Economia
Lucro recorde no Brasil faz ganho global do Santander saltar 14% no 1º trimestre
Economia

Lucro líquido gerencial do banco no país atingiu R$ 2,28 bilhões de janeiro a março, alta de 37,3% ante o mesmo período de 2016.
Do G1
Santander Brasil, maior banco estrangeiro em operação no país, teve lucro líquido gerencial de R$ 2,28 bilhões de reais no primeiro trimestre, alta de 37,3% em 12 meses e de 14,7% ante dezembro.
O resultado é o maior já registrado para o período e levou a empresa a ter um lucro líquido de € 1,86 bilhão globalmente, um crescimento de 14,3% ante os três primeiros meses de 2016 – a câmbio constante do euro, o salto teria sido de 10%.
Devido à valorização do dólar, em euros, o lucro líquido gerencial da operação brasileira cresceu 77%, a € 634 milhões, impulsionado o resultado mundial.
No Brasil, o aumento dos ganhos foi o 12º apurado em 13 trimestres. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (26), a companhia creditou o bom desempenho ao aumento das receitas “impulsionadas pela maior velocidade de inovações”.
O lucro societário, que referencia a remuneração que o banco distribui aos acionistas, atingiu R$ 1,824 bilhão de janeiro a março, aumento de 50,4% no confronto anual.
O lucro líquido gerencial consiste no lucro líquido societário, menos resultados ordinários e as despesas de amortização do ágio e efeitos de hedge cambial, entre outros ajustes.
As receitas totais do Santander Brasil somaram R$ 12,57 bilhões no primeiro trimestre, 18,8% maior que no mesmo período do ano passado.
O retorno sobre o patrimônio líquido, índice que mede como o banco remunera os acionistas, ficou em 15,9% após ajustes pelo ágio, aumento de 3,3 pontos percentuais em 12 meses e de 2 pontos percentuais em três meses.
Carteira de crédito
A carteira de crédito total do Santander Brasil totalizou R$ 257,1 bilhões em empréstimos em março, alta de 3,6% em 12 meses e de 0,1% em três meses. Desconsiderado o impacto da variação cambial, a carteira teria crescido 5,2% ante o primeiro trimestre de 2016.
Os financiamentos às pessoas físicas foram os que mais cresceram na comparação anual, a 9,8%. Os concedidos às pessoas físicas foram os que mais caíram, com queda de 4,6%.
Inadimplência
O índice de atrasos para dívidas vencidas acima de 90 dias ficou em 2,9% no Santander Brasil em março, 0,5 ponto percentual abaixo de dezembro. A inadimplência das pessoas físicas caiu 0,1 ponto percentual na mesma comparação, para 4%. A de pessoas jurídicas recuou 0,8 ponto percentual, para 1,9%.

Economia
Copom poderia ser mais generoso com medidas que tomamos, diz Haddad

O Banco Central (BC) poderia ter sido mais generoso com o governo no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) após a reunião que manteve a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano, disse hoje (6) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista após uma reunião com parlamentares, ele disse que o governo atual herdou as contas públicas em situação complicada e que já anunciou um pacote para diminuir o déficit fiscal.
“Não vamos, em 30 dias de governo, resolver um passivo de R$ 300 bilhões herdado do governo anterior, mas o nosso compromisso é com o equilíbrio das contas e anunciei em 12 de janeiro o que vamos perseguir por resultados melhores. Nesse particular, penso que a nota do Copom poderia ser mais generosa com as medidas que já tomamos. Entendo que nós vamos harmonizar a política fiscal com a política monetária”, declarou Haddad.
Após a reunião da semana passada, o Copom emitiu um comunicado em que afirmou que o aumento das incertezas fiscais poderá fazer o Banco Central manter os juros elevados por mais tempo que o inicialmente previsto. A autoridade monetária não descartou a possibilidade de voltar a elevar a Taxa Selic caso a inflação não convirja para a meta até meados de 2024.
Sobre a citação de “incertezas fiscais” existentes, que constava do comunicado do Copom, o ministro disse crer que o Banco Central falava mais do governo anterior e relembrou algumas medidas tomadas desde que assumiu o ministério. “No primeiro dia de governo, tomamos medidas revogando a irresponsabilidade dos dez últimos dias do governo anterior, que tomou cinco medidas desonerando uma série de setores e prejudicando a arrecadação do primeiro ano do governo Lula. Existe uma situação fiscal que inspira cuidados, mas isso é uma herança que temos que administrar”, disse.
Indicações
O ministro da Fazenda também informou que as indicações para as duas diretorias do BC que ficarão vagas neste ano obedecerão a critérios técnicos. Ele confirmou estar recebendo sugestões do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que serão levadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Já conversei várias vezes com o presidente do Banco Central sobre nomes técnicos, como sempre foi a nossa prática. Em todo o período que estivemos à frente dos governos, nós sempre indicamos para as diretorias do BC nomes técnicos que tenham condição de cumprir da forma mais apropriada os deveres e as competências do cargo que será ocupado”, declarou o ministro.
Haddad explicou que, pela lei de autonomia do BC, a indicação dos diretores cabe exclusivamente ao presidente da República. No fim deste mês, acaba os mandatos dos diretores de Política Monetária, Bruno Serra, e de Fiscalização, Paulo Souza.
Carf
No fim da tarde e início da noite, Haddad reuniu-se com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com líderes de partidos da base aliada para discutir a medida provisória que restitui o voto de qualidade do governo nos julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) que derem empate. O ministro disse ter explicado aos parlamentares que a medida abrange uma quantidade pequena de contribuintes e tem como objetivo trazer justiça fiscal, que beneficie os contribuintes mais pobres. Órgão vinculado à Receita Federal, o Carf julga, na esfera administrativa, dívidas com o Fisco que ainda não foram para a esfera judiciária.
“Estamos falando de 100, 200 contribuintes. Não estamos falando dos contribuintes do Brasil. Estamos falando de casos muito específicos e controversos que acabam trazendo prejuízo para o erário. Deixei sempre claro, mesmo para esses contribuintes, que são grandes empresas, que nosso objetivo é justiça tributária”, declarou Haddad.
O ministro também disse que está trabalhando para impedir abusos por parte de auditores fiscais como forma de reduzir a litigiosidade no Carf e acelerar os julgamentos. “Me comprometi também em coibir qualquer tipo de abuso. Súmula vinculante dentro da Receita Federal. Entendimento pacificado entre os auditores terá de ser considerado válido por todo e qualquer auditor para que não haja incidência de autos de infração que não são próprios”, acrescentou.
Edição: Fábio Massalli
Fonte: EBC Economia
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