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Polícia Civil aponta bairros de Cuiabá onde mulheres apanham mais
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Da Redação
Conforme dados fornecidos pela Delegacia Especializada da Defesa da Mulher da Capital (DEDM), alguns bairros cuiabanos registram maior índice de ocorrências de espancamento contra mulheres, a exemplo do Boa Esperança (considerado de classe média/alta) e outros populares: Jardim Imperial, Centro Sul, Dr. Fábio, Dom Aquino, Santa Isabel e CPA 3.
No geral, esses bairros detêm 18,5% das queixas de violências domésticas em 2019, segundo a DEDM. As informações foram veiculadas no 4º Anuário Estatístico 2020 da DEDM, documento divulgado na última sexta, 30. Também foi explanado no Anuário da DEDM o perfil socioeconômico de vítimas e agressões, a partir dos atendimentos feitos pela equipe policial. As informações incluem declaração de escolaridade, profissão, estado civil, cor, faixa etária, filhos, vínculo com a vítima, etc. O Pedra 90 lidera a relação de agressões (75 ocorrências); em segundo lugar vem o Dom Aquino, com 45; e em terceiro o Dr. Fábio/Tijucal, com 38. O CPA-4 aparece com 37 boletins.
Segundo a delegada titular da DEDM Cuiabá, Jozirlethe Magalhães Criveletto, independente de os bairros acima concentrarem grande parte das ocorrências contra mulheres, os registros desse tipo de violência acontecem diuturnamente em todos os polos regionais do município. “Infelizmente, a violência em questão está disseminada por toda a cidade, presente em todas as categorias sociais, seja classe alta, média ou de pessoas mais humildes. Não se limita apenas aos bairros elencados no Anuário”.
Conforme a policial, as estatísticas são claras: a maioria das vítimas que procuram a DEDM tem entre 35 e 45 anos, e se declara parda, geralmente solteira. “O percentual é de cerca de 37%. Muitas confessam querer sair desse estado de submissão violenta em que vivem, procurando alguma ocupação profissional para suprir suas necessidades e não ser mais subjugada com tanta violência pelos seus parceiros”.
A orientação da DEDM é para que nenhuma situação de violência fique em silêncio, seja denunciada. A delegada frisou que o órgão é referencial de acolhimento para que as vítimas recomecem suas vidas sem esse cenário de sofrimento. “Portanto, também trabalhamos uma série de projetos para poder auxiliá-las a reestruturar suas vidas, do ponto de vista econômico, com encaminhamento ao mercado de trabalho. Por vezes, o companheiro agressor não permite que elas trabalhem, a fim de manter o vínculo de dependência e continuar o ritmo de agressões. E há casos em que ela própria, a mulher, não enxerga estar sendo vítima de violência, de abuso moral e psicológico. Enfim, não é uma tarefa fácil, julgando-se o número sempre crescente de casos de violência registrados dia após dia”.
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Primeira-dama de MT critica liberação de autor de crime bárbaro
Virginia Mendes manifesta indignação após decisão judicial que autorizou liberação de homem que arrancou coração da tia em 2019
A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, manifestou repúdio à decisão judicial que autorizou a saída de Lumar Costa da Silva, de 34 anos, do hospital psiquiátrico em Cuiabá. O homem ficou conhecido nacionalmente após assassinar e arrancar o coração da própria tia em 2019, na cidade de Sorriso (MT).
Nas redes sociais, Virginia classificou a liberação como um choque à memória coletiva e à confiança na Justiça. “Com profunda indignação e perplexidade recebo a notícia da liberação de um homem que cometeu um crime brutal e chocante, que ainda dói na memória de todos nós”, afirmou. A primeira-dama também questionou o sistema jurídico: “Como podemos falar em segurança e justiça diante de uma decisão como essa?”
Virginia destacou que, mesmo com laudos que apontam estabilidade clínica, o risco permanece evidente. “Essa decisão assusta. Abala a confiança da sociedade nas instituições e escancara o quanto ainda precisamos lutar por leis mais firmes e pela proteção da vida”, completou.
A decisão foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, com base em pareceres médicos que apontam que Lumar está estável e não precisa mais de internação. Ele seguirá tratamento ambulatorial no CAPS de Campinas (SP), com restrições severas: não pode sair da cidade sem autorização judicial, frequentar locais como casas noturnas ou consumir álcool e drogas.
O crime chocou o país. Em julho de 2019, Lumar matou a tia Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e entregou o coração da vítima para uma das filhas dela. À época, confessou o crime e declarou: “Matei e não me arrependo. Eu ouço o universo, o universo fala comigo sempre e me disse: mata ela logo, ela tem que morrer.”
Antes de chegar a Mato Grosso, o autor já havia tentado matar a própria mãe em Campinas (SP). Mesmo considerado perturbado e perigoso, o sistema judicial agora opta por um modelo de liberdade assistida — decisão que reacende o debate sobre segurança, saúde mental e a responsabilidade do Estado diante de crimes de extrema crueldade.
“Não podemos normalizar a barbárie”, concluiu Virginia Mendes em tom de alerta à sociedade.
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