VÁRZEA GRANDE
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

DESTAQUE

A Câmara da Vergonha

Publicado em

DESTAQUE

Da Redação

A Câmara Municipal de Várzea Grande vem passando por momentos difíceis quando o assunto é ética e moral, já que nas últimas semanas muitos foram os escândalos envolvendo parlamentares da Casa. O principal e mais grave, foi a prisão do vereador Jânio Calistro (PSD), acusado de integrar uma quadrilha que ra responsável pela distribuição de noventa por cento de todo o entorpecente que circula em Várzea Grande. A prisão do parlamentar aconteceu no dia 19 de dezembro após uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), batizada de “Operação Clenaup”, que significa em linhas gerais “limpeza”, cumpriu cinquenta e seis ordens judiciais, sendo vinte e três mandados de prisão, nas quais foram expedidas pela 3ª Vara Criminal de Várzea Grande.

Sem sombra de dúvidas, a prisão de Calistro envergonhou a todos, a começar, pela Polícia Judiciária Civil (PJC) já que ele é um policial civil aposentado. Além disso, envergonhou também seus eleitores, e claro, a Câmara Municipal de Várzea Grande, que por si só já é uma vergonha naturalmente.

Calistro já foi presidente da Casa nos anos de 2017 e 2018, além disso, chegou a assumir o cargo de prefeito de forma temporária em uma ocasião. Mal sabia o povo várzea-grandense que uma pessoa associada ao tráfico de drogas havia sido eleita, e pior, ficou a frente do maior cargo municipal, que é o de prefeito.

Outro ponto que chamou bastante a atenção, foi a postura deplorável do atual presidente da Câmara, vereador Fábio Tardin (PSD), que ao ser questionado sobre as medidas que serão tomadas pelo legislativo em relação a prisão do parlamentar, ele afirmou que uma equipe jurídica da Câmara dos Vereadores foi enviada para acompanhar o caso, além disso, deixou claro que uma cassação de mandato somente poderá acontecer em 2020, já que os vereadores entraram no Recesso Parlamentar. Enquanto a cassação não se dá, o vereador “quadrilheiro” continuará recebendo seu gordo salário de R$ 10 mil mensais o que irá lhe garantir regalias dentro da unidade de custódia onde se encontra preso.

Veja bem, o problema das drogas, e principalmente o tráfico das mesmas, é um problema endêmico no país. Além de perdermos miliares de jovens, adultos e até mesmo idosos para as drogas que causam uma destruição na vida, não apenas do usuário, mas de toda sua família, além é claro de prejudicar a sociedade que é a principal vítima da violência causada pela mesma. Agora temos que enfrenta-la até mesmo dentro dos parlamentos, e pior, vindo de um ex-policial civil que deveria dar exemplo.

Outro fato lastimável que chamou a atenção nas últimas semanas, foi a agressão de um vereador contra um estudante durante a sessão de votação do projeto de gratuidade no transporte público para estudantes em Várzea Grande. Um estudante que estava na sessão, foi agredido pelo vereador Pedrinho (DEM), após iniciar uma “live” e questionar os parlamentares quanto ao projeto, Pedrinho teria dado um tapa na mão do estudante, agressão que resultou na quebra do aparelho de celular do mesmo.

Outra polêmica, daquelas cabeludas, teve o vereador Carlos Garcia (PSB) como protagonista, o vereador foi acusado de roubar energia elétrica, já que um refletor havia sido colocado direcionado para a residência do parlamentar, o problema, é que a instalação estava ligada diretamente no poste de energia, o que configura roubo.

Outro vereador que já se envolveu em polêmica, foi Chico Curvo (PSD), este caso não foi nas últimas semanas, mas merece ser colocado aqui, em 2018 o vereador pagou em apenas 15 dias, mais de uma tonelada de café e açúcar (isso que é gostar de café) para uma empresa contratada sem licitação.

O maior prejudicado de tudo isso, é sem dúvida alguma a população de Várzea Grande, que vê seus representantes dando péssimos exemplos, muitos dignos de prisão. Agora, basta que todos reflitam, se são estes vereadores que a população gostaria de ter como representantes,  afinal, em 2020 tem eleições, é a hora de escolhermos melhor nossos parlamentares.

