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Infecção por HIV é maior entre jovens que não usam preservativo

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Da Redação

No dia mundial de luta contra a AIDS, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), por meio da Vigilância Epidemiológica, alerta para a importância do uso dos preservativos masculinos e femininos, que são meios seguros de evitar a infecção do vírus HIV. 

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Alessandra Moraes, os preservativos impedem a contaminação de todos os tipos de vírus transmitidos por meio de relação sexual, as chamadas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).

Além desse produto de prevenção que é distribuído gratuitamente em postos de saúde nos municípios e pelo Governo do Estado, existem as seguintes estratégias para a prevenção da transmissão do HIV: as medidas de prevenção pós-exposição (PEP) e pré-exposição (PrEP), que são medicamentos. 

Esses métodos devem ser procurados sempre que houver relação sexual sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, como em caso de estupro e contato com material perfurante contaminado com material biológico, por exemplo.

Nestas situações, a orientação é ir até a unidade de saúde imediatamente, informar-se sobre a profilaxia pós-exposição (PEP) e fazer o teste.

“A falta de prevenção ainda é a principal causa da luta contra a AIDS no mundo. O preservativo ainda é a forma mais eficaz e barata de evitar o vírus HIV e, consequentemente, o surgimento da AIDS, pois cria uma barreira segura e evita à contaminação. No Brasil, constata-se que os jovens usam pouco preservativo, as pesquisas apontam que a partir do terceiro encontro essa população deixa de usar o preservativo. Os adolescentes e jovens não vivenciaram a epidemia da AIDS nos anos 80 e 90, quando a sobrevida era menor, se morria rapidamente. Com o avanço da medicina, as pessoas infectadas conseguem uma sobrevida maior e ter um convívio social e familiar com melhor qualidade”, diz Alessandra. 

Diferença entre AIDS e HIV

HIV é uma sigla para o vírus da imunodeficiência humana. É o vírus que pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV. Isso significa que uma vez que você contrai o HIV, você viverá com o vírus para sempre. 

A infecção com o HIV não tem cura, mas tem tratamento e pode evitar que a pessoa chegue ao estágio mais avançado de presença do vírus no organismo.

Diversos estudos científicos comprovam que uma pessoa vivendo com HIV em tratamento e com carga viral indetectável, além de experimentar uma melhor qualidade de vida, tem praticamente zero probabilidade de transmitir o vírus à outra pessoa – mostrando a eficácia do tratamento como uma ferramenta de prevenção.

Estatística em MT

O registro de infecção pelo HIV entre os jovens aumentou em Mato Grosso; 37,2% dos casos foram detectados entre a faixa etária de 20 a 29 anos de idade. Pessoas do sexo masculino representam o maior percentual, 67,7%.

A infecção pelo vírus HIV teve 921 registros no Estado em 2017. Dados da Vigilância Epidemiológica mostram que em 2018 foram registradas 859 pessoas contaminadas pelo vírus. Neste ano, já são 718 casos de infecção.

O número de pessoas com o HIV em Cuiabá era de 354 em 2017. Em 2018, o registro de novos casos reduziu para 301. Em Várzea Grande foi registrado 23 casos de HIV. Em 2018, o registro subiu para 28 novos casos de contaminação pelo vírus.

Em relação a registros de casos de AIDS, o sexo masculino também lidera o ranking de pessoas com a doença com um total de 63,60%; a faixa etária jovem também é maior em número de casos, com 1.041 registros, entre 20 e 29 anos de idade.

De acordo com o balanço, Mato Grosso registrou em 2017 um total de 454 casos de AIDS. Em 2018 esse número foi de 376 e em 2019 já existem registros de 268 pessoas com AIDS. 

Na capital, houve o registro de 29 pessoas com a doença AIDS, no ano de 2017. Em 2018, o número subiu para 57 casos. Já Várzea Grande teve 354 casos em 2017, e, em 2018 a cidade registrou 301 casos.

Sintomas

Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

Onde buscar diagnóstico e tratamento

Em Mato Grosso, o tratamento da AIDS está disponível em 22 unidades municipais dos Serviços de Assistência Especializada (SAE). 

