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Economia

Brasil cria 57.733 vagas formais de emprego em outubro, aponta Caged

Publicado em

Economia

Reinaldo Canato/VEJA.com

Presidente Michel Temer comemorou em sua rede social o resultado divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira, 21

 

Da Redação

mercado de trabalho brasileiro criou 57.733 empregos com carteira assinada em outubro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira, 21, pelo Ministério do Trabalho.

O presidente Michel Temer se antecipou ao Ministério do Trabalho e anunciou, pouco antes da divulgação oficial, a criação de “mais de 57 mil novas vagas formais” de emprego em outubro. Em sua conta no Twitter, ele comemorou o resultado. “Isso significa que o Brasil está no rumo certo”, disse.

No acumulado do ano, o País criou 790.579 vagas formais de trabalho. O resultado de outubro decorre de 1.279.502 admissões e de 1.221.769 demissões. O dado inclui os contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial.

O saldo de empregos formais ficou positivo pelo décimo mês consecutivo, na série ajustada, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Em setembro foram abertas 137.336 vagas; em agosto, 110.431 postos e em julho, 47.319.

Em comparação a outubro do ano anterior, no entanto, o País apresentou piora. No mesmo mês do ano passado, foram geradas 76.599 vagas formais de emprego.

O resultado mensal de outubro veio abaixo  da mediana esperada pelos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. Entre as 15 estimativas coletadas, a mediana apontava para a criação de 65.000 vagas, sem ajuste sazonal. Essas projeções variavam da criação de 29.000 postos formais até a criação de 154.000 empregos.

O salário médio de admissão no emprego formal ficou em R$ 1.528,32 em outubro deste ano, alta real (já descontada a inflação) de 0,66% em relação a igual mês do ano passado. Em outubro de 2017, esse valor era de R$ 1.518,33. O salário médio de desligamento no mês passado foi de R$ 1.672,00, contra R$ 1.737,08 em outubro de 2017.

Serviços e comércio têm saldo positivo

Os serviços abriram 34.133 postos com carteira assinada em outubro, e o comércio teve saldo positivo de 28.759 novas vagas no período. Juntos, os dois setores comandaram as contratações no mês passado.

A indústria de transformação gerou 7.048 vagas formais em outubro, enquanto a construção civil ficou com saldo positivo em 560 postos.

Mas o saldo final acabou sendo afetado pelas demissões na agricultura, que teve contração líquida de 13.059 postos. Boa parte das vagas foi cortada no setor de cultivo de soja e no segmento de produção de sementes.

A administração pública também demitiu (-353), e o setor de extração mineral criou 377 novas vagas.

Trabalho intermitente gera 4.844 vagas

As novas modalidades de contratação criadas pela reforma trabalhista contribuíram para a geração de novas vagas formais de emprego no mês de outubro. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o trabalho intermitente ficou com saldo positivo de 4.844, enquanto o regime trabalho parcial abriu 2.218 novos postos com carteira.

O contrato de trabalho intermitente permite às empresas chamar os trabalhadores apenas quando e se necessário, pagando apenas pelas horas cumpridas. Os setores de serviços e comércio continuam puxando essas contratações, seguidos pela construção civil e pela indústria de transformação em menor medida.

A maior parte dos postos gerados foi ocupada por homens (63,9%) e jovens de 18 a 24 anos (31,6%). Em geral, são trabalhadores com ensino médio completo ou incompleto. As funções mais comuns são assistente de vendas e atendente de lojas e mercados.

Ainda, segundo o Caged, um total de 54 empregados celebrou mais de um contrato na condição de intermitente em outubro. No entanto, não há especificação sobre quantos contratos cada um firmou. Essa é uma questão crucial que tem sido questionada na análise das estatísticas do Caged, porque uma pessoa contratada para mais de um emprego formal poderia ajudar a “inflar” o saldo geral do cadastro, que inclui todos os vínculos.