NOTA DE ESCLARECIMENTO DA CÂMARA DE VEREADORES DE VÁRZEA GRANDE:

A Câmara Municipal de Várzea Grande vem a público prestar esclarecimentos sobre a reportagem do jornal ‘O Mato Grosso’ intitulada como ‘Câmara da Vergonha’ para informar que nenhum outro vereador está sendo investigado por envolvimento com o tráfico de drogas.

Nunca houve determinação da direção para que a assessoria jurídica da Câmara acompanhasse o vereador em sua defesa mas somente para emitir um posicionamento seguro sobre o ponto de vista regimental da Casa. Isso porque a defesa no inquérito e na ação é de responsabilidade exclusiva do vereador e não da instituição, todavia, caso haja correlação com o exercício parlamentar isso pode e deve ser apurado internamente.

Qualquer medida será divulgada por meio da assessoria de imprensa em respeito à transparência da Administração Pública. A Comissão de Ética Parlamentar deverá analisar o caso de acordo com o Regimento no retorno do recesso parlamentar. No tocante as afirmações do Jornal “O Mato Grosso” dando conta de que todos os demais vereadores fazem parte dessa “quadrilha” de venda de drogas a Câmara de Vereadores repudia a matéria por não ser verdadeira e irá adotar as medidas jurídicas contra o jornal e seus responsáveis cabendo a cada vereador a mesma medida do ponto de vista de reparação de danos morais e responsabilização criminal do jornalista caso não haja retratação imediata.

Foto: Ilustrativa

 

COMENTE ABAIXO:
Propaganda
Clique para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe uma resposta

DESTAQUE

Primeira-dama de MT critica liberação de autor de crime bárbaro

Virginia Mendes manifesta indignação após decisão judicial que autorizou liberação de homem que arrancou coração da tia em 2019

Publicados

em

Reprodução / Redes sociais

A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, manifestou repúdio à decisão judicial que autorizou a saída de Lumar Costa da Silva, de 34 anos, do hospital psiquiátrico em Cuiabá. O homem ficou conhecido nacionalmente após assassinar e arrancar o coração da própria tia em 2019, na cidade de Sorriso (MT).

Nas redes sociais, Virginia classificou a liberação como um choque à memória coletiva e à confiança na Justiça. “Com profunda indignação e perplexidade recebo a notícia da liberação de um homem que cometeu um crime brutal e chocante, que ainda dói na memória de todos nós”, afirmou. A primeira-dama também questionou o sistema jurídico: “Como podemos falar em segurança e justiça diante de uma decisão como essa?”

Virginia destacou que, mesmo com laudos que apontam estabilidade clínica, o risco permanece evidente. “Essa decisão assusta. Abala a confiança da sociedade nas instituições e escancara o quanto ainda precisamos lutar por leis mais firmes e pela proteção da vida”, completou.

A decisão foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, com base em pareceres médicos que apontam que Lumar está estável e não precisa mais de internação. Ele seguirá tratamento ambulatorial no CAPS de Campinas (SP), com restrições severas: não pode sair da cidade sem autorização judicial, frequentar locais como casas noturnas ou consumir álcool e drogas.

O crime chocou o país. Em julho de 2019, Lumar matou a tia Maria Zélia da Silva, de 55 anos, e entregou o coração da vítima para uma das filhas dela. À época, confessou o crime e declarou: “Matei e não me arrependo. Eu ouço o universo, o universo fala comigo sempre e me disse: mata ela logo, ela tem que morrer.”

Antes de chegar a Mato Grosso, o autor já havia tentado matar a própria mãe em Campinas (SP). Mesmo considerado perturbado e perigoso, o sistema judicial agora opta por um modelo de liberdade assistida — decisão que reacende o debate sobre segurança, saúde mental e a responsabilidade do Estado diante de crimes de extrema crueldade.

“Não podemos normalizar a barbárie”, concluiu Virginia Mendes em tom de alerta à sociedade.

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

POLÍTICA

POLÍCIA

ESPORTE

ENTRETENIMENTO

MAIS LIDAS DA SEMANA