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Flamengo bate o Vasco em clássico marcado por briga no fim

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Éverton marca o único gol do jogo após jogada de Éverton Ribeiro; São Januário tem cenas de violência após o apito final

Da Redação

 

Em um clássico muito tenso, com reclamações de ambas as equipes por entradas duras, o Flamengo venceu o Vasco por 1 a 0, em São Januário, neste sábado, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, chegou aos 23 pontos e assumiu temporariamente o segundo lugar na classificação da competição – o Grêmio, com 22, joga neste domingo, contra o Avaí, em Porto Alegre. O gol do time rubro-negro foi marcado pelo atacante Éverton, após bela jogada do meia Éverton Ribeiro.

Os momentos anteriores ao início do confronto já demonstravam a atmosfera tensa que envolveria o embate. O zagueiro Réver não suportou os sintomas de uma gastroenterite quando já fazia o trabalho de aquecimento no gramado e foi trocado pelo técnico Zé Ricardo por Rafael Vaz na escalação do Flamengo.

Ainda antes da partida, o meia Philippe Coutinho, revelado no Vasco, foi muito aplaudido pelos torcedores cruzmaltinos ao chegar a São Januário. O jogador do Liverpool e da seleção brasileira, que assistiu o clássico dos camarotes, exibiu camisa com o número 10 e o seu nome às costas.

Após o toque inicial na bola, o nervosismo esperado se confirmou em campo. A ponto de o árbitro Anderson Daronco precisar distribuir vários cartões amarelos na primeira etapa para conter nos ânimos dos principais jogadores das equipes.

O primeiro a ser advertido foi Guerrero, que reclamou ao ser atingido em uma dividida com o zagueiro Paulão e o volante Wellington. O atacante peruano ficou no chão e levantou cobrando cartão para os adversários. Acabou ele sendo punido. Depois, Paulão derrubou Guerrero e foi amarelado.

Aos 18 minutos, o zagueiro Rhodolfo sentiu a perna depois de dominar uma bola no meio de campo e caiu no gramado, já pedindo substituição. Em seu lugar, o técnico Zé Ricardo colocou o zagueiro Léo Duarte.

Aos 31 minutos, o vascaíno Luis Fabiano, que voltava de suspensão automática, fez uma falta desnecessária sobre Éverton na intermediária e também levou o amarelo. Aos 36, o meia Nenê criticou acintosamente Anderson Daronco por uma falta de Éverton Ribeiro e foi mais um a ser punido.

A primeira jogada de destaque no clássico ocorreu somente aos 37 minutos, quando Guerrero bateu de longe, com firmeza, para boa defesa de Martín Silva. Aos 40, o volante Bruno Paulista, que fazia sua estreia no Vasco, caiu no gramado e foi substituído por Andrey. Foi a segunda mexida por contusão nos primeiros 45 minutos da partida – uma para cada lado.

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Antes do apito final, aos 43, Nenê fez boa jogada pela direita e cruzou. A bola passou com perigo pelo gol de Thiago, mas nenhum vascaíno conseguiu aproveitar o cruzamento. O placar de 0 a 0 refletiu a baixa qualidade técnica da primeira metade do duelo.

Na segunda etapa, o Flamengo levou perigo pela primeira vez aos dois minutos. Pela esquerda, Guerrero foi para a linha de fundo, passou por Paulão, chutou firme e, mesmo sem ângulo, obrigou Martín Silva a fazer grande intervenção. Aos dez minutos, Márcio Araújo recuou mal para o goleiro Thiago que teve de se livrar da bola pela chegada de Luis Fabiano, cedendo lateral para o adversário.

Aos 15, o Vasco teve um gol anulado de Yago Pikachu. O lance foi impugnado por Anderson Daronco devido à uma falta cometida por Luis Fabiano. Guerrero, que minutos antes havia sentido um choque de cabeça em uma dividida com o zagueiro Henrique, precisou ser substituído por Leandro Damião. O peruano saiu de campo com um enorme galo na cabeça.