No caso dos postos de trabalho de jornada parcial (inferior à jornada integral de 44 horas semanais), um total de 30 empregados celebrou mais de um contrato nessa modalidade. O saldo geral também foi puxado pelos setores de serviços e comércio.

Na jornada parcial, o perfil dos trabalhadores contratados muda um pouco. Pouco mais da metade (55,5%) do saldo gerado foi devido a mulheres. A prevalência de jovens de 18 a 24 anos e de trabalhadores com ensino médio completo e incompleto, no entanto, permanece.

As principais ocupações segundo o saldo de emprego em regime parcial são faxineiro, operador de caixa e auxiliar de escritório.

A reforma trabalhista também instituiu a possibilidade de desligamento mediante acordo entre empresa e trabalhador. No mês passado, houve 15.981 demissões desse tipo, sendo que 23 empregados solicitaram mais de um desligamento por acordo.

 

 

 

 

 

 

Fonte: O Estado de S. Paulo / https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-cria-57733-vagas-de-emprego-em-outubro,70002615939

Foto: Reinaldo Canato/VEJA.com

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Economia

Inflação no mercado é projetada em 5,58% para 2025; PIB fica em 2,03%

O boletim também trouxe nova redução na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos bens e serviços produzidos no país

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Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Nesta segunda-feira (10) o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central,o mercado financeiro aumentou a projeção da inflação e do crescimento da economia para este ano. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 5,58%, ante os 5,51% da semana passada.

O boletim também trouxe nova redução na projeção do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos bens e serviços produzidos no país, para 2025. Agora, os agentes do mercado financeiro projetam um crescimento de 2,03% para 2025, ante os 2,04% da semana anterior.

A pesquisa Focus é realizada com economistas do mercado financeiro e é divulgada semanalmente pelo BC. Para 2026, o boletim mostra uma projeção de crescimento do PIB de 1,7%. Já para 2027, a projeção é que o PIB fique em 1,96% e que, em 2028, a projeção de expansão da economia seja de 2%.

Em relação à inflação, o Focus, projeta um índice de 4,3% para 2026, ante os 4,28, da semana passada. Para 2027, o mercado financeiro tem a projeção de um IPCA de 3,9% e, de 3,78% em 2028. No ano passado, o IPCA, que leva em conta a variação do custo de vida de famílias com rendimento de até 40 salários mínimos, fechou o ano passado em 4,83%, acima do teto da meta, que era de 4,5%.

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve a projeção da semana passada, de 15%, para 2025, a mesma das últimas quatro semanas. Para 2026, a projeção do mercado financeiro é que a Selic fique em 12,5%, também a mesma projetada na semana passada. Para 2027 e 2028, as projeções são de que a taxa fique em 10,5% e 10%, respectivamente.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). No final de janeiro, o colegiado aumentou a Selic em 1 ponto percentual, com a justificativa de que a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta.

O Copom destacou que os preços dos alimentos se elevaram de forma significativa, em função, dentre outros fatores, da estiagem observada ao longo do ano passado e da elevação de preços de carnes, também afetada pelo ciclo do boi. Com relação aos bens industrializados, o comitê apontou que movimento recente de aumento do dólar pressiona preços e margens, sugerindo maior aumento em tais componentes nos próximos mes, o que tornou o cenário inflacionário mais adverso, demandando uma política econômica contracionista.

Ainda de acordo com o Copom, o cenário mais adverso para a convergência da inflação à meta para 2025, de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5% pode demandar aumento de 1 ponto percentual na Selic na próxima reunião do comitê nos dias 18 e 19 de março.

Já em relação ao câmbio, a previsão de cotação do dólar ficou em R$ 6,00 para 2025. Nesta segunda-feira a cotação da moeda está em R$ 5,75. No fim de 2026, a previsão é que a moeda norte-americana também fique em R$ 6,00. Para 2027, o câmbio também deve ficar, segundo o Focus, em R$5,93 e para 2028, a projeção é de R$ 5,99.

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