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Polícia Civil fecha cerco contra Organização Criminosa e prende bandidos em MT

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Da Redação

A Polícia Civil, através da Delegacia Especial de Fronteira (Defron), e a Agência Regional de Inteligência do 6º Comando Regional, da Polícia Militar, deflagraram na manhã da ultima quarta-feira (28.04) a “Operação Mindinho”, com o objetivo de prender integrantes de uma associação criminosa envolvida em crimes de tortura e cárcere privado ocorridos no município de Cáceres (228 km a oeste de Cuiabá).

A operação teve como alvo suspeitos que tiveram a participação identificada na tortura e cárcere privado cometidos contra dois moradores de Cáceres, em dezembro de 2020. Na ocasião, as vítimas foram cruelmente torturadas, sendo que uma delas conseguiu escapar do cativeiro e a outra teve o dedo mínimo cortado, antes de ser libertado em ação da Polícia.

No total, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão domiciliar e três de prisão. Um quarto suspeito alvo da operação ainda não foi localizado e é considerado foragido.

A delegada titular da Defron, Cinthia Gomes da Rocha Cupido, destacou que todo o trabalho operacional, desde a libertação do cativeiro e salvaguarda da vida da vítima, assim como as diligências investigativas foram bem sucedidas em virtude do trabalho integrado realizado com as instituições de segurança da fronteira de Mato Grosso.

“Um crime bárbaro em que os suspeitos foram identificados e indiciados em inquérito policial pelos crimes de associação criminosa, cárcere privado e tortura, previstos na Lei nº 9.455 de 07 de Abril de 1997”, disse a delegada.

Entenda o caso

As investigações iniciaram no dia 28 de dezembro de 2020, logo após as equipes policiais serem acionadas sobre dois suspeitos, que em posse de arma de fogo, estariam envolvidos no sequestro de dois jovens, moradores do bairro Jardim Paraíso.

Segundo as investigações, o crime foi cometido a mando de um grupo criminoso, em razão do sumiço de 20 quilos de drogas que estavam escondidos em uma residência no bairro Jardim Paraíso.

A primeira vítima foi rendida por volta das 06 horas, quando três homens armados invadiram a sua casa. A vítima teve a cabeça coberta por um pano e foi colocada em um veículo. Durante todo o trajeto, os criminosos questionavam onde estava a droga.

A vítima foi levada para uma residência, onde foi mantida encapuzada e amarrada em uma cadeira. No local, os criminosos realizaram a sessão de tortura, agredindo a vítima com socos, chutes, pedaços de madeira, fios elétricos, e, inclusive teve os dedos amassados e apertados com um alicate.

Logo em seguida, os criminosos chegaram com a segunda vítima, que também passou pelo ritual de tortura. Não aguentando mais as agressões, uma das vítimas revelou o suposto local em que a droga estava escondida. Com a informação, os criminosos, mantiveram uma das vítimas no cativeiro, enquanto a outra foi levada em uma motocicleta para indicar a região de mata onde a droga estaria escondida.

Ao chegarem ao local, nada foi encontrado, o que fez com que os criminosos ficassem mais irritados, dizendo que a vítima “pagaria” quando retornassem ao cativeiro, ocasião em que teria o dedo mindinho cortado. Temendo a ação dos suspeitos, a vítima, em um ato de desespero, saltou da motocicleta e saiu correndo conseguindo buscar por ajuda na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA).

As equipes da Defron e da ARI foram acionadas e em posse da localização do imóvel em que a outra vítima estava, foram até a casa. Ao se aproximarem, ouviram gritos vindos do interior do imóvel. Os policiais pularam o muro e localizaram a vítima com os braços amarrados a uma cadeira, bastante debilitada, com diversos ferimentos na cabeça, hematomas nas costas e com o dedo mínimo da mão direita decepado.

A equipe de Perícia Técnica esteve no local realizando os levantamentos e fotos da casa, que auxiliaram nas investigações e fortaleceram o inquérito policial.

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Primeira-dama de MT critica liberação de autor de crime bárbaro

Virginia Mendes manifesta indignação após decisão judicial que autorizou liberação de homem que arrancou coração da tia em 2019

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Reprodução / Redes sociais

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, manifestou repúdio à decisão judicial que autorizou a saída de Lumar Costa da Silva, de 34 anos, do hospital psiquiátrico em Cuiabá. O homem ficou conhecido nacionalmente após assassinar e arrancar o coração da própria tia em 2019, na cidade de Sorriso (MT).

Nas redes sociais, Virginia classificou a liberação como um choque à memória coletiva e à confiança na Justiça. “Com profunda indignação e perplexidade recebo a notícia da liberação de um homem que cometeu um crime brutal e chocante, que ainda dói na memória de todos nós”, afirmou. A primeira-dama também questionou o sistema jurídico: “Como podemos falar em segurança e justiça diante de uma decisão como essa?”

Virginia destacou que, mesmo com laudos que apontam estabilidade clínica, o risco permanece evidente. “Essa decisão assusta. Abala a confiança da sociedade nas instituições e escancara o quanto ainda precisamos lutar por leis mais firmes e pela proteção da vida”, completou.

A decisão foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, com base em pareceres médicos que apontam que Lumar está estável e não precisa mais de internação. Ele seguirá tratamento ambulatorial no CAPS de Campinas (SP), com restrições severas: não pode sair da cidade sem autorização judicial, frequentar locais como casas noturnas ou consumir álcool e drogas.

O crime chocou o país. Em julho de 2019, Lumar matou a tia Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e entregou o coração da vítima para uma das filhas dela. À época, confessou o crime e declarou: “Matei e não me arrependo. Eu ouço o universo, o universo fala comigo sempre e me disse: mata ela logo, ela tem que morrer.”

Antes de chegar a Mato Grosso, o autor já havia tentado matar a própria mãe em Campinas (SP). Mesmo considerado perturbado e perigoso, o sistema judicial agora opta por um modelo de liberdade assistida — decisão que reacende o debate sobre segurança, saúde mental e a responsabilidade do Estado diante de crimes de extrema crueldade.

“Não podemos normalizar a barbárie”, concluiu Virginia Mendes em tom de alerta à sociedade.

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