Gestão pessoal
Slogan em uniformes escolares de Várzea Grande fere princípios da Constituição
Vereador Charles da Educação cobra cumprimento da lei e critica promoção pessoal em uniformes.
Política

O uso de slogans em uniformes da rede municipal de Várzea Grande levanta questionamentos jurídicos. Especialistas apontam que a prática afronta três princípios constitucionais que regem a administração pública: impessoalidade, moralidade e legalidade.
Segundo análise, a prefeita Flávia Moretti estaria vinculando sua gestão diretamente à máquina pública ao adotar frases como “Transparência, trabalho e progresso” nos uniformes escolares.
“Esse tipo de slogan tem forte conotação de campanha política e faz com que a população associe automaticamente as ações da prefeitura à imagem da prefeita”, explicou um jurista ouvido pela reportagem.
A crítica ganhou respaldo na Câmara Municipal. O vereador Charles da Educação, presidente da Comissão Permanente de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, enviou ofício reforçando a necessidade de cumprimento da Lei Municipal nº 4.110/2015, que regulamenta o fornecimento de uniformes escolares.
No documento, o parlamentar orienta que qualquer alteração no modelo dos uniformes observe os princípios constitucionais e a legislação vigente. “A lei proíbe expressamente o uso de logomarcas, slogans ou símbolos que identifiquem a gestão municipal ou partidos políticos. Deve constar apenas a logomarca do estabelecimento de ensino e os brasões oficiais”, destacou Charles.
A Comissão ressalta ainda que a neutralidade institucional deve ser preservada, de modo a evitar a vinculação da imagem pessoal de agentes públicos à educação. A manifestação tem caráter orientativo, mas poderá embasar cobranças mais firmes caso a prefeitura mantenha a padronização atual.
Além do slogan ter permanecido no uniforme escolar, apesar de terem retirado a logo da prefeitura dos uniformes, ainda não se sabe o valor gasto com os uniformes confeccionados de forma irregular.
“Alertamos o secretário Clayton na época que não podia constar a logo da prefeita nos uniformes. Esse erro foi corrigido, mas e os gastos com o material feito de maneira errada? Ninguém trouxe esclarecimento sobre isso. Tem um custo, e precisamos saber oficialmente quem vai arcar com ele”, disse Charles da Educação.
O vereador explicou que já solicitou informações formais à Secretaria de Educação sobre quantos uniformes foram produzidos com a logo incorreta, qual foi o custo e quem será responsável pelo ressarcimento. Caso não haja respostas, ele pretende apresentar requerimento na Câmara, podendo convocar a empresa responsável e representantes da Secretaria para prestar esclarecimentos.
A prática pode ensejar recomendação do Ministério Público para a retirada dos slogans dos uniformes, além da possibilidade de ação por improbidade administrativa.
Até o fechamento desta matéria a assessoria da prefeitura de Várzea Grande não se manifestou sobre o assunto, o Jornal O Mato Grosso, deixa o espaço em aberto para futura manifestação.

Política
Mendes diz que declarações sobre delegacia da mulher foram mal interpretadas
Governador afirma que Estado já possui mecanismos de proteção, como a Patrulha Maria da Penha, e critica oposição por distorcer palavras

O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que suas declarações sobre a instalação de uma Delegacia da Mulher 24 horas em Várzea Grande foram mal interpretadas e distorcidas por adversários políticos. Segundo ele, os críticos ignoram que nunca implementaram políticas de defesa das mulheres no estado.
Mendes destacou que Mato Grosso já dispõe de mecanismos de proteção, como a Patrulha Maria da Penha, presente em diversas cidades e acionável em casos de violência doméstica. “Foi absolutamente mal interpretada. A Polícia Civil e as forças de segurança têm inúmeros mecanismos. A sensação de impunidade faz com que alguns cidadãos cometam crimes. Como prever isso?”, questionou o governador.
A polêmica teve início após Mendes afirmar que “não seria doloroso” mulheres de Várzea Grande atravessarem a ponte até Cuiabá para registrar boletins de ocorrência, justificando que não pretende transformar a delegacia da cidade em unidade 24 horas. O governador explicou que seria necessário contratar cerca de 700 delegados para manter todas as delegacias da mulher em funcionamento, representando alto custo para os cofres públicos.
As declarações provocaram críticas da deputada Janaina Riva (MDB), que classificou a fala como um “tapa na cara das mulheres”, afirmando que o governo prioriza investimentos em infraestrutura em detrimento da segurança feminina.
Em resposta, Mendes afirmou que sua gestão tem promovido campanhas de conscientização sobre a violência contra a mulher, alertando que quem comete esse tipo de crime pode pegar até 40 anos de prisão. Sobre as críticas da oposição, o governador afirmou não se surpreender: “Cabe aos adversários fazer difamação porque não têm capacidade de construir. Mas isso é democracia. Não dá para sair brigando com todo mundo que está falando merda por aí”, concluiu.
*Sob supervisão de Daniel Costa
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