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Dono de frigorifico e mais quatro são denunciados pelo MP-MT
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Da Redação
Uma nova denuncia foi interposta pelo Ministério Público Estadual (MP=MT) através de uma ação civil pública no Poder Judiciário Estadual que aponta um prejuízo aos cofres públicos do Estado que chega a casa dos R$ 75 milhões.
O prejuízo se deu por conta de uma concessão fraudulenta na liberação de incentivos fiscais, em troca de propina, a um empresário do ramo frigorifico de Mato Grosso.
Segundo a denúncia, a propina era utilizada para o pagamento de um “décimo terceiro” da verba que ficou conhecida como “mensalinho”, que era uma propina paga a deputados estaduais em troca de apoio a gestão do então governador Silval Barbosa na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Ainda de acordo com a denúncia, além do ex-governador Silval Barbosa, estariam envolvidos no esquema o ex-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, o proprietário do frigorifico Superfrigo, Ciro Zanchet Miotto, o proprietário do frigorifico Aval Securitizadora, e ainda a participação do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo. Os nomes dos envolvidos aparecem no acordo de delação premiada fechado por Nadaf.
Uma série de medidas foram solicitadas pelo MPE-MT junto a Justiça, entre elas o bloqueio de bens dos denunciados. A denuncia diz ainda que Pedro Nadaf, que era considerado o “braço direito” de Silval, teria a “missão” de encontrar uma empresa que estivesse interessada no recebimento de incentivos fiscais do Governo do Estado, porém a empresa teria que estar disposta a pagar propina que chegava a casa dos R$ 2,5 milhões, somente no ano de 2012.
Ainda de acordo com a denúncia, o valor refere-se a uma dívida contraída pelo conselheiro afastado do TCE, Sérgio Ricardo com o empresário Ricardo Padilha. Silval seria o avalista do débito nos quais os recursos seriam empregados no pagamento de um décimo terceiro mensalinho aos deputados estaduais no valor de R$ 110 mil cada, pelo menos 17 parlamentares teriam sido beneficiados com os recursos ilícitos.
A denuncia relata ainda que parte dos pagamentos de incentivos fiscais para o frigorifico Superfrigo, além de ter sido usado para o pagamento do “13º mensalinho” ainda foram usados R$ 250 mil nos quais foram pagos para Pedro Nadaf para a concessão do Prodeic.
O MP-MT pede que os empresários Ciro Z. Miotto e Ricardo Padilha de Borbon Neves juntamente com as referidas empresas sejam condenados por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito, dano ao erário e violação dos princípios administrativos, pede ainda o ressarcimento integral e solidário ao Estado no valor de R$ 37,7 milhões que seria o valor que as empresas deixaram de pagar em impostos.
O órgão ministerial pede ainda que os réus paguem uma multa civil no valor de duas vezes os prejuízos causados, além disso, os empresários terão seus direitos políticos suspensos pelo prazo de dez anos e perda de cargos públicos após o final do processo.
Mais R$ 37,7 milhões deverão ser pagos a título de danos morais coletivos e a desconsideração da personalidade jurídica da Intercontinental Foods que também deverá sofrer sanções que também foram determinadas aos frigoríficos envolvidos.
O MP-MT solicita do conselheiro afastado por corrupção, Sérgio Ricardo de Almeida que o mesmo devolva de maneira solidária o valor de R$ 2,5 milhões pagos pela Superfrigo para o recebimento dos incentivos fiscais, caso seja condenado, o conselheiro deverá perder seus direitos políticos também por dez anos e terá ainda de pagar uma multa que equivale três vezes o valor do acréscimo patrimonial obtido pelo mesmo.
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Pescadores de Barra do Pari dizem que os peixes simplesmente sumiram
Conforme determinação governamental, a pesca amadora e profissional está proibida nos rios de Mato Grosso durante o período de defeso da piracema. O objetivo é proteger o período de reprodução das espécies e garantir o estoque pesqueiro para o futuro. No entanto, a despeito dessa normativa, há visível esvaziamento nos rios de todas as espécies
Antes fartas, as pescarias que aconteciam na comunidade rural Barra do Pari, em Cuiabá-MT, em épocas autorizadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente [à parte da piracema], há tempos estão minguadas. Os pescadores afirmam que têm buscado outras fontes alternativas de renda, pois os peixes simplesmente sumiram da área, dizem.
A comunidade Barra do Pari é um miolo rural incrustado no setor urbano da capital. Seu acesso é pelo bairro Santa Amália, quando a malha viária asfaltada – avenida da parte baixa do bairro – cede lugar a uma estrada cascalhada, repleta de buracos. Rusticidade que agrada os visitantes, praticamente descortinando um portal. O Rio Cuiabá está à direita, a menos de 100 metros, e mesmo da estradinha é possível ver o arvoredo que o circunda.
Para o vaqueiro Zezinho, antigo morador de Barra do Pari, pescador nas horas vagas, sua tralha de pesca já está até com teia de aranha, posto que não é utilizada há meses. O mesmo acontece com o tablado de pesca, hoje estrutura inservível.
“O rio está aí, sempre caudaloso, forte. Só os peixes é que sumiram. Parece que foram levados por um vendaval. Conheço pescador hábil que afirma estar desmotivado em descer até o rio para pescar, pois não consegue levar mais nada. Isso também acontece em outros trechos do Rio Cuiabá, inclusive no Pantanal afora. O pescado anda sumido, e a tendência é de desaparecer de vez. Situação muito difícil para os ribeirinhos, que dependem do peixe nosso de cada dia…”
Também Antônio, morador tradicional de Barra do Pari, dedica-se há anos apenas ao seu trabalho de zelador num dos condomínios do Santa Amália. Anteriormente, ele mantinha modesto comércio gastronômico na principal rua da comunidade, local frequentado maciçamente nos finais de semana.
“Foi uma boa época, pois tínhamos peixes com fartura. As pessoas aportavam no meu canto já pedindo algum pescado, assado ou cozido. Tínhamos ainda caldo de peixe, bolinho de peixe, etc… Infelizmente, os peixes foram escasseando, até desaparecer de vez. Fechei, então, o meu pequeno negócio e parti para outra função”.
É a mesma opinião de Francinaldo, pescador famoso na região de Barra do Pari, vizinho de Antônio. Sem meios termos, olhar incisivo, ele dispara:
“Peixes?! Que peixes? Nem adianta ficar horas e horas com anzol n’água, pois não conseguir pescar nada. Nunca pensei que Barra do Pari pudesse registrar isso”, lamenta.
Independente do sumiço dos peixes, vale uma esticada turística a Barra do Pari. É uma incursão rural instantânea. Tem até curral e gado disperso pela estrada, além de igrejinha que sedia festas populares anualmente.
POR JCQ
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