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Denúncia de deputado Wilson Santos durante a campanha em Cuiabá gera prisões
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Escritório de advocacia firmou contrato fictício com Caramuru para ocultar extorsão de fiscais
Da Redação
Investigações da (DEFAZ) Delegacia Fazendária, apontam que o escritório de advocacia Figueiredo & Figueiredo Advogados Associados intermediou o pagamento de propina para três agentes de tributos da (SEFAZ) Secretaria de Fazenda de Mato Grosso para reduzir uma multa para a empresa Caramuru Alimentos S/A, com sede em Sorriso. Nesta quarta-feira, a Delegacia Fazendária deflagrou a “Operação Zaqueus.
Na operação, foram presos os agentes André Neves Fantoni, Alfredo Menezes Mattos Junior e Farley Coelho Moutinho. Além disso, foi cumprido um mandado de condução coercitiva e três de busca e apreensão.
A informação que o advogado Themystocles Ney de Azevedo de Figueiredo firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público e revelou como ocorreu o esquema, concretizado entre os anos de 2014 e 2015. Figueiredo contou que uma das autuações feitas contra a Caramuru chegou a R$ 65 milhões que, em valores atualizados, passaria de R$ 100 milhões.
Já os fiscais exigiram o pagamento de R$ 1,4 milhão para reduzir a multa para “somente” R$ 315 mil. Para acobertar a propina, o escritório de advocacia do delator emitiu nota fiscal de honorários advocatícios fictícios para a empresa Caramuru Alimentos.
Após o contrato fictício, o escritório de advocacia recebeu dois pagamentos da Caramuru. Em 15 de dezembro de 2014, foram repassados R$ 590 mil para o escritório.
Já em 17 (dezessete) de abril de 2015, a empresa Caramuru depositou R$ 1,330 milhão nas contas do advogado. A maioria dos valores, cerca de R$ 1,4 milhão, foi repassada em seguida aos servidores da Sefaz. O escritório pertence a Themystocles Ney de Azevedo de Figueiredo e a Ludmila Beatriz Miranda de Figueiredo. Ludmila é filha de Elarmim Miranda, ex-suplente de senador do atual deputado federal Carlos Bezerra que é o “cacique do PMDB”, em Mato Grosso.
Após as revelações, os delegados fazendários representaram pela prisão dos servidores. André Neves Fantoni e Alfredo Menezes Mattos Junior foram presos no Rio de Janeiro. Já Farley Coelho Moutinho foi detido em Cuiabá. Ele já está na sede da DEFAZ.
A denúncia partiu durante a campanha para prefeito em Cuiabá.
A investigação que deflagrou a operação teve início na campanha de 2016, quando o deputado estadual e então candidato a prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), levou a denúncia de que familiares do então candidato a prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) teriam recebido propina para intermediar concessão de incentivos fiscais a Caramuru. Na série de documentos levados a Delegacia fazendária, tinha o pagamento ao escritório do advogado Themystocles Ney de Azevedo de Figueiredo. A partir de então, a Polícia Civil avançou nas investigações que culminaram com a delação premiada e a deflagração da operação.

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes
Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…
Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.
Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?
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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.
Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.
Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.
José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!
Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…
Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.
Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…
Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.
“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…
Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.
Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.
Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…
Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).
Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…
José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.
Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…
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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!
Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…
João Carlos de Queiroz, jornalista
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