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Silval deve devolver R$ 80 milhões desviados

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Do Midianews

 As negociações envolvendo a efetivação de uma delação premiada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) estão avançadas e englobam o Ministério Público Estadual e Federal, além do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Segundo apurou a reportagem, a promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco, do MPE, é uma das responsáveis por definir os termos da delação. Dois procuradores da República, que atuam em Brasília, também foram designados para colaborar com o MPF em Mato Grosso.

Um dos pontos mais críticos do acordo de delação se refere aos valores que o ex-governador, preso desde setembro de 2015 no Centro de Custódia de Cuiabá, deverá devolver em troca dos benefícios – entre eles, a liberdade e eventual redução de penas em caso de condenações judiciais.

Inicialmente, duas correntes se formaram em relação à questão: parte dos membros do Ministério Público teriam aceitado a devolução de algo em torno de R$ 80 milhões em patrimônio, o que teria sido proposto por Silval há cerca de dois meses.

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A outra parte considerava o valor irrisório, comparado ao tamanho do rombo que os esquemas de corrupção ocorridos em Mato Grosso, nos últimos anos, podem ter causado aos cofres públicos. Esta corrente defendia a devolução de valores na casa dos R$ 300 milhões.

Diante do impasse, a primeira proposta prevaleceu, principalmente por causa da perspectiva de que outros agentes públicos, que provavelmente serão alvos da delação, também venham a ressarcir o Estado. A expectativa é que pelo menos R$ 500 milhões voltem ao erário.

Nomes

Uma fonte do MPF garantiu ao MidiaNews que Silval Barbosa já prestou vários depoimentos e sinalizou, além da confissão de crimes, que tem elementos suficientes para incriminar outros agentes públicos com prerrogativa de foro junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e STF (Supremo Tribunal Federal).

O nome do ministro da Agricultura Blairo Maggi seria um deles, já que Silval participou ativamente de sua campanha à reeleição, em 2006, na condição de candidato a vice.

Foi justamente neste cenário que dois delatores da Odebrecht, na Lava Jato, disseram que Maggi foi beneficiado com R$ 12 milhões, que teriam sido empregados na campanha.

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Outros dois políticos mato-grossenses, que exerciam mandatos na Câmara Federal quando Silval comandou o Estado, entre 2008 e 2014, também podem ser citados na delação.

Por meio de nota, Silval negou que esteja em processo de delação, mas admitiu que pode confessar a prática de crimes. O Ministério Público não se manifestou sobre o assunto.

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes

Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

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Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…

Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.

Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?

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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.

Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.

Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.

José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!

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Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…

Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.

Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…

Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.

“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…

Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.

Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.

Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…

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Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).

Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…

José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.

Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…

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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!

Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…

João Carlos de Queiroz, jornalista

 

 

 

 

 

 

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