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Policiais de Colniza criam projeto para atender vítimas de violência doméstica

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O projeto ‘Ronda Maria da Penha’ começou em janeiro deste ano e já provocou mudanças de comportamento entre agressores

Da Redação

 

Policiais da 11ª Companhia de Polícia Militar (PM-MT) do município de Colniza (8º Comando Regional), a 1.065 km ao Norte de Cuiabá, implantaram o projeto ‘Ronda Maria da Penha’. O serviço de rondas visa atender mulheres vítimas de violência doméstica, especialmente aquelas que estão sob medida protetiva.  

Desde janeiro deste ano, quando foi criado, o projeto já atendeu 70 casos. As ações são desenvolvidas com base no mapeamento das medidas protetivas e dos encaminhamentos do Ministério Público.

A partir desse mapeamento, diariamente, as guarnições plantonistas fazem acompanhamento e o monitoramento de vítimas e agressores com rondas ostensivas, visitas domiciliares e outros mecanismos. 

O comandante da 11ª Cia, tenente Hélio Alves Cardoso, destaca que obter medida protetiva é muito importante para quem sofreu violência e ameaça, mas em muitos casos não é suficiente para assegurar a integridade física e psicológica da vítima. “Muitas vezes, o agressor, mesmo com determinação judicial, continua fazendo ameaças e tentando se reaproximar da vítima”, reforça o tenente Cardoso.

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A soldado Cláudia Kafer, responsável pelo projeto, explica que as vítimas são cadastradas durante a visita domiciliar. As informações sobre elas são registradas e, posteriormente, levadas ao conhecimento do promotor de Justiça da cidade, função exercida atualmente por William Oguido Ogama.

Nos relatórios entregues ao Ministério Público, constam as situações de riscos, descumprimento das medidas protetivas, e outras informações. Os policiais também visitam e conversam com os agressores. Detalham para eles o conteúdo da decisão judicial explicando, por exemplo, a distância que devem permanecer da vítima e os riscos de serem presos novamente.

Para o promotor de Justiça, William Oguido Ogama, o projeto ‘Ronda Maria da Penha’ tem se mostrado essencial, e mais efetivo que ingressar com medidas judiciais. Isso porque, avalia ele, a presença da polícia intimida, mesmo quando está sendo apenas orientadora. “Quando a PM chega até eles, logo percebem que a situação é séria”, avalia o promotor.

Ele também observa que, na maioria dos casos monitorados, há uma mudança de comportamento dos agressores. Isso fica claro nos relatórios do projeto, nos quais as reclamações das mulheres sobre os maridos que continuavam perseguindo ou descumprindo medidas judiciais dão lugar a expressões de segurança e tranquilidade.

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O promotor fez questão de parabenizar a equipe da PM de Colniza, especialmente a soldado Cláudia Kafer, que elaborou e está à frente do projeto.

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes

Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

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Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…

Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.

Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?

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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.

Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.

Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.

José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!

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Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…

Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.

Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…

Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.

“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…

Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.

Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.

Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…

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Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).

Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…

José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.

Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…

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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!

Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…

João Carlos de Queiroz, jornalista

 

 

 

 

 

 

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