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150 anos: Dignidade para mais de seis mil pessoas com entrega do Residencial São Benedito

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Da Redação

 

Para a diarista Ucélia Francisca Dias, que cria os seis filhos sozinha, a manhã de hoje (15), aniversário de Várzea Grande, realmente foi um dia de festa. Pôs fim a um período de incertezas em sua vida, período em que morou de favor nos fundos da casa de sua irmã. Ela, e mais 1.281 famílias receberam as chaves das casas do Residencial São Benedito, localizado no bairro São Mateus. Ela lembra, que o sonho da casa própria era um desejo tão forte, que no dia do sorteio, ao ter o nome anunciado, ela até desmaiou. “Quero me mudar o mais rápido possível e agora sim, recomeçar a minha vida”.

As chaves das casas foram entregues nessa manhã pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo, pelo governador Pedro Taques, pela prefeita Lucimar Sacre de Campos, pelo vice-prefeito José Hazama, pelo secretário municipal de Assuntos Estratégicos, Jayme Campos, pelos senadores José Medeiros e Wellington Fagundes e pelos deputados federais Nilson Leitão, Fábio Garcia e pelo presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho. A comitiva visitou a primeira casa que foi entregue à dona Katiane Lopes, na quadra 37, lote 3.

Como destacou o ministro das Cidades, Bruno Araújo, muitos dos contemplados hoje levaram quase uma vida inteira de espera, mas o Programa Minha Casa, Minha Vida, da qual o Residencial São Benedito faz parte, tem foco em famílias de baixa renda, mulheres chefes de família, idosos e portadores de necessidades especiais. “As casas saem com a escritura no nome da mulher e como homenagem aos 150 anos da cidade, vamos sortear aqui uma casa toda mobiliada. Hoje é um dia de conquistas a todas essas 1.281 famílias, que vão sair do aluguel e poder investir em algo próprio”.

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O Bruno Araujo anunciou ainda que o Ministério das Cidades está agilizando a parte burocrática na redução do déficit habitacional de Mato Grosso. “O Estado será um dos primeiros parceiros do governo federal no lançamento do Programa Cartão Reforma, que vai beneficiar com até R$ 9 mil, pessoas que já têm sua casa própria e querem realizar benfeitorias. Estamos dando mais um passo para girar a economia do país e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”.

O ministro alertou ainda que os contemplados com as moradias não podem alugar ou vender os imóveis, sob pena de terem os contratos cancelados e perderam a habitação.

A prefeita Lucimar Sacre de Campos fez questão de anunciar, durante a entrega das chaves, que diferentemente de outros conjuntos habitacionais que foram construídos nos últimos anos, o São Benedito como outros, só serão habitados com a infraestrutura básica essencial, além das obrigatórias, como água, luz, esgoto e asfalto.

A prefeita anunciou também a construção de uma escola estadual que será edificada em parceria com o governo do Estado, uma creche com recursos próprios e Ministério da educação e junto com o governo do Estado e o Ministério da Saúde, a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24h. “Não estamos entregando hoje apenas casas, a partir das chaves recebidas, cada família irá construir seu lar e aos poucos uma mini-cidade vai ser erguida aqui. Sabendo do desenvolvimento em potencial, vamos em parceria com o governo do Estado construir uma escola estadual, para 500 alunos, investimento de R$ 8 milhões. Em parceria com o governo federal construiremos uma creche. Hoje, Várzea Grande é amada, seu povo cuidado e todos, poder municipal, legislativo, judiciário, federal, empresários e principalmente a sua população acreditam que é possível melhorar essa cidade”.  

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O governador de Mato Grosso, Pedro Taques, reconheceu que a entrega das chaves do residencial São Benedito foi um dos maiores eventos da programação do Jubileu dos 150 anos de Fundação de Várzea Grande, no resgate à dignidade da população, que é a conquista da casa própria. “O governo do Estado é e continuará sendo parceiro nos investimentos que o município de Várzea Grande necessitar, para seu desenvolvimento socioeconômico e para a recuperação do status de segunda maior economia do Estado. Já estamos investindo na área da infraestrutura, educação e saúde e vamos avançar no decorrer do ano em mais investimentos que vão devolver a Várzea Grande o título de ‘Cidade Industrial’. Aqui nesse residencial vamos garantir saúde com a construção de uma UPA 24h para essa região, com atendimento desse serviço essencial próximo a essas 1.281 famílias”.

O ato de entrega do residencial contou com a participação de mais de 3 mil pessoas e contou com a participação de toda bancada da Câmara Municipal, senadores, deputados federais e estaduais, secretários municipais e autoridades da sociedade civil organizada e representantes do Banco do Brasil, agente financiador do residencial.

