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Assistência Social adota projetos para beneficiar jovens dos programas socioassistenciais

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Da Redação.

O desafio em manter crianças e adolescentes ocupados e motivados em tempos de pandemia foi vencido pela secretaria de Promoção Social, de Várzea Grande. Dois grandes projetos municipais reúnem exatamente essa faixa etária: o Caderno II e o Juventude Ativa. Ambos – dentro de suas particularidades – aderiram às atividades remotas, lançando mão do aparato que a tecnologia proporciona. Salas de aula virtual agregam os participantes dos projetos, que unidos pelas redes sociais, seguem integrando os projetos e seguindo o protocolo sanitário de manter o distanciamento e o isolamento social, como forma de resguardar as pessoas do vírus e reduzir a capacidade de transmissão entre os várzea-grandenses.

Como explica a secretária da Pasta, Flávia Omar, os projetos têm como objetivo levar ocupação e estratégicas de convívio coletivo, no contra turno de sala de aula, seja por meio de oficinas, reforço escolar e até mesmo, dando a oportunidade de escolher uma profissão. “No início da pandemia do novo coronavírus, quando recebemos o Decreto que proibia atividades coletivas foi um susto, mas ao mesmo tempo, gerou uma ação coletiva em buscar  estratégias para driblarmos esse desafio. Precisávamos manter o vínculo com os participantes e mais que isso, mantê-los fieis aos encontros virtuais”.

Entre as alternativas de maior sucesso entre os participantes está a realização de atividades físicas, por meio de orientação de um profissional, bem como, oficinas que levam novidades artesanais e manuais para estimular o raciocínio lógico e os potenciais de cada um.

“Até a pandemia, acreditávamos que onde nós trabalhamos com adolescentes e acreditávamos que tudo era aprendido pessoalmente, com contato diário. Agora, estamos aqui, todos juntos aprendendo, compartilhando experiências e mais, ampliando nosso próprio conhecimento por meios dos nossos jovens que são experts em redes sociais”, destaca a coordenadora do Caderno II, Cláudia Barros. Como destacou, estar isolado não implica em estar excluído. “Mesmo de longe interagimos, aprendemos e nos entretemos”.

“Estamos dando continuidade ao nosso trabalho através de grupo no WhatsApp com todos os facilitadores e adolescentes. Neste grupo, nós interagimos falando do nosso dia a dia, conversamos sobre diversos assuntos e, principalmente, disponibilizamos o conteúdo de algumas oficinas do projeto. Todos os dias recebemos mensagens carinhosas das crianças pedindo o retorno das atividades, com saudades das oficinas e dos profissionais, e também recebemos alguns vídeos, como resposta dos vídeos que os facilitadores enviam”, completou. As oficinas que estão fazendo mais sucesso entre os participantes são de violão e de ballet, essas estão recebendo maior feedback neste período de isolamento.

No Juventude Ativa o atendimento aos participantes não parou, apenas se adaptou ao novo momento. “Quando fomos orientados a suspender as nossas atividades no grupo, como medida de prevenção ao combate à Covid-19, vieram as dúvidas em relação ao que fazer. Mas com calma e diante do cenário que restringe a convivência, nossos orientadores e facilitadores mantiveram a motivação e continuaram a interagir com os jovens de forma interativa, mesmo que não mais presencial. Os encontros em grupo e oficinas estão sendo realizados via WhatsApp e por meio de vídeos-aulas, informativos e orientações compartilhados nos grupos. Dessa forma, os laços entre orientadores/facilitadores com os participantes seguem fortalecidos, o que é justamente o objetivo do projeto, ampliar e fortificar laços”, explica a coordenadora, Vanessa Navarros. Ainda como destacou, a interação tem servido para tratar da situação atual, conscientizando cada participante sobre seu papel no combate à Covid-19.

Os adolescentes inscritos no projeto irão permanecer até o fim do ano e mesmo com atividades remotas, o planejamento de apresentações, para conclusão do ano, segue mantido. “Nos adaptamos e as atividades estão sendo desenvolvidas normalmente e já planejamos as apresentações do nosso encerramento, que sempre é uma grande festa aguardada pelos nossos participantes”, destacou.

