Mercado internacional
China abre mercado para DDG e Mato Grosso lidera com articulação estratégica
A entrada no mercado chinês representa um salto estratégico para a indústria de bioenergia no Brasil, consolidando Mato Grosso como um dos principais fornecedores globais do produto
Economia

A China oficializou, nesta terça-feira (14/05), durante o evento Diálogo Brasil-China sobre Segurança Alimentar, em Pequim, a abertura de seu mercado para o DDG (grãos secos de destilaria com solúveis) produzido no Brasil. O estado de Mato Grosso, maior produtor nacional de etanol de milho, destacou-se ao antecipar os movimentos diplomáticos e comerciais, graças a uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
No dia 16 de abril, antes mesmo da oficialização do acordo, o governo mato-grossense firmou três memorandos de entendimento com a gigante chinesa Donlink, do setor agroindustrial. A parceria envolve a importação de pulses como gergelim e feijões — e, principalmente, do DDG mato-grossense. Os acordos foram assinados em conjunto com a Associação dos Cerealistas de Mato Grosso (Acemat) e a Bioind (Associação das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso).
O DDG, subproduto do etanol utilizado como ração animal, entra agora no radar do maior mercado consumidor do planeta. A entrada no mercado chinês representa um salto estratégico para a indústria de bioenergia no Brasil, consolidando Mato Grosso como um dos principais fornecedores globais do produto.
Além do DDG, a abertura comercial contempla pulses como o gergelim branco, altamente demandado pela China por seu uso em óleos vegetais e fibras. De acordo com Zhao Yi, engenheira-chefe da Associação Nacional de Grãos da China, o Brasil — com 21 empresas habilitadas — já é visto como parceiro estratégico na oferta do produto.
O presidente da China Meat Association, Chen Wei, destacou a importância de estabelecer uma “linguagem tecnológica comum” para ampliar a confiança dos consumidores chineses. Ele também defendeu o intercâmbio de profissionais e o fortalecimento das marcas brasileiras no mercado asiático. A delegação chinesa manifestou ainda interesse na ampliação das importações de miúdos de aves, suínos e pescados da Amazônia.
Para Guilherme Nolasco, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), o ingresso no mercado chinês é um divisor de águas para o setor. Até então, apenas os Estados Unidos forneciam DDG para o país asiático. O Brasil já exporta para 18 mercados, mas a China, segundo ele, possui o maior potencial para impulsionar a produção nacional, especialmente em Mato Grosso.
No setor algodoeiro, a presença brasileira na China já é consolidada. Segundo Marcelo Duarte, diretor de Relações Internacionais da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Brasil lidera, desde o ano passado, as exportações para o país asiático. Mato Grosso, responsável por 70% da produção brasileira, também domina o mercado chinês de algodão.

Economia
Mato Grosso inicia colheita do milho com estimativa de 50,3 milhões de toneladas
O secretário d, César Miranda, destacou a importância da safra como resultado direto da dedicação dos produtores
ócio no estado

Mato Grosso inicia oficialmente, nesta quarta-feira (18.6), a colheita do milho de segunda safra 2024/2025. A abertura simbólica ocorrerá na Fazenda Dois Irmãos, do Grupo ABF, no município de Sorriso – maior produtor de milho do Brasil –, com organização da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo) e Canal Rural.
Com produção estimada em 50,38 milhões de toneladas, Mato Grosso deve superar em 3% o volume colhido na safra anterior, que fechou em 48,7 milhões de toneladas, segundo projeções do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O aumento reflete a boa performance das lavouras até o final de maio, favorecidas por chuvas mesmo fora da janela ideal de plantio.
A estimativa de área plantada também subiu: são 7,13 milhões de hectares, um crescimento de 4,85% em relação ao ciclo 2023/2024. Já a produtividade média deve alcançar 117,74 sacas por hectare, 1,86% superior à da última temporada.
Entre os 10 maiores produtores de milho do Brasil, sete são de Mato Grosso, de acordo com dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE. Além de Sorriso, integram a lista Nova Ubiratã, Nova Mutum, Querência, Diamantino, Primavera do Leste e São Félix do Araguaia, evidenciando a liderança nacional do estado na produção do grão.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, destacou a importância da safra como resultado direto da dedicação dos produtores rurais e da política estadual de apoio ao setor.
“O Governo de Mato Grosso tem sido e continuará sendo um parceiro incondicional do setor produtivo. Investimos em infraestrutura logística para garantir o escoamento eficiente da produção, promovemos incentivos e desburocratização e atuamos em conjunto com entidades do agro. Essa colheita não celebra apenas o milho, mas o futuro próspero que estamos construindo para o estado e o Brasil”, afirmou.
O evento em Sorriso simboliza mais do que o início da colheita: é um reconhecimento ao protagonismo do agronegócio mato-grossense, que continua batendo recordes de produção e produtividade, consolidando sua posição estratégica no cenário agrícola nacional e internacional.
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