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FUTURO CAÇA DA FAB, NOVO GRIPEN É APRESENTADO NA SUÉCIA

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Aeronave revelada pela SAAB ainda não tem os mesmos equipamentos da versão que vem para o Brasil, chamada de “Gripen NG”

 

O Gripen NG será incorporado a frota da FAB a partir de 2019 (SAAB)

O “nosso” caça: o Gripen NG será incorporado a frota da FAB a partir de 2019 (SAAB)

A SAAB revelou nesta quarta-feira (18), em Linköping, na Suécia, a nova geração do tão esperado caça Gripen. Chamado pela fabricante de “Gripen E”, o modelo apresentado possui a mesma base que será utilizada na versão escolhida pela Força Aérea Brasileira (FAB). A aeronave da FAB terá equipamentos extras, alguns até mais avançados que os escolhidos para a série selecionada pela Força Aérea da Suécia.

“O Gripen E reúne todo o conhecimento que a Saab colheu nos últimos 70 anos desenvolvendo aeronaves. Não só isso, é um projeto com preço competitivo e muitas opções de personalização que podem se adequar às necessidades de qualquer força militar”, contou Ulf Nilsson, vice-presidente da SAAB, durante a apresentação do novo caça.

Segundo a programação atual e se não houver atrasos, a FAB deve começar a receber os primeiros Gripen a partir de 2019. Ao todo, a Aeronáutica encomendou 36 aeronaves ao custo de US$ 5,4 bilhões. Além dos caças, o contrato também inclui transferência de tecnologia para o Brasil e parte dos aparelhos serão construídos no Brasil, pela Embraer.

“A proposta apresentada pela Suécia, no processo seletivo FX-2, foi aquela que melhor consubstanciou a intenção primordial da Força Aérea Brasileira. Buscamos não apenas absorver tecnologia, mas sermos parceiros no desenvolvimento. Assim, a qualificação de recursos humanos altamente especializados, acompanhada pelo processo de transferência de conhecimento, proporcionará um novo impulso de desenvolvimento de nosso complexo científico-tecnológico, o que julgo que ser um dos mais importantes legados deixados por esse projeto promissor”, discursou o tenente-brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, comandante da Aeronáutica Brasileira, durante a apresentação na sede da SAAB.

Evolução

O novo Gripen possui um motor mais potente e de menor consumo de combustível, além de evoluções nos comandos de voo computadorizados (fly-by-wire). O caça também ganhou um novo radar, capaz de acompanhar até 200 aeronaves simultaneamente, e sistemas de comunicação criptografados.

Pela primeira vez em 75 anos, a FAB terá um caça com tecnologias de última geração (SAAB)

Pela primeira vez em 75 anos, a FAB terá um caça com tecnologias de última geração (SAAB)

De acordo com o fabricante sueco, a aeronave poderá voar a mach 1 (velocidade do som – 1.234 km/h) sem a necessidade de usar pós-combustor (quando o motor atua como se fosse um foguete) e, com força total, será capaz de alcançar a velocidade máxima de 2.470 km/h.

Já o alcance do caça, comparado ao das versões anteriores, aumentou 50%, mesmo sem a necessidade de reabastecimento aéreo. Em configuração de combate (armado com quatro mísseis e levando dois tanques de combustível externos), a nova geração do Gripen tem autonomia de 1.800 km.

O sistemas embarcados no Gripen NG, como a Saab chama a nova geração do avião, vão permitir o uso de mísseis ar-ar (de interceptação aérea) e ar-terra de médio e longo alcance orientados por radar, bombas “inteligentes” guiadas a laser, além de uma série de outros recursos, como sensores infra-vermelho de busca e equipamentos de guerra eletrônica, como perturbadores de radares e rádios.

 

As primeiras unidades do Gripen NG chegam ao Brasil a partir de 2019 (SAAB)

As primeiras unidades do Gripen NG chegam ao Brasil a partir de 2019 (SAAB)

O Gripen NG da FAB

O pacote de tecnologias para o Gripen NG escolhido pelo Brasil o torna mais avançado que a série selecionada pelos suecos. Além dos tanques de combustível internos de maior capacidade, o que exigiu a instalação de um trem de pouso mais robusto, o caça da FAB ainda terá um dos painéis de controle mais impressionantes da aviação militar.

 

Em vez de três telas digitais separadas, como é a versão do Gripen E configurada pelos suecos, o modelo da FAB contará com um painel panorâmico WAD (Wide Area Display), que reunirá todas as informações em apenas uma tela.