O Flamengo pressionava os donos da casa e, aos 16, Diego recebeu de Éverton Ribeiro em ótima condição e bateu para o gol, mas o goleiro Martín Silva defendeu. No rebote, o mesmo Éverton disparou, mas a bola desviou e foi para escanteio.

O jogo ficava cada vez mais quente e, no minuto seguinte, Éverton abriu o placar em São Januário para o Flamengo. A jogada começou pela direita do ataque com Rodinei, que passou para Éverton Ribeiro, que deu um lindo drible no defensor vascaíno e cruzou para Éverton completar para o gol.

Aos 20 minutos, Luis Fabiano recebeu cruzamento da esquerda, girou e bateu forte, mas o goleiro Thiago espalmou para a linha de fundo. Aos 24, o flamenguista Éverton disparou pela esquerda e cruzou para Leandro Damião que tocou de calcanhar para Éverton Ribeiro, mas o meia se enrolou na hora de finalizar e deu chance para a zaga vascaína tirar o perigo.

A partida continuou muito disputada, mas o Vasco perdeu a capacidade de atacar e passou a tentar cruzamentos na área na tentativa de empatar o marcador. O Flamengo conseguiu dominar as ações, controlou o jogo até o fim e garantiu os três pontos na casa do adversário.

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O Vasco permanece com 16 pontos e em sexto lugar, mas sob risco de ser ultrapassado por outros times na sequência da rodada, após ser derrotado pela segunda vez no Brasileirão em casa. Na próxima rodada, na quarta-feira, o time tentará se reabilitar diante do Vitória no Barradão. No dia seguinte, o Flamengo receberá o Grêmio no Luso Brasileiro.

CONFUSÃO

Depois do apito final de Anderson Daronco, torcedores vascaínos passaram a jogar muitos objetos no gramado e alguns ameaçaram invadir o campo. Os jogadores do Flamengo e a arbitragem, preocupados, permaneceram no centro do campo, protegidos pelo policiamento que atuava dentro do estádio. “Isso aí é perigoso. Aí no meio tem criança. É triste demais”, lamentou Éverton, em entrevista ao Premiere, ainda no gramado. A PM atirou bombas de efeito moral em direção às arquibancadas para dispersar os mais agressivos.

Durante o intervalo, os vascaínos que estavam próximos às cordas que dividiam as torcidas já haviam provocado a ação da PM, que lançou spray de pimenta para conter os mais agressivos. Além disso, um torcedor do Vasco que tentou invadir o campo, depois do gol do Flamengo, pulando a proteção acrílica que separa o gramado ficou ferido e teve que ser atendido pela maca.

FICHA TÉCNICA

VASCO 0 x 1 FLAMENGO

VASCO – Martín Silva; Gilberto, Rafael Marques, Paulão e Henrique; Wellington, Bruno Paulista (Andrey), Yago Pikachu (Manga Escobar), Matheus Vital (Wagner) e Nenê; Luis Fabiano. Técnico: Milton Mendes.

FLAMENGO – Thiago; Rodinei, Rhodolfo (Léo Duarte, depois Rômulo), Rafael Vaz e Trauco; Márcio Araújo, Cuéllar, Éverton Ribeiro, Diego e Éverton; Paolo Guerrero (Leandro Damião). Técnico: Zé Ricardo.

GOL – Éverton, aos 17 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Paulão, Luis Fabiano e Nenê (Vasco); Guerrero (Flamengo).

ÁRBITRO – Anderson Daronco (Fifa/RS).

PÚBLICO – 18.328 pagantes (19.622 presentes).

RENDA – Não disponível.

LOCAL – Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro (RJ).

 

 

 

 

 

Fonte: O Estado de S. Paulo

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes

Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

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Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…

Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.

Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?

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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.

Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.

Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.

José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!

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Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…

Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.

Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…

Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.

“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…

Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.

Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.

Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…

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Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).

Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…

José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.

Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…

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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!

Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…

João Carlos de Queiroz, jornalista

 

 

 

 

 

 

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