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Gerência de Combate ao Crime Organizado forma 22 profissionais em curso antissequestro

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Da Redação

 

Aulas sob sol quente, chuva, em ambiente interno, urbano e rural, que somaram 140 horas de instruções ministradas a 22 alunos do 2º Curso de Operações Antissequestro da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, em parceria com a Academia de Polícia.

O curso iniciou no dia 23 de novembro e terminou nesta sexta-feira, 7 de dezembro, com a deflagração de uma operação real, a “Omega 2”, para o cumprimento de 11 de mandados de prisão preventiva e 13 de buscas e apreensão contra suspeitos de furto a banco, possibilitando aos alunos colocar as técnicas aprendidas ao longo da capacitação.

Durante duas semanas, os alunos passaram por intenso treinamento nas áreas investigativa e operacional, que testaram os limites físico, psicológico e mental. Foram 100 horas para práticas investigativas e 40 horas de treinamento operacional.

O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana Souza, coordenador do curso, falou da segunda capacitação voltada a preparar, especialmente, policiais de outras unidades para auxiliar na pronta-resposta aos crimes complexos de atribuição da unidade.

“Conseguimos um nivelamento de conhecimento muito bom nas áreas de sequestro, roubo e furto a banco, roubo e furto de defensivos agrícolas, organizações criminosas. Nossos palestrantes são altamente qualificados. Foram selecionamos profissionais de várias partes do país para falar sobre as matérias específicas e passar conhecimento aos nossos alunos, que agora serão difundidos em todo o estado”, disse o delegado.

No sábado (01.12), os alunos tiveram o segundo dia de aulas com o Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPaer). O grupamento aéreo é uma das ferramentas estratégicas e de apoio nas ocorrências da Gerência.

O delegado Valter Furtado, coordenador da Gerência de Operações Aérea da PJC, dentro da estrutura do CIOPAer, falou do treinamento. “São 16 horas de instrução. A  primeira parte é para conhecerem os componentes e o funcionamento do CIOPaer. Depois é feita a apresentação do imageador térmico, que é o instrumento muito útil para investigação. Fazemos uma instrução teórica do aparelho e suas possibilidades de uso. Após fazemos um vôo com os alunos para verificarem de dentro da aeronave como são as imagens captadas de 3 a 4 quilômetros, ideal para instrução de algum inquérito”, disse.

Outra parte do treinamento, importante em uma operação de resgate, consiste no embarque e desembarque na aeronave, nas técnicas mata-leão e preguiça, que na prática poderão ser usadas numa investigação em mata fechada, para resgate ou transposição de um rio que não tenha ponte ou embarcação.

“É feito o embarque e o desembarque na aeronave, no pairado, e depois o transporte dos alunos como carga externa, fora da aeronave, nos esquis, nas técnicas de mata-leão e preguiça. Após cada instrução a gente pousa e passa os erros e acertos”, explicou o delegado Valter Furtado.

O coordenador pedagógico, investigador Joelson da Costa Almeida, ressaltou que os alunos tiveram instruções de abordagem, inteligência policial, PH tático operacional, entradas para cumprimento de mandados de buscas e prisão com o Grupo de Operações Especiais, instruções com o Ciopaer, entre outras. Ele destacou a importância da aeronave durante uma ocorrência se sequestro, por exemplo.

“A  aeronave é fundamente porque a gente corre contra o tempo. Se for localizado o cativeiro, uma equipe tem que ser lançada nesse local e ao mesmo tempo ser extraída sem aproximação de viatura. A aeronave é o processo mais rápido e seguro de aproximação do cativeiro”, destacou.

Primeira delegada no curso operacional, a adjunta do GCCO, Juliana Chiquito Palhares, falou que muito mais que os aspectos teóricos e técnicos das metodologias que a GCCO já aplica, a união, o comprometimento, amizade e o companheirismo são os pontos fortes da capacitação, que faz o profissional crescer no exercício da função e como ser humano. 

”São experiências que a gente vivencia aqui, que nos eleva não só como profissionais, mas especialmente como seres humanos . Em que pese eu já, de alguma forma já tinha isso dentro do meu coração, o curso só  corrobora a isso, que a equipe tem que estar coesa técnica, mas também um corpo, uma lealdade, um comprometimento e a GCCO por lidar com crimes envolvendo organizações criminosas, a sensibilidade dos alvos, a periculosidade das ações envolve muita confiança”, enalteceu.

Para a delegada, as técnicas já aplicadas nas ocorrências da Gerência de Operações Especiais (GCCO) são comprovadamente são eficientes. “Essa metodologia está sendo repassada não só para os integrantes da Gerência, mas também por outros policiais que passaram no Taf, para, em suas unidades no interior, auxiliarem no atendimento de alguma crise”, completou.

