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“Uma terra rica, porém esquecida”, disse Nezinho sobre o Mata Cavalo
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Da Redação
Mata Cavalo, uma comunidade quilombola de Nossa Senhora do Livramento, pertencente a população descendente de negros, que tiveram seus antepassados escravizados desde o período colonial, localizada a cerca de 65km da capital, que mesmo no século 21, ainda passa por necessidades primárias, como a constante falta de água, recorrente ao abandono político e administrativo municipal.
A equipe de reportagem do Grupo o Mato Grosso de Comunicação, esteve no local, quando falou com várias famílias e representantes da Associação, que coordenam as atividades coletivas da comunidade, e pode constatar diversas precariedades.
Além de conversar Nezinho, presidente da Associação, que relatou várias dificuldades que praticamente toda região do Mata Cavalo passa, como a falta de água, falta de assistência médica, mesmo com uma terra produtiva, a ausência de técnicas, não permite os trabalhadores produzirem mais e melhor, visitou várias pequenas propriedades, onde pode verificar a realidade das suas necessidades e prioridades.

Foto: Gustavo Louzada/Instituto Marlin Azul
“Divergências política, no período de eleição, teria potencializado a omissão com os problemas da região”.
“Estamos praticamente isolados e esquecidos, a necessidade sempre existiu, e vem se intensificando com este período de pandemia, já fomos várias vezes buscar por ajuda na Prefeitura de Livramento, onde de nada adiantou, que vem atendendo a comunidade é o governo do estado”, ressaltou Nezinho.
Com cerca de 500 famílias residentes na região, algumas pessoas da comunidade de Mata Cavalo, hoje vive da agricultura de subsistência, com a criação de galinha caipira, suínos, gado leiteiro, plantio de verduras e legumes, porém existe o potencial para o desenvolvimento de várias culturas, como a bacia leiteira e a piscicultura, atividades que iria revolucionar a economia da região, com desenvolvimento.
“Precisamos de projetos, cursos, assistências que venham qualificar a mão de obra feminina, para gerar emprego e renda, evitando que as mulheres deixem a região, por falta de trabalho e renda”, explicou Nezinho.
De acordo com os moradores, a ausência do poder público, inviabiliza o desenvolvimento econômico da região, que tem gente e terra boa para trabalhar, faltando apenas água e técnicas para produzir mais e melhor.
Nezinho fez questão de enfatizar a necessidade da perfurações de poços artesianos, que irão proporcionar todas as condições para os moradores terem acessos a água potável, e os produtores produzirem através de irrigação.

Foto: mtpoços
Os agricultores também falaram da falta de assistência médica, principalmente neste período de pandemia do Covid-19, sem teste para detectar possíveis infectados, sem medicamentos preventivos, sem máscaras e álcool 70%, nem orientação.
A equipe de reportagem foi até a cidade, e entrou em contato com o prefeito de Nossa Senhora do Livramento, Silmar de Souza Gonçalves, para falar sobre o assunto, onde com exclusividade, foi informada que nos próximos dias, uma equipe técnica estará visitando a comunidade do Mata Cavalo, para designar os melhores lugares, onde serão perfurados os poços artesianos, com objetivo de solucionar a falta de água na região.
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Primeira-dama de MT critica liberação de autor de crime bárbaro
Virginia Mendes manifesta indignação após decisão judicial que autorizou liberação de homem que arrancou coração da tia em 2019
A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, manifestou repúdio à decisão judicial que autorizou a saída de Lumar Costa da Silva, de 34 anos, do hospital psiquiátrico em Cuiabá. O homem ficou conhecido nacionalmente após assassinar e arrancar o coração da própria tia em 2019, na cidade de Sorriso (MT).
Nas redes sociais, Virginia classificou a liberação como um choque à memória coletiva e à confiança na Justiça. “Com profunda indignação e perplexidade recebo a notícia da liberação de um homem que cometeu um crime brutal e chocante, que ainda dói na memória de todos nós”, afirmou. A primeira-dama também questionou o sistema jurídico: “Como podemos falar em segurança e justiça diante de uma decisão como essa?”
Virginia destacou que, mesmo com laudos que apontam estabilidade clínica, o risco permanece evidente. “Essa decisão assusta. Abala a confiança da sociedade nas instituições e escancara o quanto ainda precisamos lutar por leis mais firmes e pela proteção da vida”, completou.
A decisão foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, com base em pareceres médicos que apontam que Lumar está estável e não precisa mais de internação. Ele seguirá tratamento ambulatorial no CAPS de Campinas (SP), com restrições severas: não pode sair da cidade sem autorização judicial, frequentar locais como casas noturnas ou consumir álcool e drogas.
O crime chocou o país. Em julho de 2019, Lumar matou a tia Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e entregou o coração da vítima para uma das filhas dela. À época, confessou o crime e declarou: “Matei e não me arrependo. Eu ouço o universo, o universo fala comigo sempre e me disse: mata ela logo, ela tem que morrer.”
Antes de chegar a Mato Grosso, o autor já havia tentado matar a própria mãe em Campinas (SP). Mesmo considerado perturbado e perigoso, o sistema judicial agora opta por um modelo de liberdade assistida — decisão que reacende o debate sobre segurança, saúde mental e a responsabilidade do Estado diante de crimes de extrema crueldade.
“Não podemos normalizar a barbárie”, concluiu Virginia Mendes em tom de alerta à sociedade.
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