CADERNO II –  O ‘Centro de Convivência – Caderno II’ é um projeto social com formato inédito no país para proteção de crianças e adolescentes. As atividades ocorrem no contraturno escolar, são 100 participantes por período. As oficinas são de teatro, informática, dança, acompanhamento escolar, arte e comunicação, música, moda e customização, horta, xadrez e práticas esportivas.Hoje adaptado com atividades remota.

O projeto é um conjunto de ações integradas e focadas na formação humana do adolescente, resgate de valores e a formação da cidadania. Caderno II tem o objetivo de estimular o jovem para o desempenho do seu papel de protagonista na comunidade onde vive e atua, ajudando na construção de um lugar cada vez melhor para se viver. “As intervenções são focadas no estímulo à importância da participação cidadã, incentivo na busca da autonomia da apropriação dos direitos, reconhecimento de deveres e percepção de autoafirmação, enquanto sujeitos ativos e operantes na construção da própria cidadania”, completou a secretária Flávia.

JUVENTUDE ATIVA – Flávia explica que no primeiro semestre de 2020 foram implantados 25 grupos de adolescentes em quatro regiões nas áreas de abrangência dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), cada grupo com aproximadamente 25 integrantes para participarem do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV/Juventude Ativa) com atividades de ações continuadas, sendo dois encontros semanais com duração de 4 horas cada encontro, que nesta época de pandemia, resultou em grupo de conversa pelas redes sociais. As oficinas ofertadas são nas seguintes modalidades: Anjos da Lata (percussão com instrumentos recicláveis), Dança, Esporte, Música, Grafitagem e Pintura em Tela.

O Projeto Juventude Ativa tem por foco o fortalecimento da convivência familiar e comunitária, contribuindo para o retorno ou permanência dos adolescentes na escola, por meio do desenvolvimento de atividades que estimulam a convivência social e a participação cidadã.

O projeto tem como principal interesse retirar o adolescente da ociosidade, pautando-se no desenvolvimento intelectual e cognitivo. O Projeto abriga  mensalmente 600 adolescentes em período de turno escolar, na faixa etária de 12 a 17 anos e 11 meses.

Foto: Prefeitura VG

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Primeira-dama de MT critica liberação de autor de crime bárbaro

Virginia Mendes manifesta indignação após decisão judicial que autorizou liberação de homem que arrancou coração da tia em 2019

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Reprodução / Redes sociais

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, manifestou repúdio à decisão judicial que autorizou a saída de Lumar Costa da Silva, de 34 anos, do hospital psiquiátrico em Cuiabá. O homem ficou conhecido nacionalmente após assassinar e arrancar o coração da própria tia em 2019, na cidade de Sorriso (MT).

Nas redes sociais, Virginia classificou a liberação como um choque à memória coletiva e à confiança na Justiça. “Com profunda indignação e perplexidade recebo a notícia da liberação de um homem que cometeu um crime brutal e chocante, que ainda dói na memória de todos nós”, afirmou. A primeira-dama também questionou o sistema jurídico: “Como podemos falar em segurança e justiça diante de uma decisão como essa?”

Virginia destacou que, mesmo com laudos que apontam estabilidade clínica, o risco permanece evidente. “Essa decisão assusta. Abala a confiança da sociedade nas instituições e escancara o quanto ainda precisamos lutar por leis mais firmes e pela proteção da vida”, completou.

A decisão foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, com base em pareceres médicos que apontam que Lumar está estável e não precisa mais de internação. Ele seguirá tratamento ambulatorial no CAPS de Campinas (SP), com restrições severas: não pode sair da cidade sem autorização judicial, frequentar locais como casas noturnas ou consumir álcool e drogas.

O crime chocou o país. Em julho de 2019, Lumar matou a tia Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e entregou o coração da vítima para uma das filhas dela. À época, confessou o crime e declarou: “Matei e não me arrependo. Eu ouço o universo, o universo fala comigo sempre e me disse: mata ela logo, ela tem que morrer.”

Antes de chegar a Mato Grosso, o autor já havia tentado matar a própria mãe em Campinas (SP). Mesmo considerado perturbado e perigoso, o sistema judicial agora opta por um modelo de liberdade assistida — decisão que reacende o debate sobre segurança, saúde mental e a responsabilidade do Estado diante de crimes de extrema crueldade.

“Não podemos normalizar a barbárie”, concluiu Virginia Mendes em tom de alerta à sociedade.

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