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Aulas pelo computador podem causar irritação, tédio e medo nas crianças
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Da Redação
O coronavírus obrigou as pessoas a transformarem a própria casa em um ambiente multiuso, configurado para várias atividades, incluindo as aulas das crianças. Mas a falta de incentivos para aprender em frente ao computador, sem espaços de socialização e em meio a outras problemáticas da pandemia, tem deixado as crianças inquietas, irritadas, entediadas, com insônia e com sentimentos como solidão e medo.
Essas são as principais mudanças no comportamento infantil, segundo informações da cartilha Crianças na Pandemia de Covid-19, publicada pela Fiocruz no início de maio, quando 91% dos estudantes do mundo todo estavam sem aulas presenciais.
Para a pedagoga e consultora em educação Andrea Bichara, isso ocorre, em parte, porque os pequenos estão tendo mais dificuldade em assimilar conhecimento nas aulas on-line.
“O aluno diz que gosta da escola e das aulas porque gosta de estar entre os colegas, exercendo seu lado sociável. Se você retira a escola e os elementos que tornam o dia a dia escolar atrativo, você evidencia que o modelo engessado não interessa aos alunos, nem desperta o desejo de aprender”, analisa a profissional.
De acordo com a especialista, é preciso pensar em estratégias que, de fato, façam sentido para o modelo de educação em casa.
“A ferramenta pode dar uma falsa ideia de que avançamos. Mas não temos aulas comunicativas, de impacto, que envolvam os alunos. Estamos em um contexto social, político, econômico e sanitário capaz de proporcionar reflexões muito interessantes. Porém, ainda voltados para o caderno. Esse tipo de mudança precisa ser acompanhada pelos pais, que estão tendo a oportunidade de compreender as dificuldades dos seus fihos”, afirma.
Foto: Igo Estrela

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Primeira-dama de MT critica liberação de autor de crime bárbaro
Virginia Mendes manifesta indignação após decisão judicial que autorizou liberação de homem que arrancou coração da tia em 2019

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, manifestou repúdio à decisão judicial que autorizou a saída de Lumar Costa da Silva, de 34 anos, do hospital psiquiátrico em Cuiabá. O homem ficou conhecido nacionalmente após assassinar e arrancar o coração da própria tia em 2019, na cidade de Sorriso (MT).
Nas redes sociais, Virginia classificou a liberação como um choque à memória coletiva e à confiança na Justiça. “Com profunda indignação e perplexidade recebo a notícia da liberação de um homem que cometeu um crime brutal e chocante, que ainda dói na memória de todos nós”, afirmou. A primeira-dama também questionou o sistema jurídico: “Como podemos falar em segurança e justiça diante de uma decisão como essa?”
Virginia destacou que, mesmo com laudos que apontam estabilidade clínica, o risco permanece evidente. “Essa decisão assusta. Abala a confiança da sociedade nas instituições e escancara o quanto ainda precisamos lutar por leis mais firmes e pela proteção da vida”, completou.
A decisão foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, com base em pareceres médicos que apontam que Lumar está estável e não precisa mais de internação. Ele seguirá tratamento ambulatorial no CAPS de Campinas (SP), com restrições severas: não pode sair da cidade sem autorização judicial, frequentar locais como casas noturnas ou consumir álcool e drogas.
O crime chocou o país. Em julho de 2019, Lumar matou a tia Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e entregou o coração da vítima para uma das filhas dela. À época, confessou o crime e declarou: “Matei e não me arrependo. Eu ouço o universo, o universo fala comigo sempre e me disse: mata ela logo, ela tem que morrer.”
Antes de chegar a Mato Grosso, o autor já havia tentado matar a própria mãe em Campinas (SP). Mesmo considerado perturbado e perigoso, o sistema judicial agora opta por um modelo de liberdade assistida — decisão que reacende o debate sobre segurança, saúde mental e a responsabilidade do Estado diante de crimes de extrema crueldade.
“Não podemos normalizar a barbárie”, concluiu Virginia Mendes em tom de alerta à sociedade.
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