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Extrato bancário mostra que Zé Domingos recebeu R$ 150 mil de mesada

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Da Redação

 

O deputado estadual José Domingos Fraga (PSD) recebeu um deposito no valor de R$ 150 mil reais na sua própria conta bancária. Esse dinheiro seria oriundo de três meses de “mensalinho” que eram passados aos deputados estaduais para votar a favor de projetos de interesse do governo, conforme foi revelado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), José Geraldo Riva.

O documento faz parte de diversas provas que foram apreendidas em diversas operações que tiveram à Assembleia e Riva como alvos. 

“Esse depósito com esse valor é porque já estavam atrasados dois meses. E no acordo para realizar o repasse, o parlamentar teria solicitado o adiantamento do próximo mês”, disse um membro do Ministério Público ouvido pela reportagem.

De acordo com o depoimento do deputado José Riva, o esquema foi montado ainda durante o governo Dante de Oliveira (1995-2002) para garantir o apoio de deputados em votações de interesse do Executivo estadual. Ao todo, 35 deputados teriam se beneficiado pelo esquema de pagamento de “mesada”.

Procurado pela nossa reportagem, o deputado Zé Domingos (PSD) disse que realmente realizou “vários negócios” com o ex-deputado José Riva, mas que seriam “empréstimos para depois devolver ao ex-deputado”.

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“Primeiro é preciso deixar claro que esses valores não correspondem com o valor do mensalinho que ele prestou depoimento. E depois, eu já tive outros negócios com Riva. Porque ele [Riva] na Casa era tido como o salvador da pátria. Não só comigo, mas com outros deputados. Quando tínhamos algum aperto, ele salvava a gente. Mas na forma de empréstimo que teria quer ser devolvido”, explicou Fraga.

De acordo com ele, essa era uma prática geral e que não envolvia a mesa diretora da Assembleia. “Vou averiguar se esse valor de fato entrou em minha conta, mas de fato ele sempre nos ajudavam quando estávamos apertados.  Com todos os deputados. Mas isso era entre a gente e o Riva, não tinha nada a ver com a Mesa Diretora”, disse o parlamentar.

“Não posso negar pra você que ele não nos ajudava financeiramente. É comum aqui na Casa. Sempre foi e ainda é. Mas não na questão da pessoa da presidência. Mas é um deputado ajudando o outro. Mas isso não é mensalinho. Mensanlinho, como divulgaram, tinha um valor mais irrisório do que esses depósitos”, finalizou.

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A declaração de Zé Domingos Fraga é bem diferente da nota que emitiu no dia inicio de abril, quando apontou “desequilíbrio” e “vingança” nas denúncias feitas por Riva. 

“A citação do nome do Deputado Zé Domingos a única explicação cabível é a de vingança em razão deste ter sido um dos deputados que atuou de forma expressa, na época, contra a indicação da Sra. Janete Riva para o Tribunal de Contas do Estado”, diz trecho da nota enviada pela assessoria do parlamentar na época.

“(…) rechaçar veementemente as declarações ardilosas e inverídicas do ex-deputado, quer afirmar que jamais recebeu, durante sua vida pública, quaisquer valores que não estivessem estabelecidos dentro das normas legais da nação”, dizia outro trecho da nota.

A nossa reportagem procurou o deputado José Riva para comentar o episódio, mas até o fechamento da matéria, não retornou as nossas ligações e não respondeu as mensagens e email.

 

Fonte: Hiper Noticias

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes

Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

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Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…

Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.

Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?

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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.

Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.

Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.

José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!

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Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…

Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.

Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…

Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.

“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…

Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.

Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.

Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…

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Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).

Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…

José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.

Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…

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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!

Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…

João Carlos de Queiroz, jornalista

 

 

 

 

 

 

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