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cultura literária

Setembro Freire celebra poesia mato-grossense com livros, arte e protagonismo feminino

Evento ocorre nesta sexta (19) na CDL Cuiabá e destaca o universo pantaneiro, a formação de leitores e o legado de Silva Freire

Publicado em

Cultura

Crédito: Omatogrosso.com

A 5ª edição do Circuito Cultural Setembro Freire acontece nesta sexta-feira (19), a partir das 19h, na Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), com entrada gratuita. O evento homenageia o Dia do Poeta Mato-grossense, celebrado em 20 de setembro, data de nascimento do poeta Benedito Sant’Ana da Silva Freire, e é uma realização da Casa de Cultura Silva Freire, com apoio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).

Criado em 2008, o circuito cultural precede a fundação da própria Casa Silva Freire, que completou 15 anos em 2025 e hoje é reconhecida como Ponto de Cultura e de Memória. “Este circuito é anterior à própria Casa, o que mostra sua força e importância no fomento à cultura mato-grossense”, destaca Larissa Silva Freire, diretora-geral da instituição.

Literatura pantaneira em destaque

A edição deste ano é inspirada no poema “Giro do Couro Cru”, parte do livro Águas de Visitação, publicado na década de 1970. O texto mergulha no universo pantaneiro, retratando a simbologia do boi e do homem em uma poética visceral, carregada de identidade regional.

Sapicuá literário e protagonismo feminino

Entre os destaques do evento está o lançamento do Projeto Sapicuá de Literatura Mato-grossense, idealizado em parceria com a Entrelinhas Editora. A proposta visa promover o acesso ao livro e a formação de educadores da rede pública. O nome do projeto remete ao sapicuá, espécie de bolsa usada por pantaneiros para transportar itens essenciais — aqui, uma metáfora para a literatura como bem precioso.

O Setembro Freire 2025 vai celebrar o direito à literatura em um sapicuá de livros das infâncias mato-grossenses”, comemora Larissa. Já a editora Maria Teresa Carrión Carracedo explica: “Trabalhamos com essa metáfora do essencial, do precioso, que é como consideramos a literatura”.

Outro lançamento aguardado é o livro “Violetas Cuiabanas”, de Daniela Freire, com ilustrações de Daniela Monteiro. Voltado ao público infantojuvenil, a obra aborda o protagonismo feminino no século 20 em Cuiabá, ambientando a narrativa no Centro Histórico da capital, com destaque para a Casa de Bem Bem.

Programação gratuita

Além dos lançamentos, a noite contará com intervenções poéticas e apresentações artísticas, promovendo o contato direto do público com diversas formas de expressão.

Serviço

5ª edição do Circuito Cultural Setembro Freire
📅 Data: Sexta-feira, 19 de setembro
📍 Local: Câmara de Dirigentes Lojistas Cuiabá
🕖 Horário: A partir das 19h
🎟️ Entrada gratuita

*Sob supervisão de Daniel Costa

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Cultura

Cuiabá marca presença na Bienal em SP com projeto inspirado em habitações indígenas

Secretário José Afonso Portocarrero apresenta o Módulo Tecnoíndia, estrutura adaptada ao clima quente e baseada em casas tradicionais indígenas

Publicados

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Crédito: prefeitura de Cuiabá

A cidade de Cuiabá será representada na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo pelo secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, José Afonso Portocarrero, que apresenta no evento o Módulo Tecnoíndia — um projeto experimental de moradia baseado na arquitetura indígena brasileira.

A abertura da Bienal acontece nesta quinta-feira (18), às 19h (horário de São Paulo), no Parque Ibirapuera. O protótipo ficará exposto até o dia 19 de outubro, no Pavilhão da Oca, e poderá ser visitado pelo público.

O Módulo Tecnoíndia é uma estrutura com 4 metros de altura e 6 metros de largura, em forma de casa indígena, pensada para ser adaptada ao meio urbano e a regiões de clima quente. A proposta foi desenvolvida por Portocarrero em sua atuação como professor da UFMT, inicialmente em pesquisas de mestrado, e posteriormente ampliada no doutorado.

A casa indígena é muito mais do que uma simples cabana de palha e madeira. Ela funciona não apenas como habitação, mas como espaço multifuncional. Ao mesmo tempo, como igreja, espaço de alimentação, de convivência, de celebração mística e de educação”, explicou Portocarrero.

Segundo ele, a inteligência do design indígena está na integração entre o clima, a funcionalidade e a coletividade:

Seu desenho é inteligente e adaptado ao clima quente da região, permitindo que a casa respire. Diferente do modelo ocidental, não possui paredes verticais separadas do telhado; parede e cobertura constituem uma única estrutura. Assim, trata-se de uma habitação adequada à geografia local, concebida para o bem-estar coletivo e para a integração social e espiritual da comunidade.”

Esta é a segunda participação de José Afonso Portocarrero na Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. O trabalho foi desenvolvido com apoio do professor e engenheiro Alberto Dalmaso, responsável pelo projeto estrutural, e com a colaboração de alunos de arquitetura.

Ele destaca que esse tipo de conhecimento tradicional ganha cada vez mais visibilidade por meio de pesquisas acadêmicas, publicações científicas, premiações e projetos arquitetônicos contemporâneos, como o Centro Sebrae de Sustentabilidade, localizado em Cuiabá.

O projeto conta com apoio do Sesc Pantanal, Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso) e do CREA-MT.

*Sob supervisão de Daniel Costa

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