Os SAEs estão localizados em Cuiabá (3), Várzea Grande (1), Diamantino (1), Barra do Garças (1), Cáceres (1), Rondonópolis (1), Tangará da Serra (1), Juara (1), Juína (1), Alta Floresta (1), Peixoto de Azevedo (1), Sinop (1), Sorriso (1), Querência (1), Canarana (1), Primavera do Leste (1) Marcelândia (1) Itiquira (1) Colíder (1) e Confresa (1). Está em processo de implantação o SAE em Nova Mutum e em Água Boa.

Para ter acesso ao diagnóstico e ao tratamento, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima de onde reside, ou seja, Programa Saúde da Família (PSF), posto de saúde ou no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA); o diagnóstico é gratuito e qualquer pessoa que vive com HIV também tem o direito ao tratamento antirretroviral por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

No âmbito do governo do Estado, SES-MT dispõe do Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidade de Mato Grosso (Cermac), que também atende pacientes diagnosticados com AIDS, mediante regulação realizada pelos municípios.

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Pescadores de Barra do Pari dizem que os peixes simplesmente sumiram

Conforme determinação governamental, a pesca amadora e profissional está proibida nos rios de Mato Grosso durante o período de defeso da piracema. O objetivo é proteger o período de reprodução das espécies e garantir o estoque pesqueiro para o futuro. No entanto, a despeito dessa normativa, há visível esvaziamento nos rios de todas as espécies

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Créditos: omatogrosso.com

Antes fartas, as pescarias que aconteciam na comunidade rural Barra do Pari, em Cuiabá-MT, em épocas autorizadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente [à parte da piracema], há tempos estão minguadas. Os pescadores afirmam que têm buscado outras fontes alternativas de renda, pois os peixes simplesmente sumiram da área, dizem.

A comunidade Barra do Pari é um miolo rural incrustado no setor urbano da capital. Seu acesso é pelo bairro Santa Amália, quando a malha viária asfaltada – avenida da parte baixa do bairro – cede lugar a uma estrada cascalhada, repleta de buracos. Rusticidade que agrada os visitantes, praticamente descortinando um portal. O Rio Cuiabá está à direita, a menos de 100 metros, e mesmo da estradinha é possível ver o arvoredo que o circunda.

Para o vaqueiro Zezinho, antigo morador de Barra do Pari, pescador nas horas vagas, sua tralha de pesca já está até com teia de aranha, posto que não é utilizada há meses. O mesmo acontece com o tablado de pesca, hoje estrutura inservível.

Antigo tablado de pesca está sem uso há tempos…

“O rio está aí, sempre caudaloso, forte. Só os peixes é que sumiram. Parece que foram levados por um vendaval. Conheço pescador hábil que afirma estar desmotivado em descer até o rio para pescar, pois não consegue levar mais nada. Isso também acontece em outros trechos do Rio Cuiabá, inclusive no Pantanal afora. O pescado anda sumido, e a tendência é de desaparecer de vez. Situação muito difícil para os ribeirinhos, que dependem do peixe nosso de cada dia…”

Também Antônio, morador tradicional de Barra do Pari, dedica-se há anos apenas ao seu trabalho de zelador num dos condomínios do Santa Amália. Anteriormente, ele mantinha modesto comércio gastronômico na principal rua da comunidade, local frequentado maciçamente nos finais de semana.

“Foi uma boa época, pois tínhamos peixes com fartura. As pessoas aportavam no meu canto já pedindo algum pescado, assado ou cozido. Tínhamos ainda caldo de peixe, bolinho de peixe, etc… Infelizmente, os peixes foram escasseando, até desaparecer de vez. Fechei, então, o meu pequeno negócio e parti para outra função”.

Antônio na sua propriedade cuidando de macacos. “Peixes sumiram”

É a mesma opinião de Francinaldo, pescador famoso na região de Barra do Pari, vizinho de Antônio. Sem meios termos, olhar incisivo, ele dispara:

“Peixes?! Que peixes? Nem adianta ficar horas e horas com anzol n’água, pois não conseguir pescar nada. Nunca pensei que Barra do Pari pudesse registrar isso”, lamenta.

Independente do sumiço dos peixes, vale uma esticada turística a Barra do Pari. É uma incursão rural instantânea. Tem até curral e gado disperso pela estrada, além de igrejinha que sedia festas populares anualmente.

POR JCQ

 

 

 

 

 

 

 

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