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As cenas que provam a entrega de propina aos indicados de Temer e Aécio
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Deputado Rocha Loures (PMDB-PR) e Frederico Pacheco de Medeiros foram flagrados em “ações controladas” da PF
Da Redação
A delação da JBS, a mais dura em três anos de Lava-Jato, merece este título em grande parte devido às cenas a seguir. Nelas, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), destacado pelo presidente Michel Temer para tratar com Joesley Batista dos interesses de seu grupo empresarial, é flagrado pegando R$ 500 mil em propina — a primeira parcela de um montante prometido de R$ 480 milhões. As cenas abaixo mostram esta entrega, ocorrida em 28 de abril deste ano.
As cenas também são devastadoras para o presidente do PSDB, o senador mineiro Aécio Neves. A Polícia Federal filmou o primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros, pegando, a mando de Aécio, R$ 1,5 milhão em propina — três quartos dos R$ 2 milhões que Aécio pediu, sem saber que era gravado, para Joesley. As cenas abaixo mostram a primeira entrega, ocorrida em 12 de abril deste ano.
Já o presidente do PSDB indicou o primo Frederico Pacheco de Medeiros para receber o dinheiro. Fred, como é conhecido, foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014. Tocava a área de logística. Quem levou o dinheiro a Fred foi o diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. A PF filmou três delas. As cenas abaixo mostram a primeira entrega, ocorrida em 19 de abril deste ano.
As filmagens da PF mostram que, após receber o dinheiro, Fred repassou, ainda em São Paulo, as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Mendherson levou de carro a propina para Belo Horizonte. Fez três viagens — sempre seguido pela PF. As investigações revelaram que o dinheiro não era para advogado algum. O assessor negociou para que os recursos fossem parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella. As cenas abaixo mostram a primeira entrega, ocorrida em 12 de abril deste ano.
Um dos grandes diferenciais da delação dos donos da JBS foi exatamente as “ações controladas” feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela Polícia Federal. Neste mecanismo de investigação, o flagrante do crime é calculado de maneira que seja produzida uma determinada prova. Nessa investigação, a PF acompanhou, com câmeras e escutas, a entrega de dinheiro para intermediários de Temer e de Aécio.
ESQUEMA NO CADE
O primeiro contato entre Rocha Loures e Joesley foi em Brasília. O dono da JBS lhe contou o que precisava do Cade.
Desde o ano passado, o órgão está para decidir uma disputa entre a Petrobras e o grupo sobre o preço do gás fornecido pela estatal à termelétrica EPE. Localizada em Cuiabá, a usina foi comprada pelo grupo em 2015. Explicou o problema da EPE: a Petrobras compra o gás natural da Bolívia e o revende para a empresa por preços extorsivos. Disse que sua empresa perde “1 milhão por dia” com essa política de preços. E pediu: que a Petrobras revenda o gás pelo preço de compra ou que deixe a EPE negociar diretamente com os bolivianos.
Com uma sem-cerimônia impressionante, o indicado de Temer ligou para o presidente em exercício do Cade, Gilvandro Araújo. E pediu que se resolvesse a questão da termelétrica no órgão. Não há evidências de que Araújo tenha atendido ao pedido. Pelo serviço, Joesley ofereceu uma propina de 5%. Rocha Loures deu o seu ok.: “Tudo bem, tudo bem”. Para continuar as negociações, foi marcado um novo encontro.
Desta vez, entre Rocha Loures e Ricardo Saud, diretor da JBS e também delator. No Café Santo Grão, em São Paulo, trataram de negócios. Foi combinado o pagamento de R$ 500 mil semanais por 20 anos, tempo em que vai vigorar o contrato da EPE.
Ou seja, está se falando de R$ 480 milhões ao longo de duas décadas, se fosse cumprido o acordo. Loures disse que levaria a proposta de pagamento a alguém acima dele. Saud faz duas menções ao “presidente”.
Pelo contexto, os dois se referem a Michel Temer. A entrega do dinheiro foi filmada pela PF. Mas desta vez quem esteve com o homem de confiança de Temer foi Ricardo Saud, diretor da JBS e um dos sete delatores. Esse segundo encontro teve uma logística inusitada.
Certamente, revela o traquejo (e a vontade de despistar) de Rocha Loures neste tipo de serviço. Assim, inicialmente Saud foi ao Shopping Vila Olímpia, em São Paulo.
Em seguida, Rocha Loures o levou para um café, depois para um restaurante e, finalmente, para a pizzaria Camelo, na Rua Pamplona, no Jardim Paulista. Foi neste endereço, próximo à casa dos pais de Rocha Loures, onde ele estava hospedado, que o deputado recebeu a primeira remessa de R$ 500 mil.
Apesar do acerto de repasses semanais de R$ 500 mil, até o momento só foi feita a primeira entrega de dinheiro. E, claro, a partir da homologação da delação, nada mais será pago.
Rocha Loures, o indicado por Temer, é um conhecido homem de confiança do presidente. Foi chefe de Relações Institucionais da Vice-Presidência sob Temer. Após o impeachment, virou assessor especial da Presidência e, em março, voltou à Câmara, ocupando a vaga do ministro da Justiça, Osmar Serraglio.
Fonte: Jornal O Globo

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Lançamento oficial do ‘Carnaval 2023’ será na segunda-feira (6)
A criançada poderá se divertir com apresentações Patrulha Canina (Tia Hanna). Haverá ainda a participação de Charanga do Mestre Cachaço, uma iniciativa que reúne artistas cuiabanos que exaltam a música popular brasileira.

O secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Aluízio Leite, convida para o lançamento oficial do Carnaval 2023, em Cuiabá. Os detalhes serão divulgados na segunda-feira (6), na sede da Pasta, instalada na rua Barão de Melgaço, 3677, Centro, a partir das 15h.
Neste ano, a Prefeitura de Cuiabá irá promover a ‘Folia de Momo’ em três pontos da capital: a Praça da Mandioca, Praça 8 de Abril e no Calçadão Ricardo Franco. Serão seis dias da tradicional festa carnavalesca, e o primeiro ‘esquenta’ vai acontecer no próximo dia 12.
“Escolhemos esses locais por serem os que mais representam a nossa querida e amada Cuiabá. Com muita segurança e de forma gratuita, os foliões irão desfrutar de dias de muita alegria e tradição”, explicou.
O famoso “esquenta” será no próximo domingo (12), na Praça 8 de Abril. Nesse dia haverá premiação para os bichinhos que apresentarem as fantasias mais criativas. A programação incluirá ainda um desfile dos bichinhos e muitas marchinhas de carnaval com a banda Canoa de Prata.
A criançada poderá se divertir com apresentações Patrulha Canina (Tia Hanna). Haverá ainda a participação de Charanga do Mestre Cachaço, uma iniciativa que reúne artistas cuiabanos que exaltam a música popular brasileira.
“Não podemos deixar de agradecer nossos parceiros e colaborares que estão sempre juntos com a Prefeitura de Cuiabá, ajudando manter a nossa cultura. A gestão Emanuel Pinheiro preza exatamente isso. Promover eventos que valorizem os nossos artistas locais”, finalizou o secretário.
Fonte: SECOM CUIABÁ
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