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Secid discute projeto de revitalização com igreja, prefeitura e comunidade
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Da Redação
A revitalização da região do Largo do Rosário, popularmente conhecida como Ilha da Banana, área localizada no Centro de Cuiabá, foi tema de uma reunião envolvendo a Secretaria de Estado das Cidades (Secid-MT), Prefeitura de Cuiabá, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Paróquia de São Benedito, Conselho de Arquitetura e Urbanismo (Cau-MT) e a comunidade. A ideia deste primeiro encontro, realizado no salão paroquial da igreja, é ouvir a sociedade para finalizar o projeto, que prevê uma praça no lugar do complexo de imóveis existente hoje.
O projeto usado como base para apresentação foi elaborado em 2012 em virtude da obra de implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) em Mato Grosso. A obra proposta engloba uma área de 10 mil metros quadrados, onde será construída uma área de convivência, com pontos alusivos à cultura cuiabana.
Conforme o secretário de Estado das Cidades, Wilson Santos, a intenção é tornar a área de convivência a ser construída na região do Largo do Rosário uma referência histórica para capital mato-grossense. “O Largo do Rosário é o marco zero da cidade mais antiga do Centro-Oeste brasileiro. E não podemos perder essa oportunidade extraordinária de dar um presente a Cuiabá. É uma área enorme, com a localização mais privilegiada da cidade e nós temos a obrigação de construir um projeto diferenciado para a capital. Essa reunião é uma determinação do governador Pedro Taques, para que não seja nada como um prato feito, pronto e acabado. Está aberto as considerações, alterações e sugestões. Esperamos fechar o projeto em, no máximo, 80 dias, partir para o orçamento e licitação”, disparou Santos.
O vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro, que esteve presente na ocasião, garantiu a participação e apoio da prefeitura municipal para atualização do atual projeto, bem como a execução, e elogiou a iniciativa do Estado em discutir amplamente a intervenção. “Quando trabalhamos em conjunto fazemos melhor. Não há nada mais significativo do que discutir o projeto para dar uma nova vida ao centro da nossa cidade. Isso vai de encontro com a proposta de 300 anos pensada pelo prefeito Emanuel Pinheiro. Somos parceiros para dar mais esse presente a nossa população”, declarou.
Conforme o titular Secid-MT, a meta agora é dar um novo uso para área pertencente ao Estado com resgaste histórico, respeitando a legislação e regras indicadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico. “Vamos adequar o projeto nessa ação conjunta, respeitando todas as regras estipuladas pelo Iphan para garantir a valorização do patrimônio histórico tombado na região”, disse Wilson Santos.
A utilização do espaço de maneira adequada também foi defendida pela superintendente do Iphan em Mato Grosso, Andréia Hirata. Conforme a arquiteta, o Instituto existe para pensar no bem coletivo, preservando a história de cada localidade. “É bom que o Iphan faça parte disso, estamos sempre abertos a ouvir e dialogar. Apesar do nosso posicionamento técnico, somos totalmente flexíveis para discutir projetos como esse. A viabilidade técnica do pré-projeto já está aprovada e vamos participar e colaborar na construção de uma proposta coerente para atender a todos”, expôs.
O presidente do Conselho de Arquitetura de Urbanismo de Mato Grosso, Wilson Fernando Vargas de Andrade, acredita que a reurbanização do espaço irá presentear Cuiabá com um novo local de convivência. “Vamos contribuir para finalização do projeto arquitetônico porque acreditamos que o ponto irá levantar a autoestima cuiabana e garantir com que a população tenha mais um ambiente de relacionamento e convívio”, pontuou.
O anfitrião do encontro, Padre Marcos Antônio de Oliveira Santos, pároco que responde pela Igreja do Rosário e São Benedito, colocou a sede da paróquia à disposição para posteriores encontros sobre o tema. “A igreja quer contribuir porque o nosso templo e esse local fazem parte da história de Cuiabá”, ressaltando que a revitalização do Largo do Rosário, deve atender, não só a igreja, mas toda a população cuiabana.
Também foram convidados para reunião o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea) e a Câmara Municipal de Cuiabá.
Sugestões
Ideias como a construção de estátuas de importantes figuras da Capital, museus, inserção de estacionamento e parada de ônibus de turismo, monumento alusivos à história do local já foram sugeridos na primeira reunião e serão avaliados pelo grupo.
A perspectiva da secretaria das Cidades é dar início às obras no Largo do Rosário no início de 2018. O pré-projeto foi desenhado e dividido em cinco patamares: memória, convívio, festividade, recreio e contemplação/mirante. Um total de 2,9 mil metros quadrados de área verde, um mil metro de área calçada com piso em concreto, cimento queimado, emborrachado e anti-impacto.
A demolição de 13 dos 15 imóveis edificados na área tive início no dia 11 junho e a previsão é de que tenha duração de 30 dias úteis. A ação do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado das Cidades, com apoio da Prefeitura de Cuiabá, tem o aval da Justiça de Mato Grosso, do Ministério Público Federal (MPF), e do Iphan.
Os trabalhos iniciais envolveram mais 30 pessoas, entre engenheiros, técnicos da Secid e da empresa Material Forte, que coordenará os trabalhos.

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes
Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…
Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.
Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?
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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.
Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.
Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.
José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!
Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…
Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.
Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…
Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.
“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…
Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.
Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.
Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…
Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).
Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…
José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.
Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…
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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!
Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…
João Carlos de Queiroz, jornalista
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