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Laboratório americano abre caminho para parceria com Unemat

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Da Redação

 

Em busca de parcerias para a melhoria do setor de pesquisa em Mato Grosso, o governador Pedro Taques e a comitiva mato-grossense conheceram  o maior centro de pesquisas avançadas de cultura da DuPont Pioneer, na cidade de Des Moines, no estado americano de Iowa. Na ocasião, a empresa se colocou a disposição para abrir parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

A reitora da Unemat, Ana Maria di Renzo, disse que foi possível ver a importância da pesquisa verticalizada para agregar valor direto a produção. “Isso mostra pra nós, enquanto Estado, a importância de ter aproximação com o produtor rural e com os financiamentos para que possamos evitar tantas perdas na produção como temos tido. Nisso a universidade tem o papel fundamental, nessa escuta das necessidades”, disse a reitora.

Para ela, ao abrir o diálogo com os produtores, a Unemat faz com que os pesquisadores foquem nas necessidades da produção local. “Até agora a gente não teve isso, cada um fez pesquisa de acordo com a sua vontade e não pode ser assim. Aí a universidade pode ajudar no melhoramento, temos melhoristas lá, mas também na questão de pragas, que em função das questões climáticas, só nós (Mato Grosso) temos, isso não vai ser de interesse de uma multinacional, mas nós temos condições de fazer isso”, afirmou.

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Após a visita no centro de pesquisa, o governador destacou a importância de aumentar a produção e de ter a tecnologia como uma aliada no aumento da produção atual de alimentos, haja vista o crescimento populacional até o ano de 2050. Taques voltou a lembrar que Mato Grosso tem uma grande importância nesse aumento de produção.

O governador destacou o tamanho da produção atual de que deve chegar a 57 milhões toneladas de grãos, enquanto o país produzirá um total de 217 milhões toneladas. “Precisamos criar um símbolo de que nossa produção é de qualidade. Precisamos ter o um selo de sustentabilidade, para que o investidor confie em investir nos produtos de Mato Grosso. Fomos a vários lugares do mundo fazendo roadshow para vender os nossos produtos”, destacou.

Taques diz ainda que os números mostram que Mato Grosso tem grande importância na segurança alimentar do mundo, por isso tem que ter intenso trabalho de pesquisa. Por fim, afirmou que o desafio do estado é seguir os passos de Iowa e verticalizar a produção. “Nós queremos verticalizar nossa produção, industrializar. Para isso, precisamos de tecnologia e conhecimento e é isso que estamos fazendo”, completou.

O produtor e empresário, Otaviano Pivetta, que acompanha a comitiva do governador nos Estados Unidos, disse que o produtor mato-grossense tem um problema que é vir de uma agricultura imediatista. Para ele, ainda há um distanciamento das pesquisas com os produtores e o produto com muita tecnologia acaba saindo caro para a produção. Ele citou que o custo de plantação por hectare neste ano foi, em média, de R$ 400, mas para cobrir os custos foram usados recursos provenientes de duas toneladas para pagar as sementes.

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Para Pivetta, o país erra ao fazer essa política, ressalta que o ideal seria investir o valor disponibilizado como subsídio para o escoamento em infraestrutura.  “Eu sou contra essa política imediatista e pequena dos produtores buscarem recursos de subsídio do Governo Federal para escoar a produção. Mato Grosso faz isso há 15 anos, e já levou R$ 15 bilhões, para escoar o excesso de produção do estado. Sempre fui contra, sempre produzi milho e sempre busquei verticalizar. Não temos o direito de produzir em excesso, só pra dizer que produzimos e buscarmos recursos do Governo Federal. Temos que acabar com isso”, defendeu.

O presidente da DuPont Pioneer na América Latina avaliou como uma honra a visita da delegação de Mato Grosso ao centro de pesquisas. Segundo ele, o estado é o mais importante para a agricultura no Brasil por todo o potencial. “É uma oportunidade única para escutar como podemos ser parte desse futuro brilhante que Mato Grosso tem”, finalizou.

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes

Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

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Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…

Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.

Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?

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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.

Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.

Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.

José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!

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Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…

Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.

Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…

Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.

“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…

Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.

Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.

Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…

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Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).

Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…

José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.

Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…

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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!

Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…

João Carlos de Queiroz, jornalista

 

 

 

 

 

 

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