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Silvio Correa: Ex-chefe de gabinete insinua que empresa pagava propina no Governo Maggi

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Da Redação 

O ex-chefe de gabinete do ex-governador, Sílvio Correia de Araújo, levantou suspeitas sobre suposta propina que teria sido paga pelo Estado à empresa Webtech Softwares. durante a gestão do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. A declaração feita por Silvio sobre o assunto foi concedida durante depoimento à Delegacia Fazendária (DEFAZ), no qual admitiu ter praticado diversos crimes contra os cofres públicos do Estado Mato Grosso. As declarações nas quais assumiu as irregularidades que praticou e o acordo que firmou para devolver dinheiro aos cofres públicos fez com que a prisão preventiva de Silvio fosse convertida em domiciliar, na noite de terça-feira (13). Além dele, o ex-governador Silval também confessou irregularidades no Executivo, fez acordo para devolver valores aos cofres públicos e conseguiu a liberdade.

A empresa Webtech era uma das que pagavam propina para manter contrato com o Estado durante a gestão Silval. De acordo com ex-chefe de gabinete, o valor ilegal era pago ao médico Rodrigo Barbosa, que é filho do ex-governador. No depoimento à Delegacia fazendaria, Silvio explicou que proprietário da Webtech, Julio Minori, que posteriormente tornou-se delator do esquema, ocorria a prática de pagamento de propina, para que o contrato da empresa fosse mantido, os mesmos modos operantes ocorreu na gestão do Ex-Governador e atual ministro da agricultura Blairo Maggi.

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“Com relação à empresa Webtech, disse que no ano de 2011 Pedro Elias levou o empresário Julio Minori Tsuji até seu gabinete, quando apresentou-os, sendo que nessa ocasião Júlio afirmou que já possuía contrato com o governo anterior e que gostaria de mantê-lo com o governo Silval Barbosa, deixando implicíto que para tanto continuaria pagando propina para manutenção do contrato”, Afirmou.

A informação consta em trecho da decisão da juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, na qual a magistrada concedeu a prisão domiciliar a Silval e do ex-chefe de gabinete.

Após o encontro onde o proprietário da Webtech teria proposto a continuidade do esquema, Araújo relatou que disse ao empresário que os termos do contrato entre a empresa e o Estado deveriam ser discutidos com o então secretário estadual de Administração, Pedro Elias. “Sendo que depois disso só soube que ambos se acertaram e que a propina recebida desta empresa era dividida entre Pedro Elias e Rodrigo Barbosa”, declarou.

Além de confessar os crimes dos quais participou, Sílvio César Correia de Araújo ainda entregou à Justiça um imóvel avaliado em R$ 472.916,03 mil, para garantia do ressarcimento do erário. “Da mesma forma que ocorreu com SILVAL, coloca-se à disposição para manter-se responsável pela manutenção e zelo do imóvel de impostos ou taxas até a efetiva alienação, autorizando sua venda imediata”, assinalou a juíza.

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes

Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

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Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…

Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.

Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?

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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.

Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.

Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.

José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!

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Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…

Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.

Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…

Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.

“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…

Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.

Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.

Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…

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Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).

Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…

José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.

Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…

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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!

Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…

João Carlos de Queiroz, jornalista

 

 

 

 

 

 

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