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Haddad: aumento da produtividade requer mudança no sistema tributário

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O ministro da Fazenda Fernando Haddad voltou a criticar, nesta quinta-feira (25), o atual sistema tributário brasileiro e avaliou que o país já está maduro o suficiente para aprovar a reforma tributário no Congresso. Segundo o ministro, que discursou em evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Brasil não tem como aumentar a sua produtividade com o sistema de tributos atual.

“Não há como crescer a produtividade do Brasil com esse sistema tributário. O Congresso está absolutamente maduro e a sociedade ansiosa para ver diante de si algo que dê segurança jurídica para os investidores, e hoje eu diria que tão importante quanto isso, segurança jurídica para a base fiscal do Estado”, disse Haddad.

De acordo com o ministro, a reforma tributária poderá resolver a maioria dos problemas do sistema de arrecadação de impostos atual, que se tornou, segundo ele, anacrônico e “monstruoso”.

“Estamos endereçando uma reforma tributária que é mais moderna ainda, porque introduz no sistema tributário nacional um Imposto de Valor Agregado que praticamente resolve uma boa parte dos vícios do atual sistema que, na minha opinião, é o grande vilão pelas baixas taxas de crescimento da nossa produtividade.”

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“A coisa se tornou tão monstruosa que até o Estado nacional não sabe quanto pode arrecadar. A cada momento há uma decisão judicial que solapa a base fiscal do Estado e nos deixa em estado permanente de insegurança”, acrescentou.

Para o ministro, a reforma tributária trará regras estáveis, que possibilitarão ao Estado saber quanto poderá investir e gastar. “E que os empresários possam se planejar no médio e longo prazo. Os investimentos hoje exigem um prazo de planejamento e de previsibilidade que o sistema tributário atual não consegue oferecer.”

Educação

O ministro da Fazenda comemorou a aprovação do arcabouço fiscal pela Câmara dos Deputados. O projeto do novo regime fiscal teve a votação em plenário concluída nesta quarta-feira (24) e agora será submetido à análise do Senado. Segundo Haddad, o marco garante a reposição de 100% do orçamento da educação e abre possibilidade de outros investimentos no desenvolvimento do país.

“Se nós tivermos os recursos para fazer os investimentos acontecerem, sobretudo as PPPs [parcerias público-privadas], que agora todas elas terão aval do Tesouro Nacional, se nós tivermos recursos para voltar a educar o nosso povo, se nós fizermos essa arrumação da casa, ao tempo da transição ecológica, que nós estamos alinhavando no governo federal, estimulando a industrialização a partir de uma perspectiva de futuro que olhe para o fiscal, para o ambiental, e para o social, eu não tenho dúvida que nós vamos verificar que o Brasil vai voltar a crescer.” 

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Fonte: EBC Economia

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Pesquisador: hidrogênio é oportunidade para reindustrializar país

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O grande potencial para a produção de hidrogênio renovável no país nos próximos dez anos é uma oportunidade para reindustrializar o país. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2) e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Paulo Emílio Valadão de Miranda. Ele participou, nessa segunda-feira (29), do 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio, em Maricá, no Grande Rio, que vai até quarta-feira (31). 

O hidrogênio é um elemento químico que pode ser usado como combustível. Sua obtenção é feita de várias formas, entre elas por transformação de combustíveis fósseis (com extração do hidrogênio e liberação de gás carbônico na atmosfera), eletrólise da água (com a separação de hidrogênio e oxigênio) ou biomassa (com extração do hidrogênio e transformação do carbono em produto sólido). 

“É uma oportunidade para a reindustrialização Brasil, que tem potencial muito grande de produção de hidrogênio. Hoje em dia, sabemos que quase todo o hidrogênio é produzido a partir de combustíveis fósseis e que se vê um esforço grande na produção do renovável a partir da eletrólise da água. Mas o país também tem potencial muito grande da produção a partir de biomassa”. 

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Segundo Paulo Emílio Miranda, o país tem hoje 850 indústrias de biogás. “O uso de biomassa de rejeito e manejo fará com que essa origem de matéria-prima represente, em uma década, a maior parte do hidrogênio produzido no Brasil para fins energéticos. Há uma oportunidade de crescimento industrial no Brasil no que se refere à utilização desse elemento químico”, explicou. 

Também é possível extrair o hidrogênio, em sua forma gasosa, diretamente de depósitos subterrâneos. Miranda afirmou que, em Maricá, cidade que sedia o congresso, foram encontrados depósitos de hidrogênio. 

Segundo ele, os depósitos subterrâneos do hidrogênio são constantemente renovados. “Ele [o hidrogênio do subsolo] também tem a vantagem do baixo custo de produção comparado com as técnicas atuais, embora não conheçamos muito bem o potencial, com as taxas e volumes de produção”. 

O 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio reúne especialistas, empresas e representantes do governo. A programação completa pode ser acompanhada ao vivo ou em vídeos gravados por meio do canal do congresso no Youtube

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Fonte: EBC Economia

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