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STF decide mandar goleiro Bruno de volta à prisão

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Ex-goleiro havia deixado a prisão após decisão judicial em 24 de fevereiro; ele cumpre pena pela morte de Eliza Samudio

Do Estado de S. Paulo

BRASÍLIA- Por 3 a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na tarde desta terça-feira (25) mandar de volta para a prisão o goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho.

Por maioria, o colegiado decidiu não referendar a liminar que havia sido concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello no dia 21 de fevereiro deste ano. Ao analisar o caso, Marco Aurélio considerou o fato de o jogador possuir bons antecedentes, além de destacar que o recurso apresentado pela defesa ainda não havia sido apreciado pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

“Não podemos julgar a partir do clamor social. Se fizermos uma pesquisa hoje, vamos ver que a sociedade está indignada com a corrupção que assola o País e quer sangue, vísceras, e não o devido processo legal”, disse Marco Aurélio.

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Os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux votaram a favor de mandar de volta para a prisão o goleiro, conforme havia sido pedido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ministro Luís Roberto Barroso não compareceu à sessão.

Em 2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem (MG) condenou Bruno pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho. O goleiro foi solto com a liminar de Marco Aurélio, após cumprir seis anos e sete meses de detenção em regime fechado.

“O próprio corpo de jurados assentou a crueldade do crime, a impossibilidade de defesa da vítima, a tortura, as mutilações e as degradações do corpo e o pior, da memória, já que o corpo não foi encontrado”, ressaltou Fux. 

“Estamos diante de um crime hediondo. Não se dá liberdade provisória a crime hediondo, são fatos gravíssimos. Casos como esse merecem um tratamento diferenciado”, concluiu Fux. 

 Fora da prisão, Bruno fechou um contrato com o Boa Esporte, clube mineiro de Varginha, que foi criticado nas redes sociais após anunciar a aquisição do passe do jogador.

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O STF deve enviar “imediatamente” um ofício à Vara de Execução Penais de Contagem (MG), comunicando as autoridades locais que a liminar do Marco Aurélio Mello foi revogada.

Lúcio Adolfo, advogado do goleiro, adiantou que ele deve se apresentar assim que for comunicado da decisão. Ele também contou que ingressará nesta quarta-feira, 26, com recurso contrário à decisão do STF. Segundo o defensor, o objetivo é fazer com que o goleiro volte a ficar livre. “Vamos tomar todas as medidas possíveis”, afirmou.

Adolfo considerou o veredicto do tribunal uma surpresa e contou que Bruno, que vem se negando a falar com a imprensa sobre o caso, ficou chateado com a decisão. “Também estou decepcionado, pois estava confiante para este julgamento”, explicou o advogado.

Após a decisão do STF, o Boa cancelou o treino da tarde desta terça-feira e diretores se negaram a falar sobre a decisão. 

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes

Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

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Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…

Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.

Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?

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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.

Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.

Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.

José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!

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Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…

Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.

Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…

Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.

“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…

Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.

Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.

Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…

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Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).

Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…

José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.

Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…

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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!

Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…

João Carlos de Queiroz, jornalista

 

 

 

 

 

 

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