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Traficantes faziam consórcio para comprar droga mais barata no Paraguai, diz polícia

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Da Redação

Traficantes investigados na operação “Halitus”, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (27), na Grande Cuiabá, montaram um consórcio para pagar menos na compra e no transporte de drogas do Paraguai para a capital. As investigações tiveram início em agosto do ano passado e, desde então, a organização criminosa distribuiu mais de 2 toneladas de droga – especialmente maconha – na região.

Segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), pelo menos 54 pessoas foram identificadas como associadas à organização criminosa que atuava na região, sendo que 40 foram presas. Dentre elas, 22 foram detidas ao longo das investigações, em 15 flagrantes de apreensão de carregamentos de maconha.

Nesta quinta-feira (27), a polícia saiu às ruas para cumprir 15 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão em pontos previamente mapeados como usados para a venda de drogas, conhecidos como “bocas de fumo”.

Até o momento, 13 pessoas foram presas por força de mandado judicial – entre elas, dois traficantes apontados como os líderes da organização criminosa – e outros cinco foram detidas em flagrante por portarem drogas, balança de precisão, armas de fogo, rádio comunicador, dinheiro e celulares, que configuram o tráfico. Dois suspeitos que também tiveram mandados de prisão emitidos pela Justiça ainda são procurados pelos policiais.

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De acordo com o delegado que preside a investigação, Ferdinando Frederico Murta, os traficantes residiam em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana da capital. As investigações tiveram início com a identificação de traficantes que atuavam no Bairro Costa Verde, em Várzea Grande.

“À medida que aprofundamos as investigações, constatamos que se tratava de uma organização bem maior, formada por 54 indivíduos que se associavam para o tráfico de drogas”, afirmou o delegado.

Líderes

Dois investigados, apontados como os principais articuladores do esquema de tráfico na Grande Cuiabá, tiveram os mandados de prisão cumpridos no Residencial Coxipó e no Bairro Parque das Nações, na capital. Eles são considerados, segundo a polícia, os maiores distribuidores de maconha de Cuiabá e Várzea Grande.

A dupla, de acordo com a DRE, era responsável por toda a logísica de transporte de drogas, desde a região de fronteira do Paraguai com o município de Ponta Porã (MS) até à chegada em Cuiabá. Segundo o delegado Ferdinando Murta, o entorpecente era transportado de carro pelas principais rodovias até à capital, sempre contando com o apoio de cúmplices que atuavam como “batedores”, a fim de evitar as abordagens policiais.

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Conforme a polícia, uma vez na capital, a droga era dividida entre os traficantes que participavam do suposto consórcio, para ser comercializada. A organização era tanta que, segundo as investigações, um traficante não “invadia” a região de operação do outro.

De acordo com o delegado, a movimentação financeira da organização criminosa será objeto da próxima fase da operação, que será realizada junto ao Laboratório de Tecnologia de Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-D). “Temos informações que movimentavam bastante. Mas ainda não temos o valor de capital que giravam. Esse trabalho contábil será feito de agora adiante”, disse

Fonte: G1

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes

Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

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Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…

Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.

Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?

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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.

Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.

Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.

José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!

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Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…

Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.

Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…

Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.

“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…

Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.

Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.

Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…

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Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).

Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…

José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.

Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…

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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!

Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…

João Carlos de Queiroz, jornalista

 

 

 

 

 

 

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