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Mato Grosso registra 156 casos confirmados e 5 mortes (Veja detalhamento)

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Da Redação

Os casos do novo coronavírus no Mato Grosso já chegam a 156 e preocupa as autoridades na questão do combate ao vírus, além disso, já foram registradas cinco mortes em decorrência da Covid-19, doença causada pelo novo vírus.

Os dados apresentados no Boletim Informativo Nº 39, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na tarde desta quinta-feira (16), apontam que ainda existem 623 casos notificados aguardando resultados dos testes para serem considerados positivos ou então, serem descartados.

O boletim apresenta ainda, que sete pacientes se encontram hospitalizados, destes, seis estão em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo que três estão em hospitais privados, um em filantrópico e dois em leitos públicos. O outro paciente se encontra hospitalizado em leito de enfermaria de um hospital privado.

Apesar de ainda existirem leitos de UTI suficientes, já que até o momento são poucos os casos confirmados no Estado, existe uma preocupação quanto as medidas de isolamento que podem ser afrouxadas ainda mais com a chegada do novo ministro da Saúde, Nelson Teich.

Detalhamento dos Casos

A cidade que concentra maior número de casos em Mato Grosso é Cuiabá, com cinquenta e três casos da doença, além destes, existem outros vinte e nove casos que já se recuperaram e um óbito confirmado na última quarta-feira (15). Cuiabá é uma das cinco cidades que já registram transmissão comunitária (casos de transmissão entre a população onde não é mais possível determinar a origem do contágio)

A segunda cidade na lista é Rondonópolis (218 km de Cuiabá) que possui dezenove casos em confinamento e apenas três recuperados até o momento, além disso, uma morte na cidade foi confirmada no dia 8 de abril e também está na lista de cidades com transmissão comunitária.

Outra cidade que apesar de ter registrado poucos casos até o momento também é colocada na lista de transmissão comunitária é Sinop (420 km de Cuiabá), até o momento existem nove casos em isolamento e outros três que já se recuperaram.

Várzea Grande por sua vez, mesmo sendo a segunda maior cidade do Estado apresentou até o momento apenas sete casos, sendo que destes, dois já se recuperaram e outros cinco estão em isolamento domiciliar. Várzea Grande também está na lista de transmissão comunitária, além dela, Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Pontes e Lacerda que até o momento possui apenas um caso confirmado da doença.

Além da transmissão comunitária existe ainda a chamada transmissão local, que são aqueles casos em que as pessoas contraem o vírus, mas não estiveram em nenhum país ou local com registro da doença, mas tiveram contato com outro paciente infectado confirmado que esteve em uma destas localidades. Em Mato Grosso, três cidades apresentam este tipo de transmissão: Cáceres (1 caso em monitoramento e 1 caso recuperado), Tangará da Serra (5 casos em monitoramento) e São José dos Quatro Marcos (2 casos em monitoramento e 2 casos recuperados).

Outras cidades que também registraram casos são: Primavera do Leste (4 casos em monitoramento); Aripuanã (1 caso recuperado e 1 morte); União do sul (1 caso recuperado); Nova Mutum (1 caso recuperado); Nova Monte Verde (1 caso recuperado); Lucas do Rio Verde (1 morte); Lambari D’Oeste (1 caso em monitoramento); Conquista D’Oeste (1 caso em monitoramento); Canarana (1 caso recuperado); Campo Novo do Parecis (1 caso em monitoramento); Alta Floresta (1 caso recuperado), além destes, existem outros quatro casos em monitoramento que são de pessoas que residem em outros estados mas foram testados e confirmados em Mato Grosso.

Em Mato Grosso, sessenta e um por cento dos casos estão entre mulheres e trinta e nove em entre os homens, já em relação a faixa etária, o maior número de casos estão em pacientes com idades entre 36 e 55 anos, até o momento são 87 casos  que se encaixam nesta faixa, seguido de 19 a 35 anos com 30 casos e 56 a 80 também com 30 casos, outros 6 casos estão com pacientes entre 6 e 18 anos, 2 casos de pacientes com mais de 81 anos e 1 caso de paciente com menos de cinco anos de idade.

Até o momento cinco cidades já registraram óbitos em decorrência da doença, a primeira delas foi no dia 3 de abril na cidade de Lucas do Rio Verde, onde um homem de 54 anos morreu após ficar internado em um leito de UTI, segundo o boletim ele sofria de hipertensão e diabetes. A segunda morte foi registrada no dia 8 de abril na cidade de Cáceres, onde um idoso de 82 anos morreu em decorrência da doença, ele sofria de diabetes e cardiopatia, no mesmo dia, outro idoso de 75 anos também veio a óbito na cidade de Rondonópolis, porém o resultado foi confirmado dias depois de sua morte, ele sofria de neoplasia.

No dia 11 de abril, a cidade de Aripuanã registou mais um óbito, desta vez, um paciente do sexo masculino de apenas 34 anos que não apresentava nenhuma comorbidade e não estava em nenhum grupo de risco.

Cuiabá registrou sua primeira morte no dia 15 de abril, um idoso de 79 anos que estava internado em um leito de UTI de um hospital particular, a SES investiga agora se ele possuía alguma comorbidade que possa ter contribuído para a sua morte.

