Feminicídio e Justiça
Defesa pede internação psiquiátrica para réu de feminicídio em Juscimeira
Igor Henrique é acusado de matar Alice Ribeiro a golpes de canivete em 2023, diante dos filhos, e foi considerado inimputável.
Judiciário

A defesa de Igor Henrique Bernardes Pires, denunciado pelo feminicídio da namorada Alice Ribeiro da Silva, em março de 2023, na cidade de Juscimeira (157 km ao sul de Cuiabá), requereu a aplicação de medida de segurança para que ele seja internado em hospital de custódia para tratamento psiquiátrico, diante de laudo que expõe transtornos mentais. Alice foi assassinada a golpes de canivete por ele na frente dos filhos.
Igor Henrique foi denunciado pelos crimes de feminicídio, com motivo fútil, em contexto de violência doméstica e praticado na presença dos descendentes da vítima. No curso do processo, foi instaurado o Incidente de Insanidade Mental, e após a conclusão ele foi considerado inimputável. Com base no laudo, foi atestado que o agressor é portador de esquizofrenia, bem como de transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de múltiplas drogas. Igor foi considerado incapaz de se autodeterminar de acordo com o entendimento do caráter ilícito de seus atos.
Por determinação do juiz Alcindo Peres da Rosa, uma vez constatada a inimputabilidade do réu ao tempo do crime, o processo prosseguirá com a presença de seu curador, nos termos do artigo 151 do CPP. “Assim, nomeio a Defensoria Pública para representar os interesses do denunciado no presente feito”, determinou o magistrado.
A Defensoria Pública, nomeada como curadora do acusado, manifestou pela aplicação de medida de segurança, nos termos dos artigos 96 e seguintes do Código Penal, e artigos 452 e seguintes do Código de Processo Penal, que determinam a internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado. O pedido foi feito no dia 4 deste mês, e o magistrado abriu vista para apresentação de resposta à acusação e ao Ministério Público (MPMT) para requerer o que entender oportuno no prazo legal.
O caso
Alice Ribeiro da Silva, 32 anos, foi assassinada em 3 de março de 2023 pelo ex-companheiro Igor Henrique Bernardes Pires, que a atacou com diversos golpes de canivete na casa onde vivia, na presença dos três filhos e de uma amiga. O crime teria ocorrido após Igor se irritar porque a filha que teve com Alice fez uma chamada de vídeo para a avó, mãe do réu.
Momentos após o crime, o acusado foi preso preventivamente. Em novembro de 2024, o juiz Alcindo Peres da Rosa julgou procedente o incidente de insanidade mental e declarou Igor inimputável pelo feminicídio. Ele permanece preso enquanto a Justiça analisa o pedido de internação psiquiátrica.

Judiciário
Assessor da Prefeitura de Cuiabá processa influencer “Gato Louco”
Uellington Botof pede R$ 50 mil por danos morais e nega ser dono de site vinculado à Secom; audiência está marcada para outubro

De acordo com informações do portal Isso é Notícia, o assessor especial da Secretaria Municipal de Comunicação de Cuiabá, Uellington Botof Valença, ingressou com duas ações judiciais uma cível e outra criminal contra o ex-servidor e digital influencer Tiago Sales de Almeida, mais conhecido como “Gato Louco”, após postagens consideradas ofensivas feitas nas redes sociais.
Nas ações, protocoladas pelo advogado Daniel Ramalho, Botof pede indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil, além da condenação por difamação e injúria. A principal queixa diz respeito a acusações de que o assessor seria proprietário do site “Fiquei Sabendo MT” e que receberia pagamentos indevidos da Secretaria de Comunicação.
“Mentiras que ferem a honra”, dizem advogados
De acordo com os advogados de Botof, Gato Louco teria ultrapassado o limite da liberdade de expressão ao imputar fatos inverídicos, como afirmar que o assessor receberia salário de R$ 7 mil e teria obtido apenas 50 votos em eleição passada, insinuando que seria “indigno” de ocupar cargo público.
“Essas alegações infundadas feriram a honra do autor e abalaram sua imagem profissional. A exposição pública e depreciativa causou profundo abalo psicológico e instabilidade em seu ambiente de trabalho”, diz trecho da ação.
Influencer rebateu após exoneração
As postagens que motivaram o processo foram feitas após Gato Louco anunciar sua exoneração da Prefeitura de Cuiabá, onde atuava como motorista terceirizado da Secom. Nas redes, o influencer alegou que teria sido demitido por “não aceitar ordens” e passou a fazer críticas públicas à gestão e a servidores da pasta.
O influenciador, que tem presença ativa no Instagram e no TikTok, ainda não foi oficialmente citado nos processos.
Andamento dos processos
-
Na esfera criminal, o juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou no último dia 12 que o autor pague as custas ou comprove hipossuficiência financeira.
-
Já na ação cível, o 4º Juizado Especial de Cuiabá marcou uma audiência de conciliação para o dia 9 de outubro de 2025, às 18h.
Caso não haja acordo na audiência, o processo poderá seguir para julgamento.
Fonte: Isso é Notícia
*Sob supervisão de Daniel Costa
-
Judiciário7 dias atrás
Ex-presidente do PREVIVAG e contadora são intimados a apresentar defesa final
-
Judiciário6 dias atrás
Mato-grossense Yendis Costa toma posse na Comissão de Direito Tributário da OAB-DF
-
Polícia6 dias atrás
Delegado detalha operação que desmontou esquema de pirâmide financeira em MT
-
Política6 dias atrás
Vereadores denunciam precariedade em pronto-socorro de Várzea Grande
-
Saúde6 dias atrás
Prefeitura gasta R$ 9 milhões com vigias enquanto tomógrafo segue quebrado
-
Cidades6 dias atrás
Denúncia marca obra de casas para quilombolas em Livramento
-
Emprego6 dias atrás
Sine de Cuiabá encerra semana com 770 vagas de emprego em diversas áreas
-
Polícia7 dias atrás
Adolescente confessa plano que matou a própria mãe em Colíder