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Vacinação: motoristas de ônibus, garis e catadores de recicláveis relatam felicidade

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A imunização do grupo de vulnerabilidade será realizada sem a necessidade desse público prioritário se dirigir aos polos de imunização instalados na capital

Da Redação

“Eu me sinto aliviado, é um peso que a nossa categoria vai poder tirar das costas daqui para frente. Eu estou me sentindo mais leve agora, isso é uma grande vitória para. Nós vencemos!”. Esse foi o relato do motorista de transporte coletivo, Flávio Almeida Correia, de 48 anos, após ter recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19, durante a solenidade simbólica, realizada nesta segunda-feira (3), para marcar o início da vacinação dos garis, carroceiros, trabalhadores do serviço de varrição, motoristas de transporte coletivo e catadores de recicláveis.

O evento de lançamento do programa “Incluiabá” ocorreu no auditório da Prefeitura de Cuiabá e contou com a presença do prefeito Emanuel Pinheiro, a primeira-dama da Capital, Márcia Pinheiro, além dos vereadores por Cuiabá, Adevair Cabral e Pastor Jeferson, do deputado estadual Carlos Avalone e dos secretários municipais de Saúde, Ozenira Félix; da Empresa Cuiabana de Zeladioria e Serviços Urbanos- Limpurb, Vanderlúcio Rodrigues e de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Francisco Vuolo. 

Na ocasião, foram vacinados 11 representantes das categorias contempladas. Flávio, que é motorista de ônibus há 30 anos, relatou que além da sensação de alívio e felicidade, a imunização representa uma batalha vencida, ao qual a categoria dos motoristas do transporte coletivo vinha lutando desde o começo da imunização contra o vírus.

“É uma luta nossa desde o início da vacinação. Quero aqui, em nome de todos os motoristas, agradecer ao prefeito Emanuel Pinheiro, por ter acatado a nossa reivindicação e eu estou me sentindo mais leve agora. Já perdemos cerca de 20 colegas para a covid. Tínhamos muito medo, ainda temos, porque saímos todos os dias de casa assustados com isso, com medo de nos contaminar, de contaminar a população, assustados quando chegamos em casa pela possibilidade de estar trazendo [o vírus] para nossa família. É um tormento para nós, profissionais, essa doença. E isso [a vacina] para nós é uma grande vitória”, disse.

Já Gelcimara Abadia de Oliveira, de 27 anos, é catadora de recicláveis há oito anos. Além dela, a mãe, de 52 anos, atua há 22 anos no mesmo ramo e outras quatro pessoas de sua família também fazem o mesmo, e pelo menos cinco membros já contraíram a doença. Ela relembrou dos momentos de insegurança e medo após ter contraído o vírus e a alegria de saber que a imunização dos colegas vai ocorrer no local de trabalho.

“Foi bem difícil, porque ali [no lixão] a gente corre o risco de pegar [Covid] a qualquer momento, porque ninguém sabe o lixo de quem está contaminado. Eu não fui contaminada através do trabalho, foi em casa, depois de receber um parente que estava com a Covid e não sabíamos.  Cinco pessoas lá de casa foram contaminadas, mas graças à Deus conseguimos vencer. E com relação ao lixão, tem sido também bem difícil porque temos medo a todo momento, mas se Deus quiser mais pra frente nós vamos vencer. Eu sinto felicidade de me sentir imune, não 100%, mas pelo menos 90% sim. Eu quero dizer que o que tenho é gratidão à Deus e a todos que desempenharam esse programa. Com certeza vão facilitar bastante indo no local, porque não é todo mundo que tem como ir ao ponto ou saber aonde ir. La [no lixão] é um ponto ideal, e acredito que será um trabalho bem feito”, afirmou.

Bastante emocionada ao ver os profissionais sendo imunizados, a técnica de enfermagem, Maildes Vieira de Barros, contou que em 14 anos de profissão, sente-se privilegiada por ter sido convidada a participar da vacinação do grupo de vulnerabilidade.

