imposto], que são gente de classe média. E como é que você vai proibir as pessoas pobres, meninas e moças que querem comprar uma bugiganga, um negócio de cabelo”, disse.
“Quando discuti [o assunto com o vice-presidente Geraldo Alckmin], falei pro Alckmin: ‘tua mulher compra, minha mulher compra, tua filha compra, a filha de todo mundo compra, a filha do Lira compra, todo mundo compra’. Então, o que precisamos é tentar ver um jeito de não tentar ajudar uns prejudicando o outro, mas tentar fazer uma coisa uniforme. E estamos dispostos a conversar e encontrar uma saída”, acrescentou Lula.
Fonte: Agencia Brasil / https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-05/lula-avalia-vetar-taxacao-federal-de-compras-internacionais-ate-us-50

Economia
Desastres climáticos causam bilhões em perdas e deixam rastro de destruição em MT
Estado registrou 733 decretos de emergência, 24 mortes e milhares de pessoas fora de casa em uma década

Entre 2013 e 2024, os desastres naturais causaram um impacto econômico de R$ 25,4 bilhões em Mato Grosso, somando prejuízos em áreas públicas, privadas e habitacionais. Os dados constam no relatório Panorama dos Desastres no Brasil – 2013 a 2024, divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Nesse período, o estado emitiu 733 decretos de situação de emergência, sendo 647 por chuvas intensas e 86 por secas e estiagens. Os eventos extremos resultaram em 24 mortes, além de 1.990 desabrigados e 9.751 desalojados, conforme levantamento baseado em registros do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
Municípios sobrecarregados
Segundo a CNM, os municípios estão na linha de frente do enfrentamento aos desastres e são os que mais sofrem com as consequências. Os efeitos vão desde a perda de vidas humanas até o deslocamento de famílias, destruição de patrimônios públicos e privados, interrupção de serviços essenciais e degradação ambiental.
A entidade destaca ainda que desastres não são apenas fenômenos naturais, mas o resultado de uma interação entre fatores ambientais, ações humanas e populações vulneráveis, exigindo respostas mais estruturadas e integradas dos governos.
Cenário nacional
Em nível nacional, o panorama é ainda mais alarmante: R$ 732,2 bilhões em prejuízos e mais de 70 mil decretos de emergência foram registrados entre 2013 e 2024, afetando 5.279 municípios em todo o país. Os desastres mais comuns foram seca e estiagem, seguidos por chuvas excessivas, doenças infecciosas, incêndios florestais e ondas de calor.
O número de mortos chegou a 2.978 pessoas, com 6,3 milhões de afetados ao longo da década.
Setores mais impactados
Os setores que mais sofreram financeiramente com os desastres no Brasil foram:
- Agricultura: R$ 325,6 bilhões (44,5% do total);
- Pecuária: R$ 94,4 bilhões;
- Instalações públicas de saúde: R$ 86 bilhões;
- Abastecimento de água potável: R$ 61,2 bilhões;
- Habitação: R$ 43,4 bilhões;
- Infraestrutura urbana: R$ 42,4 bilhões;
- Transportes: R$ 23,3 bilhões;
- Comércio local: R$ 21,8 bilhões;
- Indústria: R$ 9,5 bilhões.
Apoio estrutural é urgente
A CNM afirma que o levantamento revela uma tendência crescente e preocupante de desastres climáticos no país e reforça a urgência da estruturação efetiva das defesas civis municipais. A entidade cobra que a União e os estados cumpram as responsabilidades previstas na Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei 12.608/2012).
“Sem recursos adequados, capacitação técnica permanente e apoio financeiro contínuo, os municípios não conseguirão proteger suas populações e reduzir os danos provocados pelos desastres”, conclui a CNM.
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