O delegado  Leonardo Augusto Simões Matos, titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos, Extorsões e Sequestro, da Polícia Civil de Rondônia, com sede em Porto Velho, participou do curso junto com mais um investigador de sua unidade. Ele destacou o nível de especialização dos instrutores. 

“Experiência fabulosa, única. Oportunidade de participar de um curso com os colegas de Mato Grosso, vivenciar as experiências, a didática, fora as aulas ministradas que têm uma riqueza imensa de conteúdo que será certamente muito útil para a Polícia Civil do Estado de Rondônia”, disse.

Investigadora Cristina da Silva Friozo, lotada na Delegacia Especializada do Adolescente (Dea), junto com outra investigadora e uma delegada, são as únicas mulheres em meio a 20 homens.

“Fazemos as mesmas coisas que os homens fazem. Não em diferenciação por ser homem ou mulher. O que conta muito no curso é o psicológico, que precisa estar preparado não só fisicamente. A gente é testada o tempo todo e é bem cansativo, mas a experiência é maravilhosa. Aprendemos muito, principalmente, a união, que nos torna uma pessoa melhor, pois aprendemos a dividir e sofremos junto com os parceiros. Saímos um profissional melhor por contas das instruções desse curso”, pontuou.

De Brasnorte, o investigador Kleber Nascimento foi aprovado na seleção e concluiu o curso de duas semanas. No interior, as técnicas apreendidas poderão ser empregadas em  ocorrências de pronta-resposta ou no primeiro atendimento de fatos complexos até a chegada da unidade especializada da capital.

“Além de um curso de intenso aprimoramento em investigação também temos conhecimento nivelado na parte operacional. Estou muito feliz por essa oportunidade de participar desse curso”, disse.

Especialização

O curso trouxe representantes das maiores empresas (Bayer, Basf, Syngenta) produtores de agrotóxicos no Brasil, que transmitiram orientações valiosas quanto a identificação de produtos falsos, análise de rótulos, embalagens, notas fiscais para procedência de produtos.

Na disciplina de roubos e furtos a banco, o curso contou com a presença do diretor de segurança do Banco do Brasil, de Brasília, que trouxe informações específicas sobre roubo e furto a bancos, extorsão mediante sequestro de gerentes de bancos e outras questões relacionada a segurança das instituições financeiras.

“Áreas que certamente auxiliaram no enfrentamento desses crimes no Estado de Mato Grosso”, finalizou o delegado.

 

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Primeira-dama de MT critica liberação de autor de crime bárbaro

Virginia Mendes manifesta indignação após decisão judicial que autorizou liberação de homem que arrancou coração da tia em 2019

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Reprodução / Redes sociais

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, manifestou repúdio à decisão judicial que autorizou a saída de Lumar Costa da Silva, de 34 anos, do hospital psiquiátrico em Cuiabá. O homem ficou conhecido nacionalmente após assassinar e arrancar o coração da própria tia em 2019, na cidade de Sorriso (MT).

Nas redes sociais, Virginia classificou a liberação como um choque à memória coletiva e à confiança na Justiça. “Com profunda indignação e perplexidade recebo a notícia da liberação de um homem que cometeu um crime brutal e chocante, que ainda dói na memória de todos nós”, afirmou. A primeira-dama também questionou o sistema jurídico: “Como podemos falar em segurança e justiça diante de uma decisão como essa?”

Virginia destacou que, mesmo com laudos que apontam estabilidade clínica, o risco permanece evidente. “Essa decisão assusta. Abala a confiança da sociedade nas instituições e escancara o quanto ainda precisamos lutar por leis mais firmes e pela proteção da vida”, completou.

A decisão foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, com base em pareceres médicos que apontam que Lumar está estável e não precisa mais de internação. Ele seguirá tratamento ambulatorial no CAPS de Campinas (SP), com restrições severas: não pode sair da cidade sem autorização judicial, frequentar locais como casas noturnas ou consumir álcool e drogas.

O crime chocou o país. Em julho de 2019, Lumar matou a tia Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e entregou o coração da vítima para uma das filhas dela. À época, confessou o crime e declarou: “Matei e não me arrependo. Eu ouço o universo, o universo fala comigo sempre e me disse: mata ela logo, ela tem que morrer.”

Antes de chegar a Mato Grosso, o autor já havia tentado matar a própria mãe em Campinas (SP). Mesmo considerado perturbado e perigoso, o sistema judicial agora opta por um modelo de liberdade assistida — decisão que reacende o debate sobre segurança, saúde mental e a responsabilidade do Estado diante de crimes de extrema crueldade.

“Não podemos normalizar a barbárie”, concluiu Virginia Mendes em tom de alerta à sociedade.

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