De acordo o com ministério das Cidades, foram investidos no residencial São Benedito R$ 67,72 bilhões para a construção de toda a infraestrutura. São casas com dois quartos, cozinha, área de serviço, circulação e banheiro. São dois tipos de casas uma de 40,24 metros quadrados e outra de 50,74 metros quadrados para atender aos portadores de necessidades especiais.

Hoje mesmo, equipes do Departamento de Água e Esgoto (DAE) estão de plantão no local para receber as solicitações de ligações dos novos moradores.

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Partiu hoje um amigo querido: José Arley Lopes

Amigos nunca partem: apenas se desligam temporariamente do nosso convívio…

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Imagine alguém sempre bem-humorado, dotado de perspicácia para perceber detalhes que passam ao largo da maioria das pessoas; imagine, na sequência, um sujeito com firme disposição solidária, como se cumprisse plantão permanente, zeloso pelo bem dos amigos e parentes…

Complementem tal busca imaginária ao visualizá-lo colocando apelidos marcantes naqueles com os quais interage cotidianamente. Acréscimo importante.

Mais ainda: transformem o improvável vivente em um ser humano excepcional, preocupado em ir à luta com o intuito de sobreviver dignamente. Imaginaram?

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Pessoas assim existem, sim, por maior que sejam as dúvidas! E uma delas partiu hoje. Trata-se do meu companheiro de longos anos de convívio em Montes Claros-MG, José Arley Lopes.

Há anos, de forma intensiva, José Arley lutava contra um câncer impiedoso, doença originária da próstata.

Após se alastrar pelo corpo do amigo, o câncer conseguiu vencer a longa queda de braço travada entre a vida e a morte, levando Arley a descansar precocemente.

José Arley foi daqueles amigos inesquecíveis, apesar de décadas de desencontro físico. Mas nunca deixou de fazer parte das minhas lembranças dos tempos felizes de MOC. Tantas noites e dias divertidos!

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Parece que ainda o vejo andando sorridente pela Praça da Matriz, rumo à antiga casa de dona Ana Lopes. E já chamava os conhecidos por apelidos arquitetados ladinamente…

Tais apelidos – tema que já abordei no FACEBOOK – vão permanecer incólumes. O amigo José Arley possuía o dom de apelidar implacavelmente quem quer que fosse.

Incrível como conseguia escolher nomes improváveis, mas todos pegavam que nem cola bombástica, para desespero das vítimas. A relação é bem extensa em Montes Claros…

Também não escapei de ser apelidado: ao me encontrar nas ruas, antes mesmo do tradicional aperto de mãos, Arley ensaiava gestos de golpes de Kung Fu, alusão ao esporte de karatê que eu praticava na época, idos dos anos 70.

“Iôoo, Iáaa” – gritava alto. Daí, pra ser apelidado de “João Iô”, foi um pulo…

Meu pai também entrou na incessante roda de troca-nome: “Carlão Rapadura”. Meu irmão mais velho, José Antônio, passou a ser “Popotinha”.

Certos apelidos aos parentes eram comentados apenas às escondidas, em função do humor limitado das vítimas.

Enquadra-se nessa lista os saudosos Vicente e Moacir Lopes, tios de J.A, e também sisudas tias. Nem arrisco mencionar seus nomes…

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Alguns primos também penam com apelidos emplacados pelo amigo José Arley: é o caso dos irmãos Ricardo (“Jegaço”) e Vinícius Lopes (“Pela Jegue”).

Nem sei exatamente como, o próprio José Arley ganhou apelido estratosférico: “Zé Bucânia”. Suspeito que ele mesmo tenha se apelidado…

José Arley ainda protagonizou passeios memoráveis no Pentáurea Clube, igualmente garantindo almoço grátis no clube campestre e outras mordomias.

Para tanto, fez amizade com garçons e dirigentes do balneário. Até hoje tenho saudades daquela comida deliciosa…

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Enfim, é mais um companheiro que parte, e confesso ser difícil me conformar com isso. Só desejo que continue [no plano celestial] a encantar os novos amigos com seu jeitão irônico e tão simpático: não tenho dúvidas de que o Paraíso é sua próxima parada!

Quanto à Praça Doutor Chaves, a popular Praça da Matriz, por onde José Arley andava costumeiramente, ganhou, a partir de hoje, mais um anjo de luz a perambular pelas suas alamedas…

João Carlos de Queiroz, jornalista

 

 

 

 

 

 

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