Realização dos testes

Desde o primeiro caso registrado do novo coronavírus no Estado, uma das grandes preocupações era em relação a realização de testes para Covid-19, que até então eram feitas e aceitos apenas pelo Laboratório Central de Cuiabá (Lacen), posteriormente foi aberta a possibilidade de laboratórios privados fazerem o testes e serem aceitos pelo SES desde que cumprissem os requisitos exigidos pela secretaria.

Até o momento, 19 laboratórios do Estado se habilitaram e já estão fazendo testes em pacientes, destes, 8 estão na capital, 3 em Rondonópolis, 3 em Sinop, 1 em Nova Mutum, 1 em Cáceres, 1 em Primavera do Leste, 1 em Tangará da Serra e 1 em Mirassol do Oeste.

Até o momento existem 623 casos notificados da doença e estão aguardando os resultados para a confirmação ou não, desde o começo da pandemia foram realizados mais de 1.200 testes no Estado, 88% dos testes deram negativo para Covid-19, 6% foram confirmados, 3% descartadas e outros 3% ainda estão em análise. Estes dados são exclusivamente do Lacen, ou seja, nestas informações não constam os testes realizados por laboratórios privados.

Cuidados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz algumas orientações para que as pessoas fiquem mais protegidas do vírus, a principal delas é lavar as mãos constantemente com água e sabão, o uso de álcool 70% também é eficaz para a eliminação do vírus. Outro cuidado importante é cobrir o nariz e a boca no momento que for espirar ou tossir, isso é importante porque desta forma as partículas do vírus circulam em menor escala pelo ar.

Outra orientação dada pela OMS que vem se transformando em polêmica é a questão das aglomerações, a recomendação é de que as pessoas evitem ao máximo ambientes com um número muito elevado de pessoas, esta recomendação que fez inúmeros países a determinarem quarentena para que assim o vírus não se proliferasse rapidamente.

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Pescadores de Barra do Pari dizem que os peixes simplesmente sumiram

Conforme determinação governamental, a pesca amadora e profissional está proibida nos rios de Mato Grosso durante o período de defeso da piracema. O objetivo é proteger o período de reprodução das espécies e garantir o estoque pesqueiro para o futuro. No entanto, a despeito dessa normativa, há visível esvaziamento nos rios de todas as espécies

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Créditos: omatogrosso.com

Antes fartas, as pescarias que aconteciam na comunidade rural Barra do Pari, em Cuiabá-MT, em épocas autorizadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente [à parte da piracema], há tempos estão minguadas. Os pescadores afirmam que têm buscado outras fontes alternativas de renda, pois os peixes simplesmente sumiram da área, dizem.

A comunidade Barra do Pari é um miolo rural incrustado no setor urbano da capital. Seu acesso é pelo bairro Santa Amália, quando a malha viária asfaltada – avenida da parte baixa do bairro – cede lugar a uma estrada cascalhada, repleta de buracos. Rusticidade que agrada os visitantes, praticamente descortinando um portal. O Rio Cuiabá está à direita, a menos de 100 metros, e mesmo da estradinha é possível ver o arvoredo que o circunda.

Para o vaqueiro Zezinho, antigo morador de Barra do Pari, pescador nas horas vagas, sua tralha de pesca já está até com teia de aranha, posto que não é utilizada há meses. O mesmo acontece com o tablado de pesca, hoje estrutura inservível.

Antigo tablado de pesca está sem uso há tempos…

“O rio está aí, sempre caudaloso, forte. Só os peixes é que sumiram. Parece que foram levados por um vendaval. Conheço pescador hábil que afirma estar desmotivado em descer até o rio para pescar, pois não consegue levar mais nada. Isso também acontece em outros trechos do Rio Cuiabá, inclusive no Pantanal afora. O pescado anda sumido, e a tendência é de desaparecer de vez. Situação muito difícil para os ribeirinhos, que dependem do peixe nosso de cada dia…”

Também Antônio, morador tradicional de Barra do Pari, dedica-se há anos apenas ao seu trabalho de zelador num dos condomínios do Santa Amália. Anteriormente, ele mantinha modesto comércio gastronômico na principal rua da comunidade, local frequentado maciçamente nos finais de semana.

“Foi uma boa época, pois tínhamos peixes com fartura. As pessoas aportavam no meu canto já pedindo algum pescado, assado ou cozido. Tínhamos ainda caldo de peixe, bolinho de peixe, etc… Infelizmente, os peixes foram escasseando, até desaparecer de vez. Fechei, então, o meu pequeno negócio e parti para outra função”.

Antônio na sua propriedade cuidando de macacos. “Peixes sumiram”

É a mesma opinião de Francinaldo, pescador famoso na região de Barra do Pari, vizinho de Antônio. Sem meios termos, olhar incisivo, ele dispara:

“Peixes?! Que peixes? Nem adianta ficar horas e horas com anzol n’água, pois não conseguir pescar nada. Nunca pensei que Barra do Pari pudesse registrar isso”, lamenta.

Independente do sumiço dos peixes, vale uma esticada turística a Barra do Pari. É uma incursão rural instantânea. Tem até curral e gado disperso pela estrada, além de igrejinha que sedia festas populares anualmente.

POR JCQ

 

 

 

 

 

 

 

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