Economia
Dólar ultrapassa R$ 5,40 com indefinição sobre equipe econômica
Economia

A falta de indicações do governo eleito sobre a equipe econômica pesou no mercado financeiro. O dólar fechou acima de R$ 5,40 pela primeira vez em quatro meses. A bolsa de valores despencou e quase anulou os ganhos da véspera.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (25) vendido a R$ 5,411, com alta de R$ 0,101. A cotação iniciou o dia em baixa, chegando a R$ 5,30 pouco antes das 10h. Após a abertura dos mercados norte-americanos, passou a operar na casa dos R$ 5,35 e disparou no fim da tarde após a participação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana fecha a semana com alta de 0,67%. A divisa acumula valorização de 4,74% em novembro e queda de 2,96% em 2022.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 108.977 pontos, com queda de 2,55%. O indicador encerrou um pouco acima do nível de quarta-feira (23) e ganhou apenas 0,1% na semana.
A falta de informações no discurso de Haddad sobre um nome para ocupar o ministério da Fazenda não foi bem recebida pelos investidores. As indefinições sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que pretende retirar o programa Bolsa Família e alguns investimentos do teto federal de gastos contribuiu para a volatilidade.
No exterior, o dia foi marcado por poucos negócios, ainda por causa do feriado de Ação de Graças ontem (24) nos Estados Unidos. No mercado internacional, o dólar teve uma alta discreta contra as principais moedas do planeta.
*Com informações da Reuters
Edição: Denise Griesinger
Fonte: EBC Economia

Economia
Produção industrial registra queda de 0,6% em abril

A produção industrial brasileira registrou queda de 0,6% em abril. O resultado ocorreu depois da alta de 1% no mês anterior. Naquele momento, o percentual interrompeu dois meses seguidos de recuo.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a produção da indústria recuou 2,7%. O acumulado do ano apresentou queda de 1% e, em 12 meses, mostra variação negativa de 0,2%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou, nesta sexta-feira (2), os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), com esses resultados, a indústria ainda se encontra 2% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011.
O gerente da PIM, André Macedo, observou que diferentemente dos últimos três meses do ano passado, quando houve saldo positivo acumulado de 1,5%, no início de 2023, há uma maior presença de resultados negativos. “Em abril, observamos uma maior disseminação de quedas na produção industrial, alcançando 16 dos 25 ramos industriais investigados. Esse maior espalhamento de resultados negativos não era visto desde outubro de 2022”, ressaltou, em texto publicado pelo IBGE.
Segmentos
Conforme a pesquisa, os produtos alimentícios (-3,2%), máquinas e equipamentos (-9,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%), foram as principais influências negativas para o desempenho do indicador em abril. Entre as três influências, o setor de produtos alimentícios foi o responsável pelo maior impacto negativo no resultado deste mês, ao ter o quarto mês seguido de recuo na produção. No período, a perda acumulada é de 7,3%.
De acordo com o gerente, anteriormente à sequência de retrações, o setor teve resultados positivos por três meses consecutivos, o que resultou em um ganho acumulado de 20,2%, o que para ele, ainda significa um saldo positivo. “Em abril houve grande influência negativa por parte da produção de açúcar. Isso teve relação direta com um maior volume de chuvas, especialmente na segunda quinzena do mês, nas regiões produtoras de cana-de-açúcar da região Centro-Sul do país”, contou, lembrando que a queda foi atenuada pela retomada do crescimento de carnes de bovinos, após ter sido atingida pelas restrições de exportação para a China.
Já o setor de máquinas e equipamentos, com a queda de 9,9%, eliminou o crescimento de 6,7% anotado em março. “Neste mês, houve queda disseminada nos seus principais grupamentos”, apontou o IBGE.
Após registrar variação nula nos meses de fevereiro e março, o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias teve redução de 4,6%. “Automóveis e caminhões, que são os itens de maior peso na atividade, tiveram queda na produção”, completou.
O gerente destacou que o segmento é um exemplo dos efeitos da manutenção da taxa de juros em níveis elevados, que provoca encarecimento e a maior dificuldade na concessão do crédito. A indústria e, em especial, o setor são impactados ainda por altas taxas de inadimplência e o maior endividamento das famílias. Segundo o pesquisador, esses não são os únicos fatores. Conforme revelou, permanece a dificuldade na obtenção de componentes eletrônicos para o setor. “Por conta disso, observa-se uma maior frequência de paralisações, reduções de jornadas de trabalho e férias coletivas”, concluiu.
A influência negativa no indicador se estende ainda a equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,4%), indústrias extrativas (-1,1%), bebidas (-3,6%), produtos de metal (-3,3%), outros equipamentos de transporte (-5,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,9%).
Em sentido contrário, entre as nove atividades que tiveram aumento na produção, o maior impacto positivo em abril partiu do setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis que apresentou avanço de 3,6%. “Trata-se do terceiro resultado positivo em sequência do setor, período em que acumulou crescimento de 6,3%”, indicou o IBGE.
Nas grandes categorias econômicas, houve recuos nos setores de bens de capital (-11,5%) e bens de consumo duráveis (-6,9%). O movimento foi diferente em bens de consumo semi e não duráveis, que registrou alta de 1,1% e em bens intermediários com ganho de 0,4%. A primeira eliminou a perda de 0,6% acumulada na passagem de fevereiro para março e a segunda teve expansão de 1,8% decorrente de três meses seguidos de aumento na produção.
Comparação interanual
Em relação a abril de 2022, a indústria registrou queda de 2,7%, com resultados negativos em 18 dos 25 ramos pesquisados. “As principais influências negativas vieram de produtos químicos (-12,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,7%) e máquinas e equipamentos (-14,3%)”, apontou o IBGE.
Houve recuo ainda em Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-15,7%), metalurgia (-5,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,2%), produtos de metal (-8,7%), produtos de minerais não metálicos (-9,6%), bebidas (-7,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,9%) e produtos de madeira (-15,9%).
As maiores influências positivas ficaram por conta de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,2%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (18,1%). Os resultados positivos também foram notados nos ramos de produtos alimentícios (2%), de indústrias extrativas (1,4%) e de outros equipamentos de transporte (19,2%).
Pesquisa
De acordo com o IBGE, desde a década de 1970, a PIM Brasil produz indicadores de curto prazo, “relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação”.
Depois de reformulação para atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes, a partir de março de 2023, começou a divulgação da nova série de índices mensais da produção industrial. Além disso, foi elaborada uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes, houve atualização do ano base de referência da pesquisa e a incorporação de novas unidades da federação na divulgação dos resultados regionais.
A próxima divulgação da produção industrial será em 4 de julho.
Fonte: EBC Economia
-
Política2 dias atrás
Madrinha da causa social, primeira-dama Virginia Mendes comemora natalício
-
Política3 dias atrás
Deputado Cattani e o vereador Ademir, de Rosário Oeste: parlamentares têm algo em comum
-
Política7 dias atrás
Governador agradece policiais que atuaram em Confresa: “Demonstraram que bandido não tem vida fácil em MT”
-
Polícia4 dias atrás
Homem é preso por maltratar filha com deficiência intelectual
-
Polícia4 dias atrás
Forças de segurança prendem três pessoas e impedem invasão de terras em Poxoréu
-
Polícia4 dias atrás
Rotam prende suspeito de roubar e ameaçar taxista e recupera veículo
-
Polícia3 dias atrás
IML busca familiares de homem morto em Várzea Grande para liberação de corpo
-
Polícia3 dias atrás
Homem é preso após ameaçar esposa e filhas de morte