Atualmente, somente o caça norte-americano F-35 possui o display panorâmico (Divulgação)

Atualmente, somente o caça norte-americano F-35 possui o display panorâmico (Divulgação)

O Gripen “brasileiro” ainda terá um novo sistema de comunicação com dois rádios e sistema de encriptação, equipamentos de interceptação e destruição de mensagens, sensores infravermelho de busca e salvamento, além de ligação por datalink, recurso que permitirá ao caça “conversar” por meio de sinais eletrônicos com outros aviões e torres de controles.

Clique para ampliar (Infográfico - FAB)

Clique na imagem para ampliar (Infográfico – FAB)

E tem mais: o Gripen da FAB será equipado com recursos para minimizar a “assinatura radar” do avião, o que dificulta sua identificação e localização (na eventualidade de um combate), e o “Helmet Mounted”, um óculos acoplado ao capacete do piloto que funciona como uma espécie de monitor de ataque e reconhecimento de alvos.

Pela primeira vez em 75 anos de existência, a FAB terá uma aeronave de superioridade aérea avançada de acordo com a tecnologia de seu tempo. Em termos de capacidade de combate e alcance operacional, o Gripen NG pode cumprir a mesma tarefa de quatro caças F-5 Tiger, atualmente a principal e mais rápida aeronave militar a serviço no Brasil.

Fonte: Airway

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Pescadores de Barra do Pari dizem que os peixes simplesmente sumiram

Conforme determinação governamental, a pesca amadora e profissional está proibida nos rios de Mato Grosso durante o período de defeso da piracema. O objetivo é proteger o período de reprodução das espécies e garantir o estoque pesqueiro para o futuro. No entanto, a despeito dessa normativa, há visível esvaziamento nos rios de todas as espécies

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Créditos: omatogrosso.com

Antes fartas, as pescarias que aconteciam na comunidade rural Barra do Pari, em Cuiabá-MT, em épocas autorizadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente [à parte da piracema], há tempos estão minguadas. Os pescadores afirmam que têm buscado outras fontes alternativas de renda, pois os peixes simplesmente sumiram da área, dizem.

A comunidade Barra do Pari é um miolo rural incrustado no setor urbano da capital. Seu acesso é pelo bairro Santa Amália, quando a malha viária asfaltada – avenida da parte baixa do bairro – cede lugar a uma estrada cascalhada, repleta de buracos. Rusticidade que agrada os visitantes, praticamente descortinando um portal. O Rio Cuiabá está à direita, a menos de 100 metros, e mesmo da estradinha é possível ver o arvoredo que o circunda.

Para o vaqueiro Zezinho, antigo morador de Barra do Pari, pescador nas horas vagas, sua tralha de pesca já está até com teia de aranha, posto que não é utilizada há meses. O mesmo acontece com o tablado de pesca, hoje estrutura inservível.

Antigo tablado de pesca está sem uso há tempos…

“O rio está aí, sempre caudaloso, forte. Só os peixes é que sumiram. Parece que foram levados por um vendaval. Conheço pescador hábil que afirma estar desmotivado em descer até o rio para pescar, pois não consegue levar mais nada. Isso também acontece em outros trechos do Rio Cuiabá, inclusive no Pantanal afora. O pescado anda sumido, e a tendência é de desaparecer de vez. Situação muito difícil para os ribeirinhos, que dependem do peixe nosso de cada dia…”

Também Antônio, morador tradicional de Barra do Pari, dedica-se há anos apenas ao seu trabalho de zelador num dos condomínios do Santa Amália. Anteriormente, ele mantinha modesto comércio gastronômico na principal rua da comunidade, local frequentado maciçamente nos finais de semana.

“Foi uma boa época, pois tínhamos peixes com fartura. As pessoas aportavam no meu canto já pedindo algum pescado, assado ou cozido. Tínhamos ainda caldo de peixe, bolinho de peixe, etc… Infelizmente, os peixes foram escasseando, até desaparecer de vez. Fechei, então, o meu pequeno negócio e parti para outra função”.

Antônio na sua propriedade cuidando de macacos. “Peixes sumiram”

É a mesma opinião de Francinaldo, pescador famoso na região de Barra do Pari, vizinho de Antônio. Sem meios termos, olhar incisivo, ele dispara:

“Peixes?! Que peixes? Nem adianta ficar horas e horas com anzol n’água, pois não conseguir pescar nada. Nunca pensei que Barra do Pari pudesse registrar isso”, lamenta.

Independente do sumiço dos peixes, vale uma esticada turística a Barra do Pari. É uma incursão rural instantânea. Tem até curral e gado disperso pela estrada, além de igrejinha que sedia festas populares anualmente.

POR JCQ

 

 

 

 

 

 

 

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