“Quando eu fui para a saúde indígena enfrentei muita coisa, quando eu estava na UPA Morada do Ouro, também me deparei com muitas situações, mas igual essa pandemia, posso dizer com tanta certeza, que esse momento, além de crítico, é mais importante que estamos vivendo. A esperança é ver que as autoridades estão correndo atrás, que você não está à mercê. Está difícil, tem hora que vemos as pessoas falar que não tem mais vacina, mas Cuiabá tem que se orgulhar, e eu me orgulho muito por isso. A secretaria de Saúde está de parabéns, o prefeito também, a primeira-dama, e todos da equipe de Saúde que estão se empenhando, me deixam muito orgulhosa”, disse.

“Eu tenho orgulho de ter votado no Emanuel Pinheiro por isso, eu já vinha observando o trabalho dele e agora no decorrer da pandemia, que está todo mundo cansado, exausto, eu vejo que ele vem se empenhando em melhorar na rapidez da vacinação me deixa muito mais feliz”, concluiu.

De acordo com a secretária da SMS, Ozenira Félix, a vacinação aos grupo de vulnerabilidade será realizada sem a necessidade desse público prioritário se dirigir aos polos de imunização instalados na capital. “Todos serão vacinados na sede de seus respectivos trabalhos. Nós vamos atuar com estas categorias nas próprias unidades onde elas trabalham. Já vamos começar com o agendamento pelo pessoal transporte, depois vamos a cada uma empresa e formaremos uma agenda. Então, cada um de vocês será vacinado conforme o cronograma que estamos elaborando, para não haver tumultos”, explicou.

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Primeira-dama de MT critica liberação de autor de crime bárbaro

Virginia Mendes manifesta indignação após decisão judicial que autorizou liberação de homem que arrancou coração da tia em 2019

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Reprodução / Redes sociais

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, manifestou repúdio à decisão judicial que autorizou a saída de Lumar Costa da Silva, de 34 anos, do hospital psiquiátrico em Cuiabá. O homem ficou conhecido nacionalmente após assassinar e arrancar o coração da própria tia em 2019, na cidade de Sorriso (MT).

Nas redes sociais, Virginia classificou a liberação como um choque à memória coletiva e à confiança na Justiça. “Com profunda indignação e perplexidade recebo a notícia da liberação de um homem que cometeu um crime brutal e chocante, que ainda dói na memória de todos nós”, afirmou. A primeira-dama também questionou o sistema jurídico: “Como podemos falar em segurança e justiça diante de uma decisão como essa?”

Virginia destacou que, mesmo com laudos que apontam estabilidade clínica, o risco permanece evidente. “Essa decisão assusta. Abala a confiança da sociedade nas instituições e escancara o quanto ainda precisamos lutar por leis mais firmes e pela proteção da vida”, completou.

A decisão foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, com base em pareceres médicos que apontam que Lumar está estável e não precisa mais de internação. Ele seguirá tratamento ambulatorial no CAPS de Campinas (SP), com restrições severas: não pode sair da cidade sem autorização judicial, frequentar locais como casas noturnas ou consumir álcool e drogas.

O crime chocou o país. Em julho de 2019, Lumar matou a tia Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e entregou o coração da vítima para uma das filhas dela. À época, confessou o crime e declarou: “Matei e não me arrependo. Eu ouço o universo, o universo fala comigo sempre e me disse: mata ela logo, ela tem que morrer.”

Antes de chegar a Mato Grosso, o autor já havia tentado matar a própria mãe em Campinas (SP). Mesmo considerado perturbado e perigoso, o sistema judicial agora opta por um modelo de liberdade assistida — decisão que reacende o debate sobre segurança, saúde mental e a responsabilidade do Estado diante de crimes de extrema crueldade.

“Não podemos normalizar a barbárie”, concluiu Virginia Mendes em tom de alerta à sociedade.

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