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Economia

BNDES cria comitê de crise para dar apoio às investigações e aos funcionários

Publicado em

Economia

Empregados terão apoio jurídico e de comunicação. O banco também instalou comissão de apuração interna

Da Redação

 

O BNDES criou um comitê de crise para dar apoio às investigações sobre as suspeitas de favorecimento do grupo JBS, um passo a mais nas medidas tomadas pelo banco de desenvolvimento para dar conta das apurações sobre as acusações que vieram à tona com a Operação Bullish, deflagrada no fim da semana passada pela Polícia Federal, sobre os aportes do banco ao grupo JBS, que teriam sido feitos a partir de junho de 2007 e usados para comprar outras empresas no ramo de frigoríficos, no valor de R$ 8,1 bilhões. A Polícia Federal encontrou indícios de que as operações foram executadas sem exigência de garantias e com a dispensa indevida de prêmio contratualmente previsto, o que teria gerado um prejuízo de aproximadamente R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos. Na última terça-feira, o banco já havia anunciado a criação de uma Comissão de Apuração Interna, que terá prazo de 45 dias, prorrogáveis mais por mais 45 dias.

No comunicado enviado aos funcionários pela diretoria do BNDES, o banco afirma que o comitê vem se reunindo diariamente para discutir “estratégias de atuação, apuração dos fatos, suporte aos empregados investigados, colaboração com a Justiça e comunicação com os diversos públicos de interesse”.

O banco também começou, pelo que informa no comunicado, “uma campanha de engajamento e esclarecimento dos empregados sobre como obter informações corretas a respeito de temas de destaque nas redes sociais e na imprensa”. O BNDES pôs plantonistas nas áreas jurídica e de assessoria de imprensa, com telefones diretos para atender aos funcionários, com jornalistas, caso os funcionários sejam procurados diretamente por órgãos de imprensa, e advogados, além de “atenção psicossocial”. Os funcionários têm direito à assistência jurídica para custeio de despesas advocatícias, conforme prevê o estatuto do banco.

O BNDES, consultado, confirmou a criação do comitê, por meio de nota: “Na última sexta-feira, dia 12/5/2017, a diretoria do BNDES instituiu um Comitê de Crise que reúne a presidente, os diretores Jurídico, de Controladoria, de Mercado de Capitais e de Recursos Humanos, bem como membros das Áreas de Administração e Recursos Humanos, Jurídica e Comunicação”. Segundo a nota, a diretoria diz que “continua trabalhando em defesa dos empregados e do BNDES e na busca do esclarecimento dos fatos.” O banco não informou quantos funcionários estão sendo investigados.

O Tribunal de Contas do União (TCU) também investiga as operações com o grupo e calculou em R$ 711,3 milhões o prejuízo do banco somente com a compra de ações e debêntures (títulos de dívida) do grupo JBS. O tribunal chegou a considerar o aporte como “cessão graciosa de dinheiro público”, conforme O GLOBO informou com exclusividade.

A Polícia Federal, ao deflagrar a Operação Bullish, cumpriu 37 mandados de condução coercitiva (30 no Rio de Janeiro e sete em São Paulo) e 20 mandados de busca e apreensão (14 no RJ e seis em SP). Além disso, foram tomadas medidas de indisponibilidade de bens de pessoas físicas e jurídicas que participam direta ou indiretamente do controle acionário da JBS, até o limite do prejuízo que teria sido gerado.

 

Fonte: O Globo

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Economia

Produção de biodiesel cresce em 20 anos e chega a 77 bilhões de litros

Embora esse crescimento ainda não seja capaz de acompanhar o aumento acelerado da demanda por energia para transporte

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Foto: Agência Brasil

Competaram-se exatos 20 anos do marco legal do biodiesel no Brasil. A Lei 11.097/2005, sancionada no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, introduziu oficialmente o combustível renovável à matriz energética do país, como uma alternativa ao uso do diesel de origem fóssil – mais poluente e proveniente das reservas limitadas de petróleo.

A norma modificou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis com a atribuição de regular a produção e comercialização de biocombustíveis no país, pondo em prática o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).

A lei foi a primeira a constituir o marco legal do biodiesel e fixou uma mistura obrigatória de 5% do combustível renovável no óleo diesel comercializado no país, criando a mistura chamada de diesel B. Um período transitório de até oito anos previa uma mistura com apenas 2% de biodiesel, inicialmente voluntária e que passaria à obrigatoriedade em três anos.

Em 2009, a mistura obrigatória de 5% foi estabelecida por uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética e, desde então, houve uma evolução gradual que levou ao biodiesel B14, com acréscimo de 14% de biodiesel no diesel B, a partir de março de 2024.

Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o principal avanço no período de vinte anos foi a expansão da produção e do uso do biocombustível, com consequente impulsionamento do desenvolvimento sustentável nos aspectos ambiental, social e econômico. “Nessas duas décadas, produzimos 77 bilhões de litros de biodiesel, economizando 38 bilhões de dólares em importação de diesel”, diz.

Além disso, a trajetória evitou a emissão de 240 milhões de toneladas de gás carbônico, gerando empregos e oportunidades aos agricultores familiares, tornando biodiesel “um grande aliado na transição energética justa e inclusiva do país”, destacou Silveira.

Em 2023, a produção nacional de biodiesel foi de mais de 7,5 bilhões de litros, o que representou uma expansão de 19%. em relação ao ano anterior, segundo o Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2024, divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No mesmo ano, a demanda de óleo diesel rodoviário cresceu 1,7 bilhão de litros. Desse total, 1 bilhão de litros foi suprido pela produção de biodiesel usado na mistura obrigatória de 12%, na época, apontou o Atlas da Eficiência Energética 2024, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Embora esse crescimento ainda não seja capaz de acompanhar o aumento acelerado da demanda por energia para transporte, o avanço do biodiesel ganha força quando se soma aos resultados de outras políticas como a do etanol, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), criada em 2017, e a recém-aprovada Lei do Combustível do Futuro (14.993/24). Nesse cenário, a produção de biocombustíveis no país contou ainda, em 2023, com a produção de 35,4 bilhões de litros de etanol e 74,9 milhões de m³ de biometano, informa a agência.

A nova lei também criou instrumentos de estímulo à produção e uso de novos